Hoje é celebrada Santa Gertrudes, padroeira das pessoas místicas
REDAÇÃO CENTRAL, 16/11/2020 (ACI).- Neste dia 16 de novembro, é celebrada a festa de Santa Gertrudes, vidente do Sagrado Coração de Jesus e considerada padroeira das pessoas místicas.
Santa Gertrudes nasceu em 6 de janeiro de 1256, na Alemanha. Aos cinco anos, foi enviada para estudar no mosteiro beneditino de Helfta, onde sua irmã Santa Matilde foi abadessa e sua professora. Com o tempo, tomou o hábito e se tornou amiga de Santa Matilde de Hackeborn, que também tinha uma devoção especial ao Coração de Jesus.
Muitos séculos antes de Cristo aparecer a Santa Margarida Maria Alacoque, Santa Gertrudes teve experiências místicas do Sagrado Coração de Jesus.
A Igreja chama de místicas as pessoas que se dedicam a lidar diretamente com Deus por meio de orações fervorosas e recebem do Senhor mensagens e revelações.
Em sua vida cotidiana, a santa praticava a comunhão frequente e tinha muita devoção a São José. Conta-se que, em duas visões diferentes, reclinou a cabeça sobre o peito de Jesus e ouviu as batidas de seu coração.
Em uma ocasião, a santa perguntou ao Apóstolo São João, que recostou sua cabeça junto ao coração do Senhor na Última Ceia, por que não tinha escrito nada sobre o Coração de Jesus.
O evangelista lhe explicou que a revelação do Sagrado Coração de Jesus estava reservada para tempos posteriores, quando o mundo na frieza necessitaria ser reavivado no amor.
São atribuídos à santa Gertrudes cinco livros que formam o “Arauto da amorosa bondade de Deus”, que são comumente chamados de “Revelações de Santa Gertrudes”. O primeiro foi escrito por amigos íntimos da santa, o segundo, ela mesma o fez, e os demais foram compostos com sua direção.
Neles, fala de suas experiências místicas e ensina que “a adversidade é a aliança espiritual que sela os esponsais com Deus”. Também são atribuídas a ela orações do século XVII, embora não sejam dela.
Santa Gertrudes padeceu por dez anos penosas enfermidades e partiu para a Casa do Pai em 17 de novembro de 1301 ou 1302. Clemente XII mandou que sua festa fosse celebrada em toda a Igreja Católica.
Oração pelas almas do purgatório
(O Senhor disse a Santa Gertrudes que, com esta oração, poderia libertar 1000 almas do purgatório cada vez que a rezasse).
Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.
Hoje é celebrada Santa Margarida da Escócia, rainha e mãe de família
REDAÇÃO CENTRAL, 16/11/2020 (ACI).- Santa Margarida da Escócia nasceu na Hungria por volta de 1046, quando sua família estava exilada pela invasão dinamarquesa da Inglaterra e, por isso, cresceu na corte do rei Santo Estêvão.
Aos 11 anos, Santo Eduardo “o confessor”, meio-irmão de seu pai, assumiu o trono inglês. A família pôde retornar ao país, mas, devido ao conflito entre ingleses e dinamarqueses e como seu pai faleceu por morte natural, então, tiveram que viver na Escócia.
Aos 24 anos, casou-se com o então rei da Escócia, Malcom III, com quem teve oito filhos. A rainha era sábia e com certa cultura, por isso, transformou a corte do esposo com o exemplo na caridade.
Todos os dias, a santa dava de comer aos pobres e a alguns deles lavava os pés. Preocupou-se com a educação de seu povo e, muitas vezes, esgotou o tesouro real para socorrer os necessitados.
Educou seus filhos com os valores cristãos e influenciou na Igreja na Escócia. Fez convocar um concílio nesse território que extirpou ritos pagãos que eram realizados em plena celebração Eucarística.
Santa Margarida teve uma intensa vida de oração, participava de várias Missas diárias e praticava a austeridade. Pedia que lhe dissessem seus defeitos para corrigi-los, dava esmolas, resgatava prisioneiros ingleses detidos na Escócia, cuidava dos viajantes e construía mosteiros, igrejas e albergues.
Em 1093, seu esposo Malcom III e seus filhos Eduardo e Edgardo foram à batalha para recuperar um castelo e o monarca e seu primogênito faleceram. Durante esse tempo, a santa ficou doente e, ao regresso de seu filho Edgardo, Margarida agradeceu a Deus pela paciência para suportar tantas desgraças juntas.
Ofereceu toda a sua dor a Deus e partiu para a Casa do Pai em 16 de novembro de 1093. Diz-se que, ao falecer, seu rosto recuperou a calma, a cor e a beleza que havia tido.
Bispo lembra que a Síria continua sofrendo com a guerra
ALEPPO, 16/11/2020 (ACI).- Em declarações à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, o bispo caldeu de Aleppo (Síria), Dom Antoine Audo, disse que a pandemia não se compara ao bloqueio econômico que afunda a Síria na pobreza, e lembrou à comunidade internacional que a guerra e a violência continuam.
Segundo ACN, Dom Audo viveu "em primeira pessoa os piores momentos da guerra na Síria quando a cidade estava sitiada pelas tropas rebeldes e os bombardeios não paravam dia e noite". Hoje, o conflito entrou em sua "fase final" e, embora a guerra tenha se afastado de Aleppo, a população "ainda precisa de ajuda para sobreviver".
“A nova crise por causa do coronavírus é um mal menor, se comparada ao bloqueio econômico do país que sufoca a população síria na pobreza”, disse o Prelado à ACN.
Dada a limitada cobertura da mídia sobre a guerra na Síria, Dom Audo reafirmou que “a guerra ainda não acabou, especialmente em Idlib, perto de Aleppo, e na região de Jazira, no nordeste da Síria. A violência na parte norte afeta toda a Síria e o povo sírio está mergulhado na miséria.
Devido aos anos de violência e destruição no país, o Prelado destacou que “a economia síria está agora completamente destruída e o povo sírio brutalmente empobrecido”.
Para o Prelado, a comunidade internacional esqueceu-se da Síria, porque “as grandes potências conseguiram o que procuravam, o enfraquecimento do estado sírio”. A este respeito, lembrou “a exploração de petróleo pelos norte-americanos na região de Jazira e o estabelecimento dos turcos no nosso país, em Idlib e na região de Jazira”.
Sobre o plano de reconstrução da Síria, o Prelado disse que “a reconstrução avança timidamente”. Explicou que esse avanço pode ser visto nas "lojas e zocos [mercado em uma praça ou outro local ao ar livre dos países árabes] na cidade velha de Aleppo, e também em algumas casas".
Para Dom Audo, o desenvolvimento da Síria está estagnado devido ao “grave problema de falta de eletricidade e combustível”, que impede um verdadeiro início da economia e da reconstrução.
Sobre as consequências da COVID-19 na vida dos sírios, o Prelado disse que "a ameaça é contínua" devido à pobreza, mas que a ajuda da ACN "que cobre até 70 por cento das cirurgias" impediu que as consequências sejam mais graves.
“Nossos hospitais não têm equipamentos, realmente não temos meios de controle devido à pobreza generalizada. Mas podemos dizer que, apesar de tudo, a epidemia poderia ter sido muito pior”, afirmou.
“Esta ajuda, pela qual sou responsável em nome dos bispos católicos de Aleppo, é muito importante porque permite ajudar frequentemente os cristãos a realizarem cirurgias nos hospitais e somos muito agradecidos à ACN”, acrescentou.
Sobre as famílias cristãs deslocadas pela guerra que estão retornando da Turquia, Líbano e outras regiões para suas casas na Síria, Dom Audo explicou que “o retorno depende das regiões e da situação econômica do país de origem”.
“O atual retorno do Líbano se deve à crise econômica. Em Aleppo não temos um fenômeno massivo de retorno. Talvez haja mais no litoral”, destacou.
Por fim, o Prelado assegurou que continuarão fazendo todo o possível como Igreja Católica para manter a sua presença entre as famílias cristãs agora e no futuro.
“Prova disso é a reconstrução de igrejas, casas e escolas em toda a Síria e principalmente em Aleppo, também com a ajuda da fundação ACN. O nosso futuro, mesmo sendo minoria, depende de sermos Igreja viva e fiel à graça recebida pelo batismo”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Dia Mundial dos Pobres: Papa pede para estender a mão aos pobres https://t.co/cmIFuU51TE
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Enviam mais de 300 mil assinaturas físicas para a Netflix contra filme que sexualiza meninas
Buenos Aires, 16/11/2020 (ACI).- A plataforma internacional CitizenGO imprimiu e enviou para a Netflix as mais de 300 mil assinaturas criticando o filme “Lindinhas”, que sexualiza meninas de 11 anos.
Através de um e-mail, Luis Losada Pescador, diretor da campanha CitizenGO na América Latina, destacou que “Lindinhas”, filme francês dirigido e escrito por Maïmouna Doucouré e lançado no dia 9 de setembro na Netflix mostra “meninas hipersexualizadas de 11 anos vestidas de maneira inadequada, dançando de forma ainda mais inapropriada".
“Se isso não é abuso infantil, o que é abuso infantil? É isso que a Netflix está fazendo”, disse.
Losada lembrou que “do CitizenGO decidimos lançar uma campanha internacional” e “finalmente conseguimos mais de 300 mil assinaturas. Cada assinatura é um e-mail que chegou à sede da Netflix”.
Além disso, assinalou, “queríamos ter certeza de que a mensagem chegaria até eles, então imprimimos todas as assinaturas, todas as 300 mil! - e nós as enviamos por correio normal”.
"Você pode imaginar quanto ocupam e pesam mais de 300 mil assinaturas?”.
Losada enfatizou que, ao enviar as 300 mil assinaturas físicas, "garantimos que a administração da Netflix receba o ‘tsunami’ de críticas que ‘Lindinhas’ gerou em todo o mundo".
“Foram rios de tinta que correram ao redor do mundo denunciando a exploração pedófila da Netflix”, continuou.
Além disso, lembra Losada, a Netflix “recebeu várias ações judiciais. Uma do Brasil. Outra dos senadores republicanos dos Estados Unidos. E a última de um condado do Texas. Todos acusam a empresa de 'streaming' de violar as leis de proteção infantil".
“A Netfix já sofreu uma cascata de cancelamentos como resultado dessa atitude. Suas ações também sofreram no mercado de valores", disse, "e agora saberão o porquê. Quando receberem nosso pacote de reclamações, ficarão ainda mais cientes do motivo de terem perdido clientes e reputação".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Cuties: Filme da Netflix que sexualiza crianças leva a cancelamento recorde de assinaturas https://t.co/eOjPKySqcY
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Religiosa percorre aldeias em moto para ajudar grávidas a darem à luz
JACARTA, 16/11/2020 (ACI).- Há oito anos, Irmã Elisa Petra, da Congregação das Irmãs Missionárias Agostinianas, percorre as aldeias remotas da Diocese de Ketapang (Indonésia) para atender as mulheres grávidas em trabalho de parto.
Irmã Elisa Petra carregando um bebê. Crédito: Cortesia de Elisa Petra à agência vaticana Asia News.
Irmã Elisa Petra viaja quinzenalmente de sua congregação para as aldeias de Tanjung, um território localizado a 5 ou 6 horas de Ketapang, na província de Kalimantan Ocidental, para ajudar no parto de mulheres grávidas que não podem ir aos hospitais porque estão longe ou não têm vias de acesso à cidade.
A religiosa tem 40 anos e antes de entrar na vida consagrada se chamava Novi Narmasari. É nativa de Muntilan, em Java Central, uma das províncias mais populosas da Indonésia.
Segundo informou Asia News, a irmã Elisa nunca pensou em ser freira e parteira. No entanto, descobriu sua vocação quando viu a foto de uma religiosa agostiniana dedicada a servir na saúde em aldeias remotas da Indonésia.
“Esta foto impressionante tocou meu coração. Mostra a irmã Agneta Tan Nailoy, OSA, agora com 75 anos, filha do Sr. Tan A Hak, um missionário leigo católico da China continental que trouxe o cristianismo para Ketapang, em 1911. A foto mostra a viagem da irmã Agneta com três outras freiras de Menyumbung para outra clínica” em Ketapang, a seis ou sete horas de distância, disse.
“Essa imagem me mostrou que no futuro eu também seria capaz de criar ‘outras histórias’ da minha aventura de fé com Deus. E é por isso que me tornei uma religiosa agostiniana na remota Ketapang, em vez de ingressar em outra congregação religiosa em Java”, explicou.
Foi assim que aos 21 anos, após três anos de experiência laboral e com o consentimento dos pais, a jovem Novi ingressou na Ordem de Santo Agostinho. Em 2005, Irmã Elisa fez sua primeira profissão na Congregação das Irmãs Missionárias Agostinianas com sede em Ketapang, Kalimantan Ocidental, de onde foi enviada para trabalhar como parteira.
Foi assim que a Irmã Elisa trabalhou por muito tempo e diariamente no centro de saúde “Medical Center for Maternal and Child Health (Mutiara BP-BKI)”, localizado em Tanjung, onde viveu uma de suas experiências mais desafiadoras.
Contou que uma tarde um casal a visitou inesperadamente no hospital para conhecê-la e pedir-lhe uma consulta. “Eles me pediram para aconselhá-los em meu papel de parteira [...] para saber se a mãe deveria dar à luz em Tanjung ou em Ketapang”, disse a religiosa.
Os resultados dos exames médicos indicaram que o parto ocorreria a qualquer momento e que era impossível para o casal viajar para Ketapang com segurança, pois a estrada era muito acidentada, assinalou.
Então, a religiosa prometeu ajudar a mulher em seu trabalho de parto, do qual nasceram dois gêmeos "que estavam com boa saúde". Para Irmã Elisa, este acontecimento especial “a colocou à prova” como assistente obstétrica em áreas remotas.
Embora trabalhasse diariamente no hospital, frequentemente viajava em sua motocicleta para as aldeias pobres e remotas por uma causa “celestial”, como ela chama, de ajudar as mulheres grávidas que não podem ir aos centros de saúde para dar à luz.
“Isso é mais do que um chamado 'obrigatório' da profissão. Esta é uma missão espiritual, porque cuido da vida humana, tanto da mãe quanto do bebê”, disse a irmã agostiniana, que fez os votos finais em 2011 e desde 2012 viaja quinzenalmente de moto de Ketapang a Tanjung para cumprir sua missão.
“Sozinha com sua motocicleta, [Irmã Elisa] viaja por estradas lamacentas e escorregadias durante a temporada das chuvas e cruza estradas empoeiradas durante a temporada de calor”, disse a irmã Cecilia, uma freira agostiniana que foi responsável pela formação das noviças por muitos anos na congregação.
Disse que toda vez que a irmã Elisa chega em casa "está suja e muito cansada da viagem em sua motocicleta" e que após descansar por vários dias, retoma sua viagem para Tanjung em seu veículo, onde costuma levar "muitos remédios".
Durante a pandemia, Irmã Elisa continuou seu trabalho regularmente, embora com as devidas medidas de biossegurança, já que para ela esta viagem não é “um 'fardo', mas uma missão que deve cumprir com generosidade”.
A freira disse que prefere viajar em sua motocicleta do que solicitar serviços especiais de mobilidade e que o fará até quando seja possível. Entre os motivos está o fato de não querer incomodar os outros e manter sua independência como seus pais lhe ensinaram. Além disso, afirmou que assim pode reduzir os custos de transporte, principalmente devido à frequência de suas visitas às aldeias.
“Com todas as minhas limitações e conhecimentos pessoais, como religiosa agostiniana, sempre tive o desejo de manter a chama espiritual acesa em meu coração. E fazer o que seja melhor para Deus e para o bem dos outros”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Religiosa consegue unir migrante indonésia com seu pai depois de 14 anos https://t.co/hq8WmjTzjw
— ACI Digital (@acidigital) April 10, 2019
Santa Gertrudes chamou de "santas" as almas do purgatório, sabe por que?
REDAÇÃO CENTRAL, 16/11/2020 (ACI).- Em um artigo do National Catholic Register, o autor católico Kevin Di Camillo descreve como Santa Gertrudes, apaixonada pelo Sagrado Coração de Jesus e sempre atenta às santas almas do Purgatório, reflete sobre a situação dessas almas.
Santa Gertrudes (1256-1302) é mais conhecida pela sua oração pelas almas do Purgatório, que rezamos este mês, perto da sua festa (16 de novembro), pelos nossos queridos defuntos.
“Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém”.
Mas por que usamos o adjetivo "santas" quando nos referimos às almas do Purgatório?
Se essas almas são "santas", não deveriam estar no céu? E, por outro lado, essas almas no Purgatório não são de alguma forma não santas? Estas são as perguntas que levaram Kevin a pesquisar sobre o Purgatório.
O professor do departamento de estudos religiosos da Universidade de Niágara, Pe. Joseph G. Hubbert, lembrou na entrevista concedida ao NCRegister os tempos difíceis em que viveu Santa Gertrudes e comentou que para “os pobres que permaneceram aqui neste Vale do Lágrimas, destinados a uma vida de trabalho árduo, trabalho pesado, doenças e a ocasional eclosão da guerra, o purgatório era, de fato, um lugar "sagrado". Era visto como uma trégua do sofrimento aqui na terra, um sofrimento que era diferente do sofrimento do Purgatório.
Padre Hubbert também destacou que depois da vida nesta terra, que inevitavelmente termina em morte, o Purgatório é um lugar que tem apenas uma direção: "ao céu".
O que não quer dizer que a viagem pelo Purgatório seja fácil ou indolor. Com efeito, embora os Doutores da Igreja, de Santo Agostinho a São Gregório Magno, falassem do fogo purificador do Purgatório, Tomás de Aquino nos lembra que a menor dor no Purgatório é pior do que o maior sofrimento da terra. No entanto, essa agonia é compensada pela "certeza da salvação".
Essas três palavras, "certeza de salvação", assinala Kevin, são as que tornam as almas do Purgatório "santas" (embora certamente sejam também "pobres" almas, em oposição às almas no céu que estão experimentando a visão beatífica). Enquanto estão no que o Catecismo chama de “fogo purificador”, um conceito difícil, mas que Kevin esclarece com a memória de seu pai, quando esterilizou uma agulha sob uma chama antes de remover uma farpa de seu pé quando criança.
Santa Gertrudes, que é uma das poucas santas com o título de "a Grande", foi certamente uma mulher à frente de seu tempo. Suas visões e devoção ao Sagrado Coração de Jesus foram anteriores à difusão mais popular e conhecida de Santa Margarida Maria Alacoque na França por mais de 300 anos.
Além disso, seu conceito das almas no Purgatório não é apenas uma exposição de caricaturas dantescas sofrendo todos os meios e modos de castigos, mas de almas santas, almas santificadas. Levando a ver uma mulher cuja visão da espiritualidade mística é relevante para nós até hoje.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Hoje é celebrada Santa Gertrudes, padroeira das pessoas místicas https://t.co/d5buDPGlw4
— ACI Digital (@acidigital) November 16, 2020
Cardeal Bassetti, hospitalizado por Covid, agradece orações por sua recuperação
Roma, 16/11/2020 (ACI).- O Arcebispo de Perugia e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Gualterio Bassetti, agradeceu as orações e expressões de proximidade durante a sua estadia no hospital devido à infecção por coronavírus que o obrigou a permanecer internado na unidade de terapia intensiva.
Como o hospital explicou por meio de um comunicado, "na tarde de sexta-feira, 13 de novembro, o cardeal foi transferido da unidade de terapia intensiva para a unidade comum de medicina de emergência COVID-19 ".
Desta forma, o hospital confirma “a leve melhora observada ontem. Os registros respiratórios e cardiovasculares são bons. Continua com a terapia respiratória e o resto do tratamento”.
O Cardeal, por sua vez, difundiu uma mensagem na qual agradeceu “ao Senhor por ter estado ao meu lado com a sua misericórdia neste tempo de provação”.
“Agradeço à Estrutura Hospitalar de Perugia ‘Santa Maria da Misericórdia’ e aos profissionais de saúde que estão cuidando de mim e de todos os doentes. "Agradeço a todos que permanecem perto de mim com oração e efeito".
“Peço a todos que continuem rezando por aqueles que sofrem e vivem nesta situação complicada. Confio todos à Mãe de Deus, Maria, para que interceda por seus filhos”, concluiu o Cardeal Bassetti.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa está preocupado com presidente dos bispos italianos, doente de Covid-19 https://t.co/YQ2IXqrMlD
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Covid-19: Estaremos atentos às orientações das autoridades para o Natal, diz CEP
Lisboa, 16/11/2020 (ACI).- A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou que, em relação às celebrações natalinas, seguirá atenta às orientações das autoridades sobre a prevenção dos contágios por coronavírus e que se mantém “na defesa da vida das pessoas”.
A CEP publicou uma nota de esclarecimento sobre o tema após a interpretação na imprensa de declarações do presidente do episcopado português, Dom José Ornelas, de que o prelado estaria antecipando o cancelamento das celebrações de Natal.
“Estaremos atentos às condições que se venham a registar na época natalícia e tomaremos as orientações necessárias, sempre na defesa da vida das pessoas em todas as suas dimensões”, reforça o esclarecimento da CEP.
Afirma ainda que, “a respeito das celebrações religiosas do Natal, rejeitando antecipar cenários para os quais não há ainda elementos”, Dom Ornelas declarou que “é possível celebrar em segurança no interior dos templos”. “Quanto aos encontros familiares, afirmou que se devem evitar todos os possíveis riscos de contágio”, sublinha a nota.
Além disso, recorda que, na coletiva de imprensa em que apresentou as conclusões da 199ª Assembleia Plenária da CEP, o presidente do episcopado português reafirmou “que tudo é feito para que ‘seja seguro celebrar na igreja’ e apelou a que, fora do templo, as pessoas ‘tentem não se afastar dessa lógica’, seguindo as indicações da Direção Geral da Saúde”.
“O Presidente da Conferência Episcopal afirma que, desde que foi possível retomar o culto público católico, foi dada a maior prioridade à saúde de todas as pessoas e que é possível, nesse pressuposto e seguindo as indicações definidas pela Conferência Episcopal em diálogo com as autoridades de saúde (orientações de 8 de maio), participar com segurança nas celebrações religiosas, nomeadamente as Eucaristias”, assinala.
Ainda de acordo com a CEP, “a experiência das últimas semanas tem mostrado que, em alguns casos, os encontros familiares, também os que se seguem a celebrações religiosas, podem tornar-se focos de contágio do novo coronavírus”.
Nesse sentido, em uma nota publicada em 13 de novembro, intitulada “Celebrar e viver a fé em tempo de pandemia”, os Bispos de Portugal lançaram um apelo para que, “dada a gravidade da situação”, todos “adotem comportamentos responsáveis nos mais diversos setores da sua vida e atividade e respeitem as determinações das autoridades constituídas, com o objetivo de travar e controlar a vaga de contágios”.
“Em particular, este comportamento responsável deve ser vivido após as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias casas”, acrescentam.
A atuação da Igreja Católica a fim de prevenir contágios por coronavírus em Portugal foi elogiada pelo presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, no sábado, 14 de novembro, em Fátima, após participar de Missa pelas vítimas da Covid-19.
“Eu queria assinalar, agradecer muito à Igreja Católica, que tem sabido interpretar os valores da vida e da saúde, que são valores essenciais para o Cristianismo. Nessa medida, tem sido exemplar, nas celebrações, todas elas, aqui em Fátima”, disse.
Marcelo Rebelo de Sousa também ressaltou a preocupação da Igreja com o “controle sanitário” dentro dos templos e a “recomendação às famílias” para evitar “formas de comportamentos e de celebração que acabam por arriscar o que se quis prevenir” nas cerimônias religiosas.
“A cerimônia religiosa obedece a regras e o máximo que a Igreja Católica pode dizer é que, fora do templo, tentem não se afastar da lógica que nos levou a sacrificar aquilo que eram celebrações tradicionais diferentes. Isto mostra um estado de espírito de sensatez que os portugueses têm de ter”, disse.
Quanto às celebrações de Natal, sobretudo as religiosas, afirmou que “tudo isso vai ser objeto da audição dos partidos políticos e de reflexão. Vamos pacientemente olhar para isso”.
Confira também:
Presidente do episcopado português defende medidas que assegurem superação da pandemia https://t.co/21K05dHu1T
— ACI Digital (@acidigital) November 11, 2020
Cardeal Henryk Gulbinowicz falece aos 97
VARSOVIA, 16/11/2020 (ACI).- O Cardeal Henryk Roman Gulbinowicz, de 97 anos, faleceu em 16 de novembro na Polônia. Henryk Roman Gulbinowicz nasceu em Vilnius, Lituânia, em 17 de outubro de 1923, quando a cidade era conhecida como Wilno e fazia parte da Polônia.
Estudou no Seminário de Vilnius e no Seminário de Bialiystok (Polônia).
Foi ordenado sacerdote em 18 de junho de 1950 e depois estudou na Universidade Católica de Lublin, onde obteve o doutorado em teologia moral.
Recebeu a ordenação episcopal em 8 de fevereiro de 1970 pelo cardeal Stefan Wyszynski, arcebispo de Gniezno e Varsóvia, e foi nomeado bispo titular de Acci.
Em 3 de janeiro de 1976, foi transferido para o cargo de Arcebispo da Sé Metropolitana de Wroclaw.
Foi criado cardeal em 25 de maio de 1985 e deixou de ser arcebispo de Wroclaw em 3 de abril de 2004, quando tinha 80 anos.
Recentemente, a Nunciatura Apostólica na Polônia informou que o Vaticano impôs medidas ao Cardeal Gulbinowicz como resultado de uma investigação das acusações "e depois de analisar outras acusações sobre o passado" do Cardeal.
A Nunciatura indicou que o Cardeal estava proibido de participar de qualquer celebração ou evento público, assim como de usar a insígnia episcopal.
Além disso, foi negada a possibilidade de seu funeral ser realizado na Catedral de São João Batista ou de ser enterrado nela.
Finalmente, foi convidado a doar uma quantia “apropriada” de dinheiro para a Fundação San José, criada pelos bispos poloneses em outubro de 2019 para apoiar as vítimas de abuso sexual e promover sua segurança.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Vaticano impõe medidas disciplinares a cardeal de 97 anos https://t.co/vEuQ4OyFvW
— ACI Digital (@acidigital) November 9, 2020
Crise no Peru já tem 2 mortos: Arcebispo propõe rezar o Terço pela paz
Lima, 16/11/2020 (ACI).- Diante da crise social e política no Peru, que já causou duas mortes em meio aos protestos, o Arcebispo Metropolitano de Piura, Dom José Antonio Eguren, fez um chamado à paz e propôs elevar orações a Deus pois a “unidade, o bem-estar e a paz do Peru valem um Terço”.
Ao presidir a Santa Missa, no dia 15 de novembro, na capela arcebispal de Piura, Dom Eguren disse que “nossa Pátria passa por momentos muito difíceis, provavelmente o mais dramático em nossos quase 200 anos de vida republicana. Soma-se a uma crise de saúde sem precedentes uma profunda crise moral, política e econômica”.
“Como país devemos apostar pelo respeito às instituições, na governança e na consolidação da democracia, pilares sem os quais a construção da sociedade se fragiliza e se destrói”, afirmou.
Em 9 de novembro deste ano, o Congresso da República do Peru destituiu, com 105 votos a favor, 19 contra e 4 abstenções, o até então presidente Martín Vizcarra alegando "incapacidade moral", após a divulgação pública de várias acusações de corrupção que seria apurada pelo Ministério Público.
O número mínimo de votos necessários para alcançar a destituição de Vizcarra era 87.
De acordo com o artigo 113 da Constituição Política do Peru, o Congresso pode destituir o Presidente, entre outras razões, por “sua permanente incapacidade moral ou física”.
Após a vacância de Vizcarra e na ausência de vice-presidentes, assumiu o governo o até então presidente do Congresso, Manuel Merino.
Enquanto vários políticos a favor de Vizcarra argumentavam que a vacância era inconstitucional, a renomada advogada constitucional Natale Amprimo Pla destacou que “a figura da vacância é absolutamente legítima”.
No entanto, o descontentamento social com a vacância de Vizcarra motivou diversas manifestações por todo o país exigindo a renúncia de Merino. Na noite de 14 de novembro, foi registrada a morte de duas pessoas em meio ao confronto entre manifestantes e a Polícia Nacional.
O Prelado destacou que “todos somos chamados a trabalhar pela unidade e pela paz da nossa pátria, evitando todas as formas de violência. A violência nunca é um mecanismo de mudança dentro de um sistema democrático!”.
“Com a ajuda do Senhor, venceremos o mal da pandemia da Covid-19 e as outras ‘pandemias’ que nos afligem: A moral, manifestada sobretudo no mal da corrupção, o verdadeiro câncer da democracia; e a econômica, que lançou milhões de nossos irmãos na pobreza e no desemprego, e que exige de todos nós, neste momento, uma grande fantasia de caridade, assim como empregar todas as nossas melhores energias para construir uma verdadeira solidariedade que é a melhor forma de forjar um Peru mais justo e reconciliado”.
O arcebispo peruano pediu aos fiéis “que rezem intensamente esta semana pelo Peru. Podemos fazê-lo de muitas maneiras, mas especialmente com a oração do Santo Terço, essa arma espiritual, riqueza dos pobres, que é tão simples, mas ao mesmo tempo tão poderosa, fonte de tantas graças e bênçãos como foi demonstrado ao longo da história".
“Peçamos especialmente para que o Senhor da História ilumine nossos líderes neste momento, e conceda a todos os peruanos paz de espírito e a maior vontade de permanecer unidos pela esperança”, disse.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Bispo adverte de uma tendência errada sobre o fim dos tempos https://t.co/CHaVUEicaH
— ACI Digital (@acidigital) November 14, 2020
Delegação portuguesa receberá símbolos da JMJ no próximo domingo, no Vaticano
Lisboa, 16/11/2020 (ACI).- Uma delegação portuguesa irá ao Vaticano no próximo domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, para receber os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a qual acontecerá em Lisboa em 2023, com o tema “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).
A confirmação foi dada pelo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Dom José Ornelas, durante coletiva de imprensa no sábado, 14 de novembro, quando afirmou que, apesar da pandemia de coronavírus, a entrega dos símbolos acontecerá.
“Está já confirmada a entrega. Apesar de tudo, a ideia é de não atrasar demasiado a recepção dos símbolos dentro do país e aproveitar esta ocasião para mobilizar os nossos jovens”, declarou o Prelado, segundo a Rádio Renascença.
Dom Ornelas afirmou que “o programa básico está feito”, mas a sua “calendarização, como temos de adaptar à pandemia, estamos a ver como vai ser”.
A entrega da Cruz peregrina e do ícone da Salus Populi Romani (Protetora do Povo Romano) à delegação portuguesa por representantes do Panamá (país que acolheu a última JMJ, em 2019), acontecerá na Basílica de São Pedro.
Tradicionalmente, os símbolos da JMJ são entregues aos jovens do próximo país sede no Domingo de Ramos. Entretanto, devido à pandemia de Covid-19, a data foi adiada para a Solenidade de Cristo Rei, no próximo domingo, 22 de novembro.
A Cruz peregrina, explica o site oficial da JMJ Lisboa 2023, tem 3,8 metros e foi “construída a propósito do Ano Santo, em 1983”. No Domingo de Ramos do ano seguinte, o Papa São João Paulo II a confiou aos jovens, “para que fosse levada por todo o mundo”.
“Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé”, assinala.
E, “desde 2000 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços”.
Trata-se de um quadro de 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura. É uma replicado ícone que se encontra na Basílica de Santa Maria Maior, o qual, segundo a tradição, teria sido pintado por São Lucas.
“Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens”, explica o site da JMJ.
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Projeto arqueológico em terra de Santa Maria Madalena completa 10 anos
JERUSALÉM, 16/11/2020 (ACI).- Em 2020 o projeto arqueológico Magdala, que descobriu a cidade natal de Santa Maria Madalena, em Israel, completa 10 anos.
Na área onde Jesus teria pregado, foram encontrados um mercado, unidades habitacionais, um porto que existiu na região entre o século I a.C. e no século II d.C., bem como quatro banheiros de purificação judaica. Vários objetos também foram encontrados, como vasilhas, recipientes de cerâmica e vidro, além de lâmpadas a óleo, que dão luzes sobre os hábitos e costumes dos habitantes deste tempo.
Em uma coletiva de imprensa virtual no dia 13 de novembro, Marcela Zapata Meza, diretora do Centro de Pesquisa em Culturas Antigas da Universidade Anáhuac México responsável pelo projeto em Magdala, destacou que “o trabalho dos voluntários foi fundamental para que tenhamos feito estas descobertas".
“Contamos com a presença e o apoio constantes de voluntários da Faculdade de Vitória na Espanha, das Universidades de Harvard, Oslo e Lund, que com seu trabalho enriqueceram as descobertas arqueológicas que estão no centro do projeto de descobrir como viviam as pessoas em Magdala há mais de 2.000 anos”, indicou.
Por sua vez, Pe. Cipriano Sánchez García, reitor da Universidade Anáhuac México, indicou que para o centro de estudos mexicano, dirigir os trabalhos arqueológicos na Terra Santa “tem uma relevância particular, porque uma Universidade é precisamente isto, é uma casa aberta para o mundo, uma casa aberta ao conhecimento, uma casa aberta à verdade, ao bem e à beleza e tudo isso é o que encontramos em Magdala”.
Pe. Juan Solana, Diretor de Magdala, agradeceu o trabalho arqueológico encabeçado por Marcela Zapata Meza e garantiu que ainda há muito a descobrir na região.
Zapata Meza disse que a partir de 2022 será desenvolvida uma segunda etapa de escavações na zona, porque “o projeto Magdala ainda é jovem, temos 10 anos e dos três hectares que temos, escavamos apenas 5.400 metros quadrados”.
“Portanto, as informações que temos até agora são parciais. Ainda temos muito o que saber sobre as atividades econômicas, do dia a dia, do comércio, atividades que poderiam ser realizadas em Magdala”, disse.
Através deste link você pode fazer um tour virtual por Magdala e saber mais sobre as descobertas arqueológicas nas terras de Santa Maria Madalena https://www.anahuac.mx/mexico/EscuelasyFacultades/humanidades/ceica/Aniversario-Magdala.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Faleceu aos 86 anos o Cardeal Vela Chiriboga
QUITO, 16/11/2020 (ACI).- A Conferência Episcopal do Equador informou sobre o falecimento, no domingo, 15 de novembro, do Cardeal Raúl Eduardo Vela Chiriboga, único cardeal do Equador e Arcebispo de Quito entre 2003 e 2010.
A assessoria de imprensa da Arquidiocese de Quito informou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que o Cardeal morreu de causas naturais aos 86 anos, em Quito, na Casa de Acolhida São Camilo dos Padres Camillianos, centro para doentes terminais onde se oferecem cuidados paliativos. A morte ocorreu às 21h.
Neste lugar, indicou a Arquidiocese, o Cardeal “recebeu cuidados paliativos durante várias semanas, depois de apresentar várias complicações relacionadas com a sua saúde”.
“O Núncio Apostólico, Dom Andrés Carrascosa Coso, informou que o Cardeal apresentava várias patologias que foram piorando progressivamente o seu estado de saúde. Acrescentou que o Papa Francisco, informado sobre o seu quadro clínico, enviou-lhe uma especial bênção apostólica, que foi de grande consolação para o doente”, afirmou.
Por outro lado, Pe. Alberto Redaelli, diretor da Casa de Acolhida São Camilo, informou à Arquidiocese que o Cardeal morreu “acompanhado por seus familiares e amigos mais próximos. Acrescentou que momentos antes de sua morte estavam rezando as vésperas”.
Os funerais serão realizados nesta terça-feira, 17 de novembro, às 10h na Catedral Metropolitana de Quito.
Devido à pandemia COVID-19, a entrada à igreja será limitada. “Os fiéis poderão acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal da Arquidiocese de Quito no Facebook e pelo sinal da Rádio Maria 100.1 FM”, disse a Arquidiocese de Quito.
“Os bispos do Equador lamentamos a sua perda, mas nos consola saber que, como servo fiel, Deus o receberá em sua glória. Agradecemos a Deus pela sua generosa dedicação à Igreja e ao povo equatoriano”, indica uma nota da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE).
“Pedimos a todos os fiéis suas orações pelo seu descanso eterno”, acrescenta.
O Cardeal Vela Chiriboga nasceu em 1° de janeiro de 1934. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior São José de Quito. Foi ordenado sacerdote em 28 de julho de 1957.
Serviu por alguns anos na Diocese de Riobamba, até ser nomeado Subsecretário da CEE, em 1969.
Em 20 de abril de 1972, foi nomeado Bispo Auxiliar de Guayaquil e recebeu a consagração episcopal em 21 de maio do mesmo ano. Já como bispo, foi Secretário da CEE entre 1972 e 1975.
Em 29 de abril de 1975 foi nomeado bispo de Azogues, onde serviu até 1989, quando foi nomeado Bispo Militar do Equador. Neste cargo, serviu até 2003, quando foi nomeado Arcebispo de Quito.
Foi arcebispo de Quito até 11 de setembro de 2010. Em 20 de novembro do mesmo ano, o Papa Bento XVI o criou cardeal em um consistório no Vaticano. Ele tinha 76 anos.
O Papa Francisco nomeou-o seu enviado ao X Congresso Eucarístico Nacional e Mariano do Peru realizado em Piura de 13 a 16 de agosto de 2015 e também o enviou para o Jubileu pelos 400 anos da morte de Santa Rosa de Lima, também no Peru, em agosto de 2017.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) November 16, 2020
A pandemia de Covid obriga a introduzir importantes mudanças no próximo Consistório
Vaticano, 16/11/2020 (ACI).- No dia 28 de novembro, dentro de duas semanas, acontecerá no Vaticano o sétimo consistório do Pontificado do Papa Francisco, no qual o Santo Padre criará 13 novos Cardeais da Igreja. Destes, 9 têm menos de 80 anos e, portanto, serão eleitores no futuro conclave, do qual será eleito o sucessor de Francisco na Sé de Pedro.
Esses eventos estão sempre revestidos com a solenidade que merecem, no entanto, nesta ocasião, devido às medidas sanitárias impostas para combater a pandemia de coronavírus, a celebração será muito diferente à de outros anos.
Dos 13 futuros cardeais, dois deles já comunicaram que não poderão viajar a Roma e, portanto, receberão o barrete púrpura em sua sede. São eles Dom Cornelius Sim, Vigário Apostólico de Brunei, e Dom José Fuerte Advincula, Arcebispo de Capiz. Os outros 11 são esperados em Roma.
Como de costume, o mais provável é que o próprio Papa Francisco presida o Consistório no Altar da Cátedra, na Basílica de São Pedro, onde realizou todas as cerimônias pontifícias desde o início da atual pandemia do coronavírus.
Essa será outra das diferenças em relação aos Consistórios anteriores, já que sempre foram celebrados no Altar da Confissão da Basílica Vaticana.
Sim, haverá a entrega do barrete e do anel cardinalício, seguindo a tradição, mas não haverá o abraço da paz com o Papa e com os demais Cardeais.
Sim, é provável que todos os Cardeais da Cúria Romana e os demais Cardeais residentes em Roma participem do Consistório. Por fim, espera-se que o beija-mão que ocorria depois dos Consistórios seja cancelado.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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