Hoje é celebrada Santa Cecília, padroeira dos músicos
REDAÇÃO CENTRAL, 22/11/2020 (ACI).- A Igreja celebra neste dia 22 de novembro a memória litúrgica de Santa Cecília, uma das mártires dos primeiros séculos mais venerada pelos cristãos. Diz-se que no dia de seu matrimônio, enquanto os músicos tocavam, ela cantava a Deus em seu coração. É representada tocando um instrumento musical e cantando.
As “atas” da santa a apresentam como integrante de uma família nobre de Roma. Costumava fazer penitências e consagrou sua virgindade a Deus. Entretanto, seu pai a casou com um jovem chamado Valeriano.
No dia das núpcias, Cecília partilhou com Valeriano o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um anjo guardava sua decisão.
“Tenho que te comunicar um segredo. Precisa saber que um anjo do Senhor vela por mim. Se me tocar como se eu fosse sua esposa, o anjo se enfurecerá e você sofrerá as consequências; em troca, se me respeitar, o anjo te amará como me ama”.
O marido respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o anjo. Cecília lhe disse que se ele acreditasse no Deus vivo e verdadeiro e recebesse o Batismo, então, veria o anjo. Valeriano foi procurar o Bispo Urbano, que o instruiu na fé e o batizou.
A tradição assinala que, quando o marido retornou para ver sua amada, viu um anjo de pé junto a Cecilia e o ser celestial pôs uma grinalda de rosas e lírios sobre a cabeça de ambos. Mais tarde, Valeriano e seu irmão Tibúrcio seriam martirizados.
Cecília foi chamada para que proclamasse fé aos deuses pagãos, mas converteu seus caluniadores. O Papa Urbano a visitou em sua casa e, aí, batizou 400 pessoas. Posteriormente, a santa foi levada a julgamento e condenada a morrer sufocada no banheiro de sua casa. Mas, apesar da grande quantidade de lenha que os guardas colocaram no forno, Cecília não sofreu quaisquer danos.
Finalmente, mandaram decapitá-la e o verdugo desferiu três vezes a espada sobre seu pescoço. Santa Cecília passou três dias agonizando e finalmente partiu para a Casa do Pai.
Esta história é de fins do século V e não está totalmente fundada em documentos.
Em março de 2014, o Papa Francisco se referiu aos mártires dos primeiros tempos cristãos, como Santa Cecilia, e disse que “levavam sempre o Evangelho com eles: levavam-no, o Evangelho; ela, Cecília levava o Evangelho. Porque é precisamente o nosso primeiro passo, é a Palavra de Jesus, aquilo que alimenta a nossa fé”.
No Trastevere, em Roma, foi edificada a Basílica da Santa Cecília no século V. Neste local, atualmente, encontra-se a famosa estátua em tamanho natural feita pelo escultor Maderna, que mostra a Santa como se estivesse dormindo, recostada do lado direito.
Hoje é celebrada a Solenidade de Cristo Rei do Universo
REDAÇÃO CENTRAL, 22/11/2020 (ACI).- “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo” (Jo 18,37). Com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a Igreja Católica conclui o Ano Litúrgico recordando aos fiéis e ao mundo que ninguém e nenhuma lei está acima de Deus.
A Solenidade de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI em 1925 e celebra Cristo como o Rei bondoso e singelo que, como pastor, guia sua Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comunhão com este Reino para que possa transformar o mundo no qual peregrina.
Por ocasião desta solenidade, em 2012, ao presidir a Santa Missa, o Papa Bento XVI explicou que “neste último domingo do Ano Litúrgico, a Igreja nos convida a celebrar Jesus Cristo como Rei do universo; chama-nos a dirigir o olhar em direção ao futuro, ou melhor em profundidade, para a meta última da história, que será o reino definitivo e eterno de Cristo”.
A possibilidade de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo ao nos deixar o Espírito Santo que nos concede as graças necessárias para obter a santidade e transformar o mundo no amor. Essa é a missão que Jesus deixou à Igreja ao estabelecer seu Reino.
Em um mundo onde prima a cultura de morte e o crescimento de uma sociedade hedonista, a festividade anual de Cristo Rei anima uma doce esperança nos corações humanos, já que impulsiona à sociedade a voltar-se para Salvador.
Conforme declarou Bento XVI, “com o seu sacrifício, Jesus abriu-nos a estrada para uma relação profunda com Deus: nele nos tornamos verdadeiros filhos adotivos, participando assim da sua realeza sobre o mundo. Portanto, ser discípulos de Jesus significa não se deixar fascinar pela lógica mundana do poder, mas levar ao mundo a luz da verdade e do amor de Deus”.
E, recordando a oração do Pai Nosso, o agora Papa Emérito sublinhou “as palavras ‘Venha a nós o vosso reino’, que equivale a dizer a Jesus: Senhor, fazei que sejamos vossos, vivei em nós, reuni a humanidade dispersa e atribulada, para que em Vós tudo se submeta ao Pai da misericórdia e do amor”.
8 coisas que talvez não sabia sobre a Festa de Cristo Rei
REDAÇÃO CENTRAL, 22/11/2020 (ACI).- No calendário litúrgico, hoje é a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, comumente conhecida como a Festa de Cristo Rei.
É o último domingo do ano litúrgico (o Advento começa em uma semana) e esta festa nos lembra de que não importa o que os poderes da Terra nos pedem para fazer, Cristo é o verdadeiro rei que deve reinar em nossos corações.
Conheça 8 detalhes desta impressionante festa:
1. Foi instituída em 1925
Após a Primeira Guerra Mundial, em meio ao crescimento do comunismo na Rússia, por ocasião dos 1600 anos do Concílio de Niceia (325), o Papa Pio XI instituiu a festa em 1925 através da encíclica Quas Primas. Sua primeira celebração aconteceu em 1926.
2. Foi celebrada pela primeira vez no dia de Halloween em 1926
Originalmente, foi estabelecida para o último domingo de outubro, antes da Festa de Todos os Santos. No ano de 1926, quando foi celebrada pela primeira vez, esse domingo coincidiu com o dia 31 de outubro.
3. Foi o Beato Paulo VI que, em 1969, revisou a festa e lhe deu o nome e a data atuais
O Papa Paulo VI deu à festa seu atual título completo (Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo) e transferiu para o último domingo do ano litúrgico.
4. A festa foi uma resposta ao crescimento da secularização, do ateísmo e do comunismo
Enquanto o mundo pedia eloquentemente aos cristãos que deviam restringir sua religião e dar maior lealdade aos governos, o Papa Pio XI escreveu sobre a festa:
“Se todo o poder foi dado ao Senhor Jesus, no céu e na terra, se os homens, resgatados pelo seu sangue preciosíssimo, se tornam, com novo título, súditos de seu império, se, finalmente, este poder abraça a natureza humana em seu conjunto, é claro que nenhuma de nossas faculdades se pode subtrair a essa realeza. É mister, pois, que reine em nossas inteligências: com plena submissão, com adesão firme e constante, devemos crer as verdades reveladas e os ensinos de Cristo. É mister que reine em nossas vontades: devemos observar as leis e os mandamentos de Deus. É mister que reine em nossos corações: devemos mortificar nossos afetos naturais, e amar a Deus sobre todas as coisas”. (Quas Primas, 34)
5. Apesar de suas origens católicas, a festa é comemorada por muitos protestantes
Apesar de ter sido criada há menos de cem anos na Igreja Católica, alguns anglicanos, luteranos, metodistas e presbiterianos celebram a festa.
6. Na igreja protestante da Suécia, este domingo é chamado “Domingo da Condenação”
Embora oficialmente os protestantes da Suécia celebrem esta festa como “O regresso de Cristo”, seu nome coloquial “Domingo da Condenação” procede do fato de que dão um enfoque particular ao Juízo Final e à segunda vinda de Cristo.
7. Alguns anglicanos se referem a este domingo como “Domingo da agitação”
Tem esse nome por duas razões:
Em primeiro lugar, a oração coleta anglicana para o dia começa com as palavras “agitado, despertado, te suplicamos, ó Senhor, as vontades de teus fiéis”.
Em segundo lugar, algumas das antigas receitas do pudim de pão doce requerem que o pudim seja agitado e se assente durante várias semanas antes de ser assado. Este domingo se tornou um dia em que as pessoas tradicionalmente começavam a preparar o pudim cristão, que incluía “agitar”.
Esses dois dados se uniram nas mentes dos anglicanos e, segundo a Wikipédia: “Supostamente, os cozinheiros, esposas e seus servos iam à igreja, escutavam as palavras ‘agitados, te suplicamos, ó Senhor...’ e recordavam, por associação de ideias, que já era hora de começar a agitar os pudins de Natal”.
8. A estátua de “Cristo Rei” da Polônia é a maior estátua de Jesus Cristo Rei do Universo no mundo
Com 33 metros de altura (um metro para cada ano da vida terrena de Jesus) e 3 metros de base, a estátua de Cristo Rei de Swlebodzin, no noroeste da Polônia, é três metros mais alta do que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
JMJ Lisboa 2023: Cruz e ícone das JMJs entregues hoje a jovens de Portugal pelo Papa Francisco
Vaticano, 22/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco entregou hoje a uma delegação portuguesa a Cruz e o ícone das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), cuja próxima edição internacional será em Lisboa (2023). “É um passo importante na peregrinação que nos levará a Lisboa, em 2023”, disse o Santo Padre após a Missa a que presidiu, na Basílica de São Pedro, pela Solenidade de Cristo Rei do Universo.
Segundo informou a Agência Ecclesia do episcopado português, representantes das dioceses de Portugal e do Panamá, onde ocorreu a edição de 2019, se encontraram hoje em Roma para que os jovens portugueses pudesse acolher os símbolos e dar início à já tradicional peregrinação dos símbolos por dioceses de todo o país que acolhe as JMJs.
“No final desta celebração eucarística, saúdo cordialmente a todos vós aqui presentes e quantos nos acompanham através dos meios de comunicação social. Dirijo uma saudação particular aos jovens panamenses e portugueses, aqui representados por duas delegações que, em breve, realizarão o gesto significativo da passagem da Cruz e do Ícone de Maria Salus Populi Romani, símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude. É um passo importante na peregrinação que nos levará a Lisboa, em 2023. E enquanto nos preparamos para a próxima edição intercontinental da JMJ, gostaria de relançar também a sua celebração nas Igrejas locais”.
“Passados trinta e cinco anos da instituição da JMJ, depois de ter ouvido o parecer de várias pessoas e o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, que é competente no que se refere à pastoral juvenil, decidi transferir, a partir do próximo ano, a celebração diocesana da JMJ do Domingo de Ramos para o Domingo de Cristo Rei. No centro, continua a estar o Mistério de Jesus Cristo Redentor do homem, como sempre destacou São João Paulo II, iniciador e patrono da JMJ. Queridos jovens, gritai com a vossa vida que Cristo vive e reina! Se vos calardes, gritarão as pedras! (cf. Lc 19, 40)”, acrescentou.
“Como já é tradicional, jovens da diocese onde se realizou a última JMJ passam a uma comitiva do país que acolhe a seguinte edição. Assim, um grupo de panamenhos entregaram a Cruz e o ícone mariano aos representantes da JMJ Lisboa 2023”, concluiu o Papa que também pediu aos jovens: “Queridos jovens, gritai com a vossa vida que Cristo vive e reina! Se vos calardes, gritarão as pedras”.
Concelebraram com o Papa o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e os cardeais portugueses D. José Tolentino Mendonça e D. Manuel Clemente; os bispos auxiliares de Lisboa D. Américo Aguiar e D. Joaquim Mendes, coordenadores-gerais do Comité Organizador Local da JMJ 2023; e três sacerdotes: padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil; os padres José Alfredo Patrício e António Estêvão Fernandes, reitor e vice-reitor do Colégio Pontifício Português, que colaboram com as atividades da JMJ 2023, em Roma, informa a Agência Ecclesia.
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Ângelus: O amor será o critério do juízo supremo, afirma o Santo Padre na Solenidade de Cristo Rei
Vaticano, 22/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco destacou na Solenidade de Cristo Rei do Universo, último Domingo do tempo litúrgico, que o critério do juízo final será o amor que nós demos ou negamos às pessoas necessitadas.
“Peçamos à Virgem Mari´a que nos ensen~e a reinar no servir. Nossa Senhora, asunta ao Céu, recebeu a coroa real de seu Filho, porque o seguiu fielmente no caminho do Amor. dela aprendamos a entrar a partir de agora no Reino de Deus, pela porta do serviço humilde e generoso”, convidou o Papa antes da reza do Angelus dominical.
Ao recordar a Solenidade “de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo, que encerra o ano litúrgico” o Santo Padre assinalou que “Ele é o Alfa e o Ômega, o começo e o cumprimento da história; e a liturgia de hoje se centra no ‘ômega’, quer dizer, no destino final” e agregou que “o sentido da história se compreende tendo perante nossos olhos sua culminação: o final é também o fim”.
Nesta linha, o Pontífice comentou a passagem do Evangelho de São Mateus deste domingo (25, 31-46) no que Jesus se refere ao julgamento universal no epílogo de sua vida terrestre “Ele, a quem estes homens estão a ponto de condenar, é em realidade o juiz supremo. Na sua morte e resurreição, Jesus se mostra como o Senhor da história, o Rei do universo, o Juiz de tudo. Mas a paradoxa cristã é que o Juiz não se reveste uma realeza temível, mas é um pastor cheio de mansidão e misericórdia”.
Deste modo, o Papa sublinhou que “Jesus, nesta parábola do juízo final, utiliza a imagem do bom pastor, recordando as profecias de Ezequiel, que falava da intervenção de Deus em favor do povo, contra os maus pastores do Israel” e “Deus mesmo promete cuidar pessoalmente de seu rebanho, defendendo-o das injustiças e dos abusos”.
Por isso, o Santo Padre assinalou que “Jesus se identifica não só com o rei pastor, mas também com as ovelhas perdidas, quer dizer, com os irmãos mais pequeninos e necessitados. E assim nos indica o critério do julgamento: ele julga sobre a base do amor concreto que foi dado ou negado a estas pessoas, porque ele mesmo, o juiz, está presente em cada uma delas”.
Neste sentido, o Pontífice exortou a realizar um exame de consciência e a meditar a parábola do bom samaritano para recordar a “lógica da proximidade e nos aproximar das pessoas que mais sofrem”.
“Voltemos para casa com esta frase: ‘Eu estava presente ali’. Obrigado ou se esqueceu de mim”, conluiu o Papa.
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