Hoje celebramos 117 santos mártires assassinados por ódio a fé no Vietnã
REDAÇÃO CENTRAL, 24/11/2020 (ACI).- Por volta do século XVI, a evangelização chegou ao Vietnã e muitos a acolheram com alegria, mas rapidamente também teve início a perseguição aos cristãos.
Foi assim que durante séculos milhares de vietnamitas foram martirizados, entre eles bispos, sacerdotes, religiosos e leigos.
Muitos deles foram enterrados de forma anônima, mas sua lembrança permanece viva no espírito da comunidade católica.
Deste grupo de valentes cristãos, 117 católicos, cujos nomes foram identificados, foram canonizados por São João Paulo II em 1988 e sua festa é celebrada neste dia 24 de novembro.
Destes, 75 foram decapitados, 22 estrangulados, 6 queimados vivos, 5 condenados a esquartejamento e 9 foram condenados a morrer no cárcere com torturas.
Os 117 mártires do Vietnã, entre os quais também havia missionários espanhóis e franceses, são:
1. André DUNG-LAC, Sacerdote 21-12-1839
2. Domingos HENARES, Bispo O.P. 25-06-1838
3. Clemente Inácio DELGADO CEBRIAN, Bispo O.P. 12-07-1838
4. Pedro Rosa Úrsula BORIE, Bispo M.E.P. 24-11-1838
5. José Maria DIAZ SANJURJO, Bispo O.P. 20-07-1857
6. Melchior GARCIA SAMPEDRO SUAREZ, Bispo O.P. 28-07-1858
7. Jerônimo HERMOSILLA, Bispo O.P. O1-11-1861
8. Valentim BERRIO OCHOA, Bispo O.P. 01-11-1861
9. Estevão Teodoro CUENOT, Bispo M.E.P. 14-11-1861
10. Francisco GIL DE FEDERICH, Sacerdote O.P. 22-O1-1745
11. Mateus ALONSO LECINIANA, Sacerdote O.P. 22-O1-1745
12. Jacinto CASTANEDA, Sacerdote O.P. 07-11-1773
13. Vicente LE OUANG LIEM, Sacerdote O.P. 07-11-1773
14. Emanuel NGUYEN VAN TRIEU, Sacerdote 17-09-1798
15. João DAT, Sacerdote 28-10-1798
16. Pedro LE TuY, Sacerdote 11-10-1833
17. Francisco Isidoro GAGELIN, Sacerdote M.E.P. 17-10-1833
18. José MARCHAND, Sacerdote M.E.P. 30-11-1835
19. João Carlos CORNAY, Sacerdote M.E.P. 20-09-1837
20. Vicente DO YEN, Sacerdote O.P. 30-06-1838
21. Pedro NGUYEN BA TUAN, Sacerdote 15-07-1838
22. José FERNANDEZ, Sacerdote O.P. 24-07-1838
23. Bernardo VU VAN DUE, Sacerdote 01-08-1838
24. Domingos NGUYEN VAN HANH (DIEU), Sacerdote O.P. 01-08-1838
25. Santiago Do MAI NAM, Sacerdote 12-08-1838
26. José DANG DINH (NIEN) VIEN, Sacerdote 21-08-1838
27. Pedro NGUYEN VAN TU, Sacerdote O.P. 05-09-1838
28. Francisco JACCARD, Sacerdote M.E.P. 21-09-1838
29. Vicente NGUYEN THE DIEM, Sacerdote 24-11-1838
30. Pedro VO BANG KHOA, Sacerdote 24-11-1838
31. Domingos TUOC, Sacerdote O.P. 02-04-1839
32. Tomás DINH VIET Du, Sacerdote O.P. 26-11-1839
33. Domingos NGUYEN VAN (DOAN) XUYEN, Sacerdote O.P. 26-11-1839
34. Pedro PHAM VAN TIZI, Sacerdote 21-12-1839
35. Paulo PHAN KHAc KHOAN, Sacerdote 28-04-1840
36. José DO QUANG HIEN, Sacerdote O.P. 09-05-1840
37. Lucas Vu BA LOAN, Sacerdote 05-06-1840
38. Domingos TRACH (DOAI), Sacerdote O.P. 18-09-1840
39. Paulo NGUYEN NGAN, Sacerdote 08-11-1840
40. José NGUYEN DINH NGHI, Sacerdote 08-11-1840
41. Martinho TA Duc THINH, Sacerdote 08-11-1840
42. Pedro KHANH, Sacerdote 12-07-1842
43. Agostinho SCHOEFFLER, Sacerdote M.E.P. 01-05-1851
44. João Luís BONNARD, Sacerdote M.E.P. 01-05-1852
45. Felipe PHAN VAN MINH, Sacerdote 03-07-1853
46. Lourenço NGUYEN VAN HUONG, Sacerdote 27-04-1856
47. Paulo LE BAo TINH, Sacerdote 06-04-1857
48. Domingos MAU, Sacerdote O.P. 05-11-1858
49. Paulo LE VAN Loc, Sacerdote 13-02-1859
50. Domingos CAM, Sacerdote T.O.P. 11-03-1859
51. Pedro DOAN LONG QUY, Sacerdote 31-07-1859
52. Pedro Francisco NERON, Sacerdote M.E.P. 03-11-1860
53. Tomás KHUONG, Sacerdote T.O.P. 30-01-1861
54. João Teofano VENARD, Sacerdote M.E.P. 02-02-1861
55. Pedro NGUYEN VAN Luu, Sacerdote 07-04-1861
56. José TUAN, Sacerdote O.P. 30-04-1861
57. João DOAN TRINH HOAN, Sacerdote 26-05-1861
58. Pedro ALMATO RIBERA, Sacerdote O.P. 01-11-1861
59. Paulo TONG VIET BUONG, Leigo 23-10-1833
60. André TRAN VAN THONG, Leigo 28-11-1835
61. Francisco Javier CAN, Catequista 20-11-1837
62. Francisco DO VAN (HIEN) CHIEU, Catequista 25-06-1838
63. José NGUYEN DINH UPEN, Catequista T.O.P. 03-07-1838
64. Pedro NGUYEN DicH, Leigo 12-08-1838
65. Miguel NGUYEN HUY MY, Leigo 12-08-1838
66. José HOANG LUONG CANH, Leigo T.O.P. 05-09-1838
67. Tomás TRAN VAN THIEN, Seminarista 21-09-1838
68. Pedro TRUONG VAN DUONG, Catequista 18-12-1838
69. Paulo NGUYEN VAN MY, Catequista 18-12-1838
70. Pedro VU VAN TRUAT, Catequista 18-12-1838
71. Agostinho PHAN VIET Huy, Leigo 13-06-1839
72. Nicolau BUI DUC THE, Leigo 13-06-1839
73. Domingos (Nicolau) DINH DAT, Leigo 18-07-1839
74. Tomás NGUYEN VAN DE, Leigo T.O.P. 19-12-1839
75. Francisco Javier HA THONG MAU, Catequista T.O.P. 19-12-1839
76. Agostinho NGUYEN VAN MOI, Leigo T.O.P. 19-12-1839
77. Domingos Bui VAN UY, Catequista T.O.P. 19-12-1839
78. Estevão NGUYEN VAN VINTI, Leigo T.O.P. 19-12-1839
79. Pedro NGUYEN VAN HIEU, Catequista 28-04-1840
80. João Batista DINH VAN THANH, Catequista 28-04-1840
81. Antônio NGUYEN HUU (NAM) QUYNH, Leigo 10-07-1840
82. Pedro NGUYEN KHAC Tu, Catequista 10-07-1840
83. Tomás TOAN, Catequista T.O.P. 21-07-1840
84. João Batista CON, Leigo 08-11-1840
85. Martinho THO, Leigo 08-11-1840
86. Simão PHAN DAc HOA, Leigo 12-12-1840
87. Inês LE THi THANH (DE), Leiga 12-07-1841
88. Mateus LE VAN GAM, Leigo 11-05-1847
89. José NGUYEN VAN Luu, Catequista 02-05-1854
90. André NGUYEN Kim THONG (NAM THUONG), Catequista 15-07-1855
91. Miguel Ho DINH HY, Leigo 22-05-1857
92. Pedro DOAN VAN VAN, Catequista 25-05-1857
93. Francisco PHAN VAN TRUNG, Leigo 06-10-1858
94. Domingos PHAM THONG (AN) KHAM, Leigo T.O.P. 13-01-1859
95. Lucas PHAM THONG (CAI) THIN, Leigo 13-01-1859
96. José PHAM THONG (CAI) TA, Leigo 13-01-1859
97. Paulo HANH, Leigo 28-05-1859
98. Emanuel LE VAN PHUNG, Leigo 31-07-1859
99. José LE DANG THI, Leigo 24-10-1860
100. Mateus NGUYEN VAN (NGUYEN) PHUONG, Leigo 26-05-1861
101. José NGUYEN DUY KHANG, Catequista T.O.P. 06-11-1861
102. José TUAN, Leigo 07-01-1862
103. José TUC, Leigo 01-06-1862
104. Domingos NINH, Leigo 02-06-1862
105. Domingos TORI, Leigo 05-06-1862
106. Lourenço NGON, Leigo 22-05-1862
107; Paulo (DONG) DUONG, Leigo 03-06-1862
108. Domingos HUYEN, Leigo 05-06-1862
109. Pedro DUNG, Leigo 06-06-1862
110. Vicente DUONG, Leigo 06-06-1862
111. Pedro THUAN, Leigo 06-06-1862
112. Domingos MAO, Leigo 16-06-1862
113. Domingos NGUYEN, Leigo 16-06-1862
114. Domingos NHI, Leigo 16-06-1862
115. André TUONG, Leigo 16-06-1862
116. Vicente TUONG, Leigo 16-06-1862
117. Pedro DA, Leigo 17-06-1862
Saiba quando montar a sua árvore de Natal
REDAÇÃO CENTRAL, 24/11/2020 (ACI).- Faltando poucos dias para o Natal, muitas lojas, shoppings, casas já estão decoradas para esta data; mas, quando exatamente se deve montar a árvore de Natal?
Segundo o coordenador da Comissão de Liturgia da Arquidiocese de Vitória (ES), Padre Rodrigo Chagas, o dia para preparar a árvore é o primeiro domingo do Adento, que neste ano será no próximo dia 29 de novembro.
Em declarações ao site da Arquidiocese capixaba, o sacerdote explicou que muitas pessoas se deixam levar pela moda, principalmente do comércio, o qual antecipa tudo, uma vez que precisam de um tempo maior para realizar suas vendas.
Entretanto, ressaltou, “como a nossa meta é o Cristo, não precisamos ter tanta pressa para montar a árvore de Natal e enfeitar a casa”.
“O diferencial de nós, cristãos católicos, é que também não devemos decorar tudo no mesmo dia. É preciso começar no primeiro dia do Advento e conforme vai se aproximando o dia do Natal, decoramos cada vez mais a nossa casa até chegar a grande noite em que Cristo, o Senhor, nasce no meio de nós”, acrescentou.
O Advento é o tempo de preparação para o Natal e, segundo Pe. Rodrigo, “devemos estar recolhidos em nossas orações”.
“E em relação aos enfeites, esse momento da decoração da casa, deve ser vivido a cada domingo. Assim como vamos acendendo em nossas comunidades a coroa do Advento, para iluminar cada vez mais a nossa igreja, também nós devemos acender a esperança da chegada de Jesus em nosso coração, nossa casa, nossa vida e nossa família”, completou.
O sacerdote também falou sobre a data para desmontar a árvore e retirar os enfeites natalinos de casa. De acordo com ele, deve ser no dia 6 de janeiro, Solenidade da Epifania do Senhor aos Reis Magos, quando se comemora a manifestação de Deus no meio de nós, pela vinda do seu próprio filho.
“Então, se Cristo está conosco, Ele habita entre nós e armou sua tenda entre nós. Por isso, não precisamos mais dessas manifestações externas do nascimento do Senhor, porque Ele se manifesta e está presente dentro de nós que somos batizados”, indicou Pe. Rodrigo ao site da Arquidiocese de Vitória.
Advento: Incentivam a preparar o coração para o Natal imitando São José
ALABAMA, 24/11/2020 (ACI).- O escritor residente no Benedictine College de Atchison (EUA), Tom Hoopes, encorajou a seguir o exemplo de São José no tempo do Advento e a esforçar-se por imitar as suas virtudes para “preparar os nossos corações para o Natal”.
Em uma coluna publicada no National Catholic Register, Hoopes assinalou que os membros da Sagrada Família dão exemplos de como os lares católicos devem viver e destacou três importantes virtudes de São José que podem nos ajudar a nos preparar para o nascimento de Cristo.
1.- O sacrifício de São José por Nossa Senhora
Hoopes assinalou que São José era um homem justo e, como tal, ao saber da gravidez de Nossa Senhora, decidiu rejeitá-la "em silêncio".
“Um judeu justo, ao encontrar a sua noiva grávida, tem um caminho. Segundo a Lei, deveria denunciá-la por adultério”, indicou.
O escritor destacou que como José rejeitou Maria “silenciosamente”, “as pessoas falariam” e “assumiriam o pior: José engravidou Maria e depois a deixou”.
"José estava disposto a ficar mal para salvar Maria", acrescentou.
Hoopes assinalou que, seguindo o exemplo deste grande santo, devemos abraçar "o que há de melhor em nossos familiares" e destacou que essa confiança pode "ajudar a transformar nossos seres queridos e a nós mesmos".
"Ver o que há de melhor nos demais e sacrificar-se pelas coisas boas e nobres que há neles”, assinalou.
2.- São José velou pela Sagrada Família
O autor indicou que São José cuidou abnegadamente da Sagrada Família e se tornou “um guardião para todos nós”.
“Assim como São José cuidou de Maria com amor e se dedicou amorosamente à educação de Jesus Cristo, você também zela e protege a vida do Corpo Místico de Cristo, ou seja, a Igreja”, assinalou, citando as palavras de São João Paulo II.
Hoopes indicou que é necessário cuidar dos filhos, familiares e amigos da mesma forma que São José fazia.
3.- São José conhecia as escrituras
“José conhecia as suas escrituras, provavelmente porque as leu e meditou nelas. E era 'um praticante da palavra e não apenas um ouvinte'", indicou o autor.
Hoopes destacou que, como este grande santo, os fiéis devem ler e acreditar nas escrituras, para vivê-las no dia a dia.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
O que é o Advento e como podemos vivê-lo? https://t.co/6LnC1tSeqY
— ACI Digital (@acidigital) November 23, 2020
Ordenam na China o primeiro bispo sob o acordo com o Vaticano
PEQUIM, 24/11/2020 (ACI).- Em 23 de novembro, o novo bispo de Qingdao, Dom Thomas Chen Tianhao, de 58 anos, recebeu a consagração episcopal na catedral local dedicada a São Miguel. Ele é considerado um prelado “muito obediente à política religiosa do governo comunista” chinês, segundo informa a agência Asia News.
Asia News especifica que Dom Thomas Chen seria o primeiro prelado ordenado segundo as disposições do Acordo Provisório entre o Vaticano e a China para a nomeação de bispos, assinado em setembro de 2018 e que foi prorrogado por mais dois anos até outubro de 2022.
A celebração foi presidida por Dom Fan Xingyao de Linyi, presidente da Associação Patriótica Católica da China, entidade governamental comunista criada para controlar a Igreja Católica.
Os bispos concelebrantes foram Dom Yang Yongqiang, de Zhoucun, vice-presidente do Conselho dos Bispos da China; e Dom Zhang Xianwang de Jinan, vice-presidente de "Liang Hui", a organização dupla que compreende o Conselho dos Bispos e a Associação Patriótica.
Alguns fiéis indicaram que a presença de vários membros de alto escalão da Associação Patriótica se deve ao fato de que “o novo bispo foi presidente da Associação Patriótica de Qingdao e desde 2010 é membro do Comitê Permanente da Associação Patriótica Nacional”.
Segundo especialistas no tema, esta seria a primeira ordenação episcopal seguindo as modalidades estipuladas no acordo provisório entre a China e a Santa Sé. Asia News indicou que “na consagração, a velha fórmula continuaria sendo usada, na qual se cita o mandato do Conselho dos bispos, mas não se menciona em nenhum momento o Papa nem a Santa Sé”.
O novo bispo é o sucessor de Dom Giuseppe Li Mingshu, que faleceu em junho de 2018.
Devido às limitações impostas pela pandemia do coronavírus, a celebração não pôde ser aberta a todos, mas compareceram 21 sacerdotes e mais de 200 religiosos e fiéis.
Dom Thomas Chen Tianhao nasceu em Pingdu (Shandong), em 1962. Estudou no Seminário do Espírito Santo, em Shandong, e recebeu a ordenação sacerdotal em dezembro de 1989. Segundo os dados oficiais, foi eleito e nomeado Bispo de Qingdao em 19 de novembro de 2019.
Acordo Vaticano - China
Em outubro, a Santa Sé e a República Popular da China prorrogaram por mais dois anos, até 22 de outubro de 2022, o Acordo Provisório para a Nomeação dos Bispos, aprovado em 22 de setembro de 2018, em Pequim.
Segundo o acordo, a Santa Sé readmitiu em plena comunhão eclesial os bispos "oficiais" ordenados sem mandato pontifício na China.
Apesar do acordo, o regime comunista chinês não abandonou a perseguição religiosa contra os católicos em diferentes partes do país.
Em um artigo publicado em 22 de outubro em L'Osservatore Romano, o jornal oficial do Vaticano, explica-se que a renovação é “uma ocasião propícia para aprofundar os objetivos e motivos".
“O objetivo principal do Acordo Provisório sobre a nomeação de Bispos na China é apoiar e promover a proclamação do Evangelho naquelas terras, reconstituindo a unidade plena e visível da Igreja”, acrescenta.
Ao mesmo tempo, pontua-se que com o Acordo “não foram tratadas todas as questões ou situações em aberto que ainda suscitam preocupação para a Igreja, mas exclusivamente o tema das nomeações episcopais”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Vaticano e China renovam Acordo Provisório para nomeação de Bispos https://t.co/zUmfXGX1t8
— ACI Digital (@acidigital) October 22, 2020
Dois dos futuros cardeais não comparecerão ao Consistório com o Papa Francisco
Vaticano, 24/11/2020 (ACI).- O Vaticano informou nesta segunda-feira que dois dos 13 cardeais designados não comparecerão à Santa Sé para receber seus barretes vermelhos das mãos do Papa Francisco, devido às restrições da pandemia do coronavírus.
A Santa Sé assinalou que se trata de Dom Cornelius Sim, Vigário Apostólico de Brunei; e Dom José Advíncula, Arcebispo de Capiz (Filipinas). No entanto, ambos "também serão criados cardeais no consistório" neste sábado, 28 de novembro.
“Um representante do Santo Padre, em outro momento a ser determinado, lhes entregará o barrete, o anel e a bula com o título”, explicou.
Informou também que “os membros do Colégio Cardinalício que não poderão viajar a Roma para a celebração "poderão participar remotamente de sua sede, por meio de uma plataforma digital que lhes permitirá conectar-se com a Basílica Vaticana”.
No dia 28 de novembro, o Papa Francisco presidirá às 16h, na cátedra da Basílica de São Pedro, o consistório para a criação de 13 novos cardeais. Este evento, anunciado pelo Pontífice, em 25 de outubro, será realizado com algumas restrições devido à emergência sanitária do coronavírus.
Entre as mudanças, a Sala de Imprensa da Santa Sé indicou que não será realizada a “saudação de cortesia”, posterior ao consistório, na qual os fiéis podiam cumprimentar pessoalmente os novos purpurados.
Dos 13 novos cardeais, 9 deles são eleitores em um futuro conclave.
Os 9 novos cardeais eleitores são:
- Dom Mario Grech (63 anos), secretário-geral do Sínodo dos Bispos (Malta);
- Dom Marcello Semeraro (72 anos), prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (Itália);
- Dom Antoine Kambanda (61 anos), arcebispo de Kigali (Ruanda);
- Dom Wilton Gregory (71 anos), arcebispo de Washington (Estados Unidos);
- Dom José Advincula (68 anos), arcebispo de Capiz (Filipinas);
- Dom Celestino Aós Braco (75 anos), arcebispo de Santiago do Chile (Chile);
- Dom Cornelius Sim (69 anos), vigário apostólico de Brunei Kuala Lumpur (Malásia);
- Dom Augusto Paolo Lojudice (56 anos), Arcebispo de Siena - Colle di Val d'Elsa - Montalcino (Itália);
- Pe. Mauro Gambetti (54 anos), franciscano conventual, custódio geral da custódia do Sagrado Convento de Assis (Itália);
Além disso, o Papa acrescenta ao Colégio dos Cardeais:
- Dom Felipe Arizmedi Esquivel (80 anos), bispo emérito de San Cristóbal de las Casas (México);
- Dom Silvano Tomasi (80 anos), arcebispo de Asolo, ex-Núncio Apostólico, ex-Observador da Santa Sé junto à ONU em Genebra (Itália);
- Pe. Raniero Cantalamessa (86 anos), franciscano capuchinho, pregador da Casa Pontifícia;
- Mons. Enrico Feroci (80 anos), pároco do Santuário Divino Amore e ex-Diretor da Cáritas de Roma (Itália).
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Assim será o próximo consistório para a criação de cardeais https://t.co/WLNW9TwwAt
— ACI Digital (@acidigital) November 23, 2020
Fecharão Basílica na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe para prevenir contágios de coronavírus
Cidade do México, 24/11/2020 (ACI).- Os bispos do México e o Governo da Cidade do México anunciaram que de 10 a 13 de dezembro a Basílica de Guadalupe, que guarda a imagem original que apareceu milagrosamente na “tilma” de São Juan Diego em 1531, permanecerá fechada para evitar o contágio de coronavírus, COVID-19.
Em um comunicado conjunto publicado em 23 de novembro, autoridades eclesiásticas e civis indicaram que “é importante ressaltar que as condições sanitárias que o país vive devido à COVID-19 não nos permitem nesta ocasião celebrar a Virgem de Guadalupe peregrinando juntos ao santuário; e o bem de todo o povo mexicano nos motiva a tomar medidas de contenção para evitar a propagação do vírus, com as graves consequências que isso acarretaria”.
Milhões de peregrinos de diferentes partes do México e de outros países tradicionalmente se reúnem nos primeiros dias de dezembro na Basílica de Guadalupe, por ocasião da celebração da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, no dia 12 de dezembro.
A concentração de pessoas atinge seu ponto mais alto a partir da noite de 11 de dezembro, quando os devotos se reúnem para cantar à Virgem Maria as "mañanitas", um canto tradicional mexicano com o qual se comemoram os aniversários.
Devido à pandemia, a Basílica de Guadalupe anunciou que não acolheria a celebração de Missas nos dias 11 e 12 de dezembro. No entanto, estava previsto que que os devotos tivessem permissão para entrar no templo para contemplar e fazer oração brevemente diante da imagem original de Nossa Senhora de Guadalupe.
A Basílica também anunciou uma série de atividades virtuais por meio de seu site oficial e incentivou os devotos a fazerem peregrinações ao santuário mariano em outras datas para evitar multidões.
No comunicado conjunto, autoridades eclesiásticas e civis indicaram que “o Governo da Cidade do México, em coordenação com a Prefeitura realizarão uma operação de segurança durante os dias de fechamento, que orientará àqueles que forem às proximidades do Santuário a comemorarem o dia de Nossa Senhora de Guadalupe diante da imagem que a grande maioria do povo mexicano tem em sua própria casa”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Durante a pandemia, o amor pela Eucaristia cresceu, afirma o Bispo https://t.co/OGvrTjoB4G
— ACI Digital (@acidigital) November 19, 2020
Como agir frente aos comentários maliciosos nas redes? Isso aconselha um sacerdote
Lima, 24/11/2020 (ACI).- O diretor espiritual do colégio Santo Agostinho de Lima (Peru), Frei Miguel Oblitas, indicou que é preciso anunciar a verdade sem perder a caridade, diante dos comentários maliciosos dos chamados “trolls” nas redes sociais.
Em conversa com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o sacerdote disse que “a verdade não se impõe, se propõe” e destacou que embora como católicos “devemos fazer todo o possível para mostrar a verdade”, é necessário suspender o diálogo quando a outra parte não a deseja, sempre mostrando uma abertura ao diálogo.
Frei Oblitas indicou que nestas situações é necessário usar a correção fraterna, que é “o chamado que fazemos uns aos outros para crescer na verdade e no amor”, e ter como critério a Santo Agostinho, que ensinou que “devemos corrigir o pecador com amor e com rejeição ao pecado”.
Além disso, destacou que, a partir dessa busca de amar, deve-se corrigir em privado, escutar antes de sentenciar e é preciso dialogar com humildade, recordando que “não somos donos da Verdade, estamos a seu serviço. Ela (a verdade) vencerá em seu devido momento”.
Frei Oblitas recordou que “a verdade sem caridade sufoca, não cura nem edifica”, portanto, “devemos sempre dar testemunho de um trato fraterno” e rezar uns pelos outros.
É preciso lembrar que "tenho um irmão na minha frente (que pode estar e, inclusive, continuar errado), não um inimigo", assinalou.
O sacerdote indicou que, diante da tentação de pecar de ira por causa dos ataques na internet, é importante desenvolver um olhar misericordioso e compassivo”.
Recordou que os católicos levam as pessoas ao encontro com Cristo e, portanto, devem "olhar para aquele irmão errado com os olhos de Jesus", onde se pode encontrar "mansidão e firmeza ao mesmo tempo".
“Quando queremos apenas defender ideias, corremos o risco, inclusive, de nos aproximarmos de um fanatismo impiedoso, onde colocamos por cima da pessoa e de seu processo (sua própria história de salvação), o convencimento das nossas ideias. Os tempos de Deus não são os nossos”, acrescentou.
O sacerdote indicou que esses momentos de tentação devem ser aproveitados para "nos conhecermos mais e não ficarmos num olhar superficial e externo".
Do mesmo modo, indicou que embora se tenha o direito de anunciar e compartilhar a verdade, que vem do Evangelho, “a aceitação e o consentimento dos homens é obra de Deus e cooperação livre de cada pessoa”.
“Enquanto tivermos a coragem de anunciar as verdades da fé e da moral; e denunciar as faltas em relação a elas, não há tibieza”, assinalou.
O sacerdote destacou que não se deve perder a paciência ao dizer a verdade, porque a conversão não vem de nós, mas de Jesus e, portanto, é preciso "respeitar o tempo de Deus".
“No fundo, não há contraste entre verdade e caridade. Se a caridade se entende por paciência, é preciso aprender que ela faz parte da busca pela verdade”, acrescentou.
Por fim, Frei Oblitas indicou que “se a fama de alguma pessoa ou instituição for prejudicada, devemos fazer todo o possível para esclarecer qualquer dúvida à opinião pública”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
A Economia de Francisco: Papa pede aos jovens que se envolvam na construção do presente e do futuro https://t.co/mcl1MWQRdY
— ACI Digital (@acidigital) November 23, 2020
A espiritualidade de seu filho mais novo os levou a se converter e se casar na Igreja
VALENCIA, 24/11/2020 (ACI).- Paco Roig e Mara Vidagany têm dois filhos e estão casados no civil há 40 anos, mas após uma longa jornada de conversão, acabam de contrair o matrimônio na Igreja. Um retorno à fé que começou com a espiritualidade de seu filho mais novo e que culminou no reencontro na fé de uma família inteira.
Segundo explicam a Paraula, o semanário da Arquidiocese de Valência (Espanha), ambos foram batizados, mas desde jovens viviam separados da fé e nunca haviam pensado em se casar na Igreja. No entanto, a experiência de fé de Victor, seu filho mais novo, fez com que mudassem completamente de ideia.
Desde muito pequeno, Victor começou a "brincar" para celebrar a Missa. Na tábua de passar, colocava um lençol como toalha de mesa e usava um cachecol como estola. No entanto, Victor nunca havia participado da Missa nem recebido catequese.
Paco assegurou que “aquilo nos surpreendeu porque fazia sem que ninguém o induzisse a isso, sem ter tido notícias na catequese de nenhuma paróquia porque nunca o levamos, ou sem ter ouvido falar disso nas aulas de religião porque foi matriculado depois, aos 8 anos e, além disso, nós o matriculamos porque ele insistiu irritado porque não o fazíamos”.
Brincadeiras que foram se aprofundando na alma de Victor até se constituírem numa verdadeira religiosidade. O menino começou a rezar e quando tinha 10 anos pediu para ser batizado, algo que seus pais rejeitaram e disseram que quando fosse maior de idade poderia fazer isso.
“Aos 18 anos, um dia ele nos recordou e não podíamos mais recusar”, conta Paco a Paraula.
E embora Paco não saiba exatamente o que o levou a retornar à Igreja, destaca que "a fé misteriosa" de seu filho guiou seus passos "de volta à prática religiosa".
Aos 45 anos, Paco estava muito desanimado e começou a sentir a necessidade de encontrar algo que respondesse às suas inquietudes.
Em visita ao mosteiro de Leyre, em Navarra, foi conversar com um sacerdote. “Queria conversar e no final ele me ajudou a confessar, refletindo, vi toda a minha vida, tudo o que tinha feito, fui para o claustro e comecei a chorar”, assegurou.
Depois dessa experiência, começou a considerar seu retorno à Igreja Católica. Mas foi apenas três anos depois que decidiu dar o passo de retornar à Igreja Católica. O ponto decisivo aconteceu no mosteiro de La Puridad das Franciscanas Clarissas de Valência.
“As monjas estavam rezando e ouvi uma ladainha que dizia algo como 'aproximem-se os indecisos, humilhem-se diante de Deus e Ele os exaltará'... E naquele momento resolvi voltar para a Igreja”, assinala Paco.
Começou às escondidas de sua esposa a participar da catequese do início do Caminho Neocatecumenal na paróquia de São Martinho, em Valência (Espanha).
Porém, seu catequista o aconselhou que se sua esposa fizesse objeções, ele deveria ouvi-la e parar, para não comprometer a estabilidade do casamento. Mas um dia Paco decidiu contar tudo para a esposa. Uma notícia que ela não recebeu de um jeito bom, e ficou chateada, mas após a surpresa inicial, Mara lhe disse que se ele se sentisse bem, era importante para ele e era algo bom para a relação, não seria contra e estaria disposta a acompanhá-lo.
No ano seguinte, Mara ingressou também em uma comunidade neocatecumenal, a mesma em que continuam frequentando juntos hoje.
O casamento deles foi o primeiro celebrado na antiga igreja da Companhia, desde que o Papa Francisco lhe concedeu o título de basílica menor há um ano, como Basílica do Sagrado Coração de Jesus, segundo Paraula.
Tanto Paco como Mara participam da Missa dominical nessa igreja, na qual, asseguram, se sentem "muito acolhidos", como na vizinha paróquia de São Martinho, que também frequentam. Além disso, seu filho trabalha como acólito na basílica.
Há um ano e meio, Mara foi diagnosticada com câncer avançado com prognóstico médico ruim. “Este retorno a Deus e à Igreja tem sido muito bom para eu enfrentar uma doença tão grave, pois a Igreja sempre nos dá uma palavra de esperança: que a morte não é a última coisa, que este é um caminho que todos temos que fazer com alegria porque vamos ver o nosso Criador”, afirma Paco.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
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Papa aprova milagre de um futuro Beato, 127 martírios e virtudes de 6 servos de Deus
Vaticano, 24/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco autorizou a promulgação de novos decretos da Congregação para as Causas dos Santos que reconhecem o milagre de um futuro beato italiano, 127 mártires espanhóis e virtudes heroicas de seis servos de Deus, quatro italianos, um espanhol e um francês.
Segundo informou a Sala de Imprensa da Santa Sé nesta terça-feira, o Santo Padre autorizou a promulgação de novos decretos ao receber em audiência no dia 23 de novembro o novo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Dom Marcello Semeraro.
Em primeiro lugar, trata-se do milagre atribuído à intercessão do Servo de Deus Mario Ciceri, sacerdote diocesano; nascido em 1º de setembro de 1900, em Veduggio (Itália), e falecido em Brentana di Sulbiate (Itália), em 4 de abril de 1945.
Além disso, o martírio dos Servos de Deus Juan Elías Medina, sacerdote diocesano, e de 126 companheiros, sacerdotes, religiosos e leigos, assassinados por ódio à fé, na Espanha, entre 1936 e 1939.
Da mesma forma, as virtudes heroicas do Servo de Deus Fortunato Maria Farina, arcebispo titular de Adrianopolis de Onoriade, antigo bispo de Troia e Foggia, nascido em 8 de março de 1881, em Baronissi (Itália), e falecido em Foggia (Itália), em 20 de fevereiro de 1954.
Com ele, as virtudes heroicas do Servo de Deus Andrés Manjón y Manjón, sacerdote, fundador das Escolas da Ave Maria, nascido em 30 de novembro de 1846, em Sargentes de Lora (Espanha), e falecido em Granada (Espanha), em 10 de julho de 1923; e as virtudes heroicas do Servo de Deus Alfonso Ugolini, sacerdote diocesano, nascido em 22 de agosto de 1908, em Thionville (França), e falecido em Sassuolo (Itália), em 25 de outubro de 1999.
Por fim, as virtudes heroicas de três Servas de Deus: Maria Francesca Ticchi (no século, Clementina Adelaide Cesira), monja professa das Clarissas Capuchinhas, nascida em 23 de abril de 1887, em Belforte all'Isauro (Itália), e falecida em Mercatello sul Metauro (Itália), em 20 de junho de 1922; Maria Francesca Giannetto (no século, Carmela), religiosa professa da Congregação das Filhas de Maria Imaculada, nascida em 30 de abril de 1902, em Camaro Superiore (Itália), onde faleceu em 16 de fevereiro de 1930; e Maria Carola Cecchin (no século, Fiorina), religiosa professa da Congregação das Irmãs de São José Benedito Cottolengo, nascida em 3 de abril de 1877, em Cittadella (Itália), e falecida no barco a vapor ao retornar do Quênia para a Itália, em 13 de novembro de 1925.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
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Papa promulga novos decretos da Congregação para as Causas dos Santos https://t.co/6gT8K85VBW
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Caso de menina católica casada à força com muçulmano tem nova reviravolta
Islamabad, 24/11/2020 (ACI).- O caso da católica Arzoo Raja, menor de idade casada à força com um muçulmano, tomou um novo rumo depois que a Suprema Corte de Sindh, Karachi (Paquistão), sentenciou que permaneça em uma casa de acolhida do governo até que ela decida, em vez de voltar para sua família.
No dia 13 de outubro deste ano, Ali Azhar, um muçulmano de 44 anos vizinho da família Raja, sequestrou Arzoo quando estava a caminho da loja. Nesse mesmo dia, a menina foi forçada a se converter ao islã e se casar e conviver com seu sequestrador.
Em 23 de novembro, o Tribunal Superior de Sindh realizou a última audiência sobre o caso de Arzoo Raja e ordenou que a menina continue morando no “Lar Refúgio Panah”, casa de acolhida dos serviços sociais do governo, até que ela decida, em vez de retornar imediatamente para sua família, como se costumava proceder em casos semelhantes no passado, assinalou a agência vaticana Fides.
Com a decisão, o Tribunal separa definitivamente a menina do muçulmano que a sequestrou e, além disso, valida “as denúncias de estupro de menor de 16 anos, crime que pode ser punido com prisão perpétua ou pena de morte”, sob o “artigo 375, parágrafo 5 do Código Penal do Paquistão”, disse Jibran Nazir, advogado da família Raja.
Nazir explicou que "o Supremo Tribunal de Sindh rejeitou os recursos” documentados interpostos pelo sequestrador, nos quais afirmava que o "casamento era legal", que a guarda da menina pertencia a ele como marido e que todas as acusações contra ele "deveriam ser canceladas”.
Assinalou que o Tribunal "não tomou nenhuma decisão a favor do sequestrador" e lembrou que na audiência anterior, em 5 de novembro, o Tribunal manteve em aberto as acusações contra Azhar Ali no First Information Report.
Além de permanecer na casa de acolhida, "o Tribunal ordenou ao Ministério do Interior de Sindh que nomeasse uma pessoa do Departamento de Assistência Social que examinará Arzoo para que receba atenção psicológica e para que retome seus estudos", disse Nazir.
Embora para o advogado a decisão do Tribunal “seja um passo adiante, porque Arzoo está a salvo”, a família Raja e a comunidade católica confiam que a menina poderá retornar com a sua família, visto que os advogados irão recorrer ao Tribunal Supremo do Paquistão, instância máxima do país, para obter sua custódia.
“Agora faremos todo o possível e apresentaremos um recurso ao Tribunal Supremo para que a menina volte a morar com seus entes queridos”, disse Nasir.
Para o Pe. Saleh Diego, vigário geral e diretor da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Karachi, a comunidade católica esperava que a menina “fosse confiada à família”, pois foi assim que procederam em casos anteriores semelhantes.
“O Tribunal deve considerar que é uma menor de idade que sofreu um trauma violento e está sob pressão após seu sequestro, conversão forçada e casamento com o homem que a estuprou”, disse. “Seguimos pedindo ao Poder Judiciário que confie a guarda da menina aos pais. Pedimos o pleno respeito aos nossos direitos como cidadãos paquistaneses ”, concluiu.
A decisão final do Tribunal de Sindh foi o resultado de uma série de audiências que foram possíveis graças à insistência e exigências da família, com o apoio da Igreja Católica e protestos locais. A princípio, o Tribunal favoreceu o sequestrador em sua sentença, mas posteriormente retificou e solicitou que fosse realizada a investigação correspondente para apurar a verdade.
Em 27 de outubro, o Tribunal Superior de Sindh emitiu uma ordem judicial que respaldava a alegação do sequestrador sem realizar investigações preliminares, apesar do pedido da família Arzoo, e ordenava que a polícia não prendesse Azhar. O sequestrador, com documentos falsos, garantiu que a menina tinha 18 anos e que sua conversão e casamento forçados foram atos livres e voluntários.
Em resposta, o Arcebispo de Karachi, Cardeal Joseph Coutts, o Bispo de Islamabad-Rawalpindi e o presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, Dom Joseph Arshad, o Bispo Kaleem John da igreja anglicana do Paquistão e líderes de outras religiões pediram justiça para o caso Arzoo e exigiram medidas severas para evitar que esses ataques contra as minorias religiosas continuem a ocorrer no país.
Além disso, no dia 28 de outubro, Pe. Saleh Diego liderou um protesto a favor da libertação de Arzoo na entrada da Catedral de São Patrício, do qual participaram mais de 300 pessoas, entre cristãos, hindus e muçulmanos, assinalou Fides .
Mais tarde, o Tribunal se retificou, deteve o criminoso e ordenou que Arzoo vivesse temporariamente no centro de acolhida do governo. Em 5 de novembro, ordenou que uma comissão médica determine a real idade da menina e, em 9 de novembro, após a confirmação com o resultado médico e as certidões de nascimento e escolar que Arzoo era menor de idade, declarou a ilegalidade do casamento.
Então, o Tribunal Superior de Sindh classificou o ato como "casamento precoce" e ordenou que Arzoo não voltasse com seu sequestrador nem com sua família, mas sim permanecesse no na casa de acolhida, pois a menina se recusava a voltar para sua casa de origem e pediu para regressar com Azhar.
O advogado Nazir explicou que "a menina continua traumatizada, a forma como foi sequestrada, forçada a se casar e abusada diz que Arzoo sofreu violentos traumas físicos e psicológicos e precisa de tempo para se recuperar".
Além disso, o Tribunal ordenou que a polícia investigue “as pessoas envolvidas neste casamento precoce, em particular aquelas que apresentaram documentos falsos para declarar a menor de idade como tendo 18 anos e aqueles que realizaram concretamente o casamento”, disse Nazir.
Explicou que a "Lei de casamento de Sindh de 2013 proíbe o casamento de crianças menores de 18 anos e estabelece uma punição para os envolvidos no casamento infantil, incluindo a pessoa que organiza o casamento e o tutor da criança".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
Confira também:
Libertam menina católica obrigada a converter-se ao islã e a casar-se com um muçulmano https://t.co/4G7mYwC9v6
— ACI Digital (@acidigital) November 3, 2020
Símbolos da JMJ são um meio de encontro com o próximo e com Jesus, assinala Arcebispo
Vaticano, 24/11/2020 (ACI).- O Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, assinalou a importância dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para um encontro com o próximo e com Jesus.
No dia 22 de novembro, Domingo de Cristo Rei, uma comissão de jovens portugueses no Vaticano recebeu a Cruz e o ícone de Maria Salus Populis Romani, símbolos da JMJ que estiveram presentes no evento juvenil mundial realizado no Panamá em janeiro de 2019.
Durante a Missa, o Papa Francisco destacou que a entrega destes símbolos “é um passo importante na peregrinação que nos levará a Lisboa no ano de 2023”.
Em um comunicado, Dom Ulloa destacou que “durante a preparação e na JMJ Panamá 2019”, os símbolos permitiram um encontro com os demais e com Jesus, e que, em seu percurso “pela América Central, México, Porto Rico, Cuba , Haiti, República Dominicana, Venezuela e Estados Unidos foram uma bênção muito especial para milhares de jovens nesses países”.
“A sua presença em ambientes de dor e sofrimento, como centros penitenciários e hospitais, com pessoas em situação de rua, foi um estímulo para promover a missão pastoral de uma Igreja em saída encarnada em seu povo”, acrescentou.
O Prelado assinalou que deseja que a juventude em Portugal tenha “esta profunda experiência espiritual e humana; porque no seu percurso, os símbolos permitem muitas vezes um encontro especial com Jesus Cristo”.
Dom Ulloa acrescentou que, com a apresentação do relatório, a avaliação da JMJ no Panamá e a entrega dos símbolos, o trabalho é encaminhado para a Comissão Organizadora Local da JMJ Lisboa 2023.
Devido à pandemia, o Prelado não pôde viajar a Roma, por isso na cerimônia esteve presente em sua representação o secretário executivo do Comitê Organizador Local do Panamá, Víctor Chang; a embaixadora do Panamá junto à Santa Sé, Miroslava Rosas; e um grupo de jovens panamenhos e centro-americanos.
Durante a entrega dos símbolos, Chang destacou que “é um momento muito especial; a Cruz e o ícone fizeram parte da vida da Igreja do Panamá antes, durante e depois da JMJ 2019; é um momento para recordar com gratidão tudo o que foi a JMJ nas nossas vidas”.
A Arquidiocese do Panamá preparou um vídeo especial para realizar uma “entrega virtual” dos símbolos da JMJ, no qual se recorda o percurso das imagens pelo país, “e que agora passa para os jovens de Portugal”.
Dom Ulloa indicou no vídeo que se junta à “alegria da juventude mundial pela transferência dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude para a Igreja de Portugal”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Esta é a oração para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 https://t.co/wqIwcgNRVZ
— ACI Digital (@acidigital) November 23, 2020
Arcebispo pede que Vaticano revise forma como lidou com casos de abusos quando era vigário
Vaticano, 24/11/2020 (ACI).- Diante da controvérsia de que teria lidado mal com casos de abuso sexual quando era vigário-geral de Colônia (Alemanha), o atual Arcebispo de Hamburgo, Dom Stefan Heße, pediu ao Vaticano que revise seu trabalho e os processos que realizou.
Na sexta-feira passada, Dom Heße, que foi vigário-geral da Arquidiocese de Colônia, de 2012 até sua nomeação como Arcebispo de Hamburgo em 2015, escreveu à Congregação para os Bispos sobre os casos de abusos que revisou durante seu serviço.
Em sua carta à Congregação, Dom Heße destacou a atual controvérsia sobre como lidou com as denúncias de abuso e assinalou que enviaria ao Vaticano os resultados de uma investigação atualmente em andamento em Colônia, que provavelmente será publicada em março de 2021.
CNA Deutsch - agência em alemão do grupo ACI - indicou que não está claro se o Vaticano vai autorizar um ou mais procedimentos sob Vos estis lux mundi, o motu proprio de 2019 do Papa Francisco que busca responsabilizar os bispos por lidar mal com os casos de abusos.
Em sua declaração, Dom Heße assinalou que escreveu "ao prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, e descrevi a situação para ele”.
“Expliquei-lhe que sempre participei, com o melhor de meu entendimento e consciência, no processamento de casos de abuso sexual na arquidiocese de Colônia e nunca no encobrimento de tais casos”, acrescentou.
O Prelado indicou que “o debate público sobre meu tempo em Colônia, que já dura vários meses, não é apenas um fardo para mim pessoalmente, mas também para os católicos da arquidiocese”.
“Devido à preocupação com a Arquidiocese de Hamburgo, considero meu dever informar as autoridades romanas sobre a situação atual e os resultados da investigação de Colônia, que estará disponível em março”, acrescentou.
Dom Heße sublinhou que “para mim, é evidente que não posso ser juiz no meu próprio caso, mas peço uma revisão da autoridade que me nomeou” como arcebispo.
Na véspera de sua declaração, o Prelado anunciou que deixaria temporariamente o cargo de conselheiro espiritual do Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK).
As disposições do Vos estis lux mundi entraram em vigor em 1º de junho de 2019, por um período experimental de três anos. Vários bispos dos Estados Unidos e da Polônia foram investigados nos termos do motu proprio.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
5 pontos chave da Carta Apostólica Vos estis lux mundi para prevenir e denunciar abusos https://t.co/scRMSyP5LS
— ACI Digital (@acidigital) May 9, 2019
Sacerdote falece de Covid-19 e deixa como último pedido que ajudem os pobres
JUIZ DE FORA, 24/11/2020 (ACI).- A Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) comunicou na manhã desta terça-feira o falecimento de Monsenhor Miguel Falabella de Castro, o qual, como último pedido, solicitou que, em vez de lhe oferecerem coroas de flores, doem o valor para uma obra de ajuda aos pobres.
Mons. Miguel Falabella, de 89 anos, faleceu às 23h30 de segunda-feira, 23 de novembro, na UTI da Santa Casa de Misericórdia, onde estava internado após ter recebido o diagnóstico de Covid-19 em 9 de novembro.
“Em nome dos familiares, em nome da Irmandade do Senhor dos Passos, da qual era membro, da Diretoria da Santa Casa de Misericórdia da qual fazia parte como representante do Arcebispo, e ainda em nome de toda a nossa Arquidiocese de Juiz de Fora, levo a todos o conforto da fé na ressurreição dos mortos, que ele pregou tão bem em toda a sua vida, e a gratidão por tudo aquilo que este extraordinário servo de Cristo fez em sua longa vida sacerdotal”, expressou o Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira.
Foi o Prelado quem revelou o último pedido de Mons. Falabella. “Cumpro o dever de informar, segundo o seu belo Testamento Espiritual, cuja cópia está em meu poder, que ele pediu aos que por acaso quisessem oferecer-lhe coroas de flores, não o fizessem, mas destinassem à obra ‘Pequeninos de Jesus’, que na Arquidiocese cuida dos pobres que vivem em situação de rua, o valor que despenderiam com tal homenagem”, informou o Arcebispo.
Segundo a Arquidiocese, respeitando as normas da saúde pública, o velório e o Rito das Exéquias serão feitos com a participação apenas de alguns familiares e poucos padres, no Cemitério Parque da Saudade, em horário a ser comunicado internamente.
Mons. Miguel Falabella de Castro nasceu em 29 de junho de 1931, em Mar de Espanha (MG), onde foi ordenado sacerdote em 25 de abril de 1954, pelo primeiro bispo da então Diocese de Juiz de Fora, Dom Justino José de Santana. Seu lema de ordenação era “Jesus Cristo é o Senhor” (Fl 2,11).
Em seu ministério presbiteral, serviu como pároco da Catedral Metropolitana de Juiz de Fora por quase 40 anos, entre 1963 e 2002, quando recebeu o título de Vigário Geral da Arquidiocese, função que exerceu até março de 2019, tendo renunciado por motivos de idade e saúde.
Foi também pároco da Paróquia São Geraldo, do Bairro Teixeiras, entre 2002 e 2009, ano em que começou a trabalhar como Vigário Paroquial na mesma comunidade. Desempenhou ainda este mesmo cargo, nos últimos anos, na Paróquia Bom Pastor e na própria Catedral.
A Arquidiocese de Juiz de Fora cita ainda que, entre os títulos recebidos pelo presbítero estão o de Cidadão Honorário de Juiz de Fora, de onde também é considerado Cidadão Benemérito; Cidadão Honorário de Santa Rita de Ibitipoca; Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld; Medalha da Inconfidência; Diploma de benemérito-amigo da Polícia Militar de Minas Gerais e Personalidade Cobra de Ouro da ANVFEB (Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira).
Confira também:
VIRAL: Pe. Márlon pede para não ser intubado para continuar celebrando Missa https://t.co/QgbpMFNfj5
— ACI Digital (@acidigital) November 23, 2020
Vândalos destroem altar e imagens de santos em capela
VITORIA, 24/11/2020 (ACI).- A capela de Nossa Senhora de Mont’Serrat, em Aracruz (ES), foi alvo de vandalismo no último domingo, Solenidade de Cristo Rei, quando destruíram o altar e imagens de santos do templo.
Segundo nota publicada pela Paróquia de São João Batista, à qual pertence a capela, “vândalos depredaram a parte externa e também a parte interna da igrejinha, incluindo o pequeno altar, as paredes e as imagens de santos”.
O templo, construído em 1931, a quase 800 metros de altura no morro do Pelado, zona rural de Aracruz, é um ponto turístico e religioso do município.
“Diante da depredação da Capela de Nossa Senhora de Mont’Serrat, queremos, uma vez mais, proclamar Cristo como Senhor e Rei, e condenar veementemente o ato realizado, confiando às autoridades do município a cabível investigação e a apuração dos fatos”, assinala a nota assinada pelo pároco, Pe. Antonio Luiz Pazzolini.
Conforme ressalta o sacerdote, ultimamente se vê, “em todo o mundo, um crescente ataque ao cristianismo e aos seus espaços sagrados em nome de uma falsa liberdade de expressão ou mesmo de uma intolerância religiosa que não levam a nada senão ao ódio e à violência”.
Nesse sentido, condena “qualquer ato de intimidação exercido contra comunidades de fé para desencorajar a livre manifestação religiosa das pessoas” e denuncia “que os recentes ataques contra igrejas católicas cristãs representam uma grave violação da liberdade de religião e expressão”. “Exigimos que o Estado cumpra sua função protetora de cidadania”, acrescenta.
“À misericórdia de Deus, confiamos a afirmação que diz ‘a minha casa será casa de oração’, a fim de que, neste momento de pandemia, Ele volte seu olhar para nós e nos conceda saúde de corpo e de alma”, afirma o sacerdote.
Frente ao ocorrido, o pároco convida “todos os católicos a rezarem pela conversão da humanidade e a se unirem em oração, na próxima quinta-feira (26/11), às 19 horas, na Igreja Matriz São João Batista para uma missa de reparação ao Sagrado Coração de Jesus pelas ofensas cometidas”.
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Paróquia sofre ato de vandalismo e tentativa de profanação https://t.co/h7zdSLsIRD
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Falece ex-mordomo de Bento XVI envolvido no caso “Vatileaks”
Vaticano, 24/11/2020 (ACI).- Paolo Gabriele, o ex-mordomo do Papa Emérito Bento XVI, faleceu aos 54 anos, após uma longa doença.
Gabriele ficou famoso por ter vazado documentos da Santa Sé, no caso conhecido como “Vatileaks”, que foram posteriormente publicados em um livro.
Por esses fatos, foi considerado culpado e condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Cidade do Vaticano a 18 meses de prisão, em outubro de 2012.
Paolo Gabriele era casado, tinha três filhos e, antes do escândalo no qual foi protagonista, havia servido na Santa Sé durante vários anos e, inclusive, havia feito parte da Família Pontifícia, como recorda Vatican News.
Durante o julgamento contra ele, Gabriele negou ter agido por interesse financeiro e afirmou se sentir culpado por ter traído a confiança do Santo Padre.
Gabriele reconheceu ter começado a obter documentos durante 2010 e 2011. O ex-mordomo de Bento XVI foi inicialmente condenado a 3 anos de prisão, mas o tribunal do Vaticano reduziu significativamente a pena porque não tinha antecedentes criminais.
Posteriormente, em 22 de dezembro de 2012, Bento XVI perdoou Gabriele e visitou-o pessoalmente em sua cela para comunicar o perdão, que também estendeu a seu cúmplice, o cientista da computação Claudio Sciarpelletti.
Depois desses acontecimentos, e depois de receber o perdão, Paolo Gabriele passou a integrar a equipe do Hospital Pediátrico Bambino Gesù de Roma, conhecido como o Hospital do Papa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Faleceu Dom Damián Iguacén, bispo mais idoso do mundo
ZARAGOZA, 24/11/2020 (ACI).- Dom Damián Iguacen Borau faleceu hoje, 24 de novembro, aos 104 anos, em Huesca (Espanha). Há alguns anos morava na residência das Irmãzinhas dos Idosos Desamparados.
Nos últimos meses, o estado de Dom Iguaçen se deteriorou consideravelmente.
Da diocese de Tenerife (Espanha) recordam que em julho passado recebeu a visita de Dom Bernardo Álvarez, Bispo de Tenerife, diocese da qual Dom Damián Iguacén foi bispo durante 7 anos.
Ao saber da morte do Bispo Iguacén, o Bispo de Tenerife manifestou as suas profundas condolências e assegurou que foi "um grande pastor que viveu entre nós, como dizia o seu lema episcopal, como último de tudo e o servidor de todos".
Como recordam da Diocese de Tenerife, em cada aniversário Dom Iguacén assegurava que era “uma graça de Deus que não sei como agradecer a não ser colocando-me inteiramente ao seu serviço”.
Breve biografia
Nasceu na cidade de Fuencalderas, Zaragoza (Espanha). Em 1941 foi ordenado sacerdote na Diocese de Huesca, momento que “depois do meu batismo, considero que foi o melhor dia da minha vida. Que o Senhor tenha me escolhido para ser ministro do seu Evangelho me conferiu outra dignidade. É algo muito grande”.
Foi nomeado Bispo de Barbastro em 1970. Quatro anos depois foi nomeado Bispo de Teruel e em 1984 Bispo de Tenerife, cargo que ocupou até 1991, quando apresentou a sua renúncia por idade.
Da Diocese de Tenerife recordam que Dom Iguacén escreveu vários comentários sobre as devoções marianas, onde destacava a importância que tem para o cristão enfrentar a vida sem amargura e também a necessidade de fazer silêncio para encontrar consigo mesmo e com Deus.
“Um cristão não pode estar de mau humor, enfrentando tudo com mau humor e pessimismo porque Jesus diz: ‘Coragem! Eu venci o mundo’. Portanto, se esse mundo inimigo do Senhor, do bem, da justiça, está vencido, não tem futuro. Essa convicção é o que deveria nos levar ao bom humor. Não significa, no entanto, que sejamos indiferentes com as coisas, mas que nenhum acontecimento é definitivo”, indicava Iguacén.
Em várias entrevistas, Dom Iguacén assegurava que era "um grande otimista". “Graças a Deus o sou. O fiel, necessariamente, tem que ser otimista. Tem que ver o bom que há e o mal que converteu em bem, porque o mal não é uma fatalidade, podemos eliminá-lo com o bem”. “Que tudo isso seja expressão de alegria interior. O Senhor nos quer contentes, alegres, não barulhentos, mas com a alegria do gozo de viver bem com Deus e com todo o mundo. Por isso a alegria é um sinal cristão”, destacava.
Além disso, destacam da Diocese de Tenerife que “partiu um pastor para a casa do Pai que deixou uma marca profunda depois de passar por estas Canárias ocidentais”.
E recordaram algumas palavras de Dom Iguacén nas quais assegurava: “Nosso tempo é este. O presente, porque o futuro também não está em nossas mãos. O plano de Deus quer que aqui, agora e com estes, sejamos bons e façamos todo o bem que pudermos. Em vez de criticar o mal, deveríamos ver o que nós podemos fazer para remediá-lo. O Senhor nos recorda ‘meu coração triunfará’”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Bispo mais idoso do mundo dá esse conselho aos jovens https://t.co/Nh1eCmYHuz
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Buenos Aires, 24/11/2020 (ACI).- O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que espera que o Papa Francisco não fique chateado com o seu projeto de legalizar o aborto, porque, afirmou, embora se declare católico, precisa resolver um “problema da saúde pública argentina”.
Fernández fez essas declarações no programa argentino Corea do Centro, em 22 de novembro.
O mandatário assegurou: “Eu sou católico, mas tenho que resolver um problema da sociedade argentina. Valéry Giscard d'Estaing foi o presidente da França que aprovou o aborto na França, e em seu momento o Papa de então lhe questionou, como ele sendo católico estava promovendo isso, e a resposta foi ‘eu governo para muitos franceses que não são católico e tenho que resolver um problema da saúde pública’’”.
“Acontece mais ou menos a mesma coisa comigo... Por mais católico que eu seja, no tema do aborto, parece-me que a discussão é outra, não concordo muito com a lógica da Igreja sobre esse tema”, disse Fernández.
Quando perguntado se “o Papa ficará muito chateado com isso?” Alberto Fernández respondeu: “Espero que não, porque ele sabe o quanto o admiro, o quanto o valorizo e espero que ele compreenda que tenho que resolver um problema da saúde pública argentina. Finalmente, o Vaticano é um estado dentro de um país chamado Itália, onde o aborto é permitido há muitos anos. Então, espero que entenda".
“Isso não é contra ninguém, é para resolver um problema; e que a lei do aborto, de legalização do aborto saia, não o torna obrigatório, e aqueles que têm suas convicções religiosas, todas muito respeitáveis, não estão obrigados a abortar”, disse ao justificar o seu projeto de lei.
Fernández apresentou o projeto para a legalização do aborto no dia 17 de novembro, o qual foi uma de suas promessas na campanha eleitoral.
Embora não se saiba a data do início da discussão, o texto deveria ser incorporado com o temário de sessões extraordinárias do Parlamento a partir de dezembro.
As discussões deveriam começar nas comissões de Legislação Geral, de Saúde e Ação Social, de Mulheres e Diversidades, e de Legislação Penal da Câmara dos Deputados e, em seguida, seguir para o Plenário. Se for aprovado - o que se conhece na Argentina como "meia sanção" -, entrará no Senado para ser debatido.
Em 2018, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei do aborto com 129 votos a favor, 125 contra e 1 abstenção. No entanto, após intenso debate, o Senado rejeitou o projeto em agosto por 38 votos contra 31, duas abstenções e uma ausência.
📺“El verdadero debate no es aborto sí o aborto no, es aborto en clandestinidad o aborto en un hospital público”. El presidente @alferdez en #CoreaDelCentro por @CanalNetAr. pic.twitter.com/oYYUrcLLho
— Alberto Fernández Prensa (@alferdezprensa) November 23, 2020
Durante a entrevista, Fernández disse que seu projeto teria os votos necessários para ser aprovado.
Para o presidente argentino, um "debate sério" não é "aborto sim ou aborto não", mas "em que condições os abortos são realizados" na Argentina. Fernández acusou os defensores da vida de quererem "que continuem ocorrendo abortos na clandestinidade". "Aqueles que dizemos ‘aborto sim’, queremos apenas que os abortos sejam feitos em condições sanitárias adequadas”, assegurou.
Depois que Fernández apresentou seu projeto de lei, várias organizações pró-vida anunciaram atividades em oposição à legalização do aborto. Da mesma forma, mais de cem legisladores e vereadores criaram a Rede de Legisladores pela Vida Argentina, para lutar a batalha jurídica em cada província e no Parlamento nacional.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Aumentam críticas a presidente argentino por projeto de legalização do aborto https://t.co/rCEbgUmz2k
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ACN ilumina monumentos de vermelho para recordar cristãos perseguidos e lança relatório
RIO DE JANEIRO, 24/11/2020 (ACI).- Nesta quarta-feira, 25 de novembro, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) promove mais um Red Wednesday, a fim de chamar a atenção para os cristãos perseguidos no mundo, e lança um relatório sobre esta situação.
Esta ação simbólica consiste em iluminar de vermelho igrejas, edifícios públicos e monumentos em todo o mundo, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), para chamar a atenção para a situação dos cristãos perseguidos. Neste ano, a campanha será promovida, apesar da pandemia de coronavírus.
“A Covid-19 pode ter trazido muitas mudanças, mas os cristãos continuam a ser a comunidade religiosa mais perseguida no mundo. A fim de aumentar a conscientização sobre esse fato doloroso, catedrais, igrejas e edifícios públicos serão iluminados com luz vermelha em muitos países em quatro continentes”, confirmou Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da ACN.
De acordo com Heine-Geldern, a iniciativa representa um forte sinal de apoio a todos aqueles que sofrem discriminação, mas não podem falar abertamente sobre isso e esperam que outros levantem suas vozes em seu lugar.
Neste mesmo dia, a Fundação ACN lançará o relatório “Presos em Nome da Fé”, sobre os cristãos que foram presos injustamente. O documento abordará de forma especial quatro países onde a situação dos cristãos é dramática: Eritreia, China, Nigéria e Paquistão.
O lançamento da versão em português será totalmente on-line, no dia 25 de novembro, a partir das 13h30 (horário de Brasília) no site da ACN Brasil.
Uma iniciativa nascida aos pés do Cristo Redentor
Segundo explica a Fundação ACN, a ideia de iluminar de vermelho edifícios emblemáticos teve início com a entidade no Brasil, em 2015, no Cristo Redentor.
Trata-se de “uma forma de criar um sinal marcante e visível para protestar contra a discriminação religiosa, já que a cor vermelha representa o martírio de tantos que vivem sua fé até o extremo da morte”, indica.
Desde então, a ação se estabeleceu em muitos lugares e tornou-se a Red Wednesday. Neste ano, participarão Canadá, Austrália, Reino Unido, Alemanha, Filipinas e tantos outros países.
No Brasil, a iluminação do Cristo Redentor terá ainda outro objetivo, isto é, chamar a atenção para a situação que se vive na província de Cabo Delgado, em Moçambique.
De acordo com ACN, desde 2017 a região sofre com os ataques do Estado Islâmico na África Central. Estima-se que mais de 2 mil pessoas foram mortas e mais de 500 mil tenham sido deslocadas por conta da violência extrema perpetrada pelo grupo.
Uma das vozes que denuncia todo o sofrimento em Moçambique é o Bispo de Pemba, o brasileiro Dom Luiz Fernando Lisboa.
Por sua vez, a Fundação ACN está ajudando a região com projetos de ajuda emergencial, uma vez que o número de deslocados aumenta a cada dia. São pessoas que fugiram apenas com a roupa do corpo e sofrem fome e desidratação.
Confira também:
“Não posso calar mais este grito de dor”, diz religiosa sobre situação em Moçambique https://t.co/X7z84ZJtv1
— ACI Digital (@acidigital) November 17, 2020