De origem muçulmana, rezou a Deus pedindo para conhecer a Bíblia: Isso foi o que aconteceu
BURGOS, 13/11/2020 (ACI).- Brigilda nasceu em Durazzo (Albânia), mas quando tinha apenas 2 anos, seus pais e ela migraram para a Itália fugindo da ditadura comunista.
Sua família era muçulmana de tradição, embora não praticasse muito a religião, sua avó a ensinou a rezar a Alá e orações em árabe.
Un viaje a alguna parte. De Albania a Burgos. #conversión https://t.co/zyXnYmD9Yp pic.twitter.com/KsYtod7Ned
— Opus Dei (España) (@opusdei_es) July 30, 2019
No entanto, Brigilda olhava para as crianças católicas com admiração e inveja, pois as via comungar. Portanto, quando tinha nove anos, disse a seus pais que queria fazer a Primeira Comunhão. "Eles responderam que me deixariam livre, mas que eu decidiria quando crescesse", explica em entrevista ao site do Opus Dei.
Anos depois, a mãe de Brigilda sofreu um grave acidente que a levou à beira da morte. Diante dessa situação extrema, Brigilda apenas rezou. "Eu não conhecia Deus, mas pedi a Ele que salvasse minha mãe", explica.
Finalmente, sua mãe foi salva, algo que os médicos consideraram "um verdadeiro milagre", e foi o momento em que Brigilda começou seu caminho pessoal para Deus.
Estudou Ciências Biológicas em Alexandria, começou a gostar muito de boxe, chegou inclusive a ser campeã nacional e conheceu seu namorado Salvatore. Cursou também um mestrado em Biologia e Biomedicina Molecular e, graças às excelentes qualificações que sempre teve, foi selecionada entre três mil candidatos para uma bolsa de estudos internacional de prestígio que lhe dava a possibilidade de obter um doutorado no exterior. Ela foi designada para a Universidade de Burgos (Espanha) para cursar seu doutorado na especialidade de Nanotoxicologia.
Estabeleceu-se nesta cidade da Espanha e descobriu que perto de sua casa tinha uma igreja católica.
No dia de seu aniversário de 25 anos, entrou na paróquia e descobriu que estavam celebrando o padroeiro. Era o dia 26 de junho, festa de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei.
Um dia, enquanto cozinhava, relata, pediu em voz alta ao Senhor: “Meu Deus, não conheço o seu Filho Jesus. Por favor, apresente-me uma pessoa cristã, cem por cento católica, que saiba explicar-me a Bíblia e especialmente a vida do seu Filho”.
Apenas três semanas depois desse momento, Brigilda conheceu Daniela, uma jovem italiana que também fazia doutorado e é membro do Opus Dei.
“Começamos falando sobre nossos trabalhos de pesquisa e, então, ela começou a falar comigo sobre o Papa Francisco, o cristianismo e Jesus Cristo. Comecei a chorar, porque nesse momento eu tive certeza de que Deus tinha ouvido a minha oração e Daniela foi o instrumento que Ele colocou no meu caminho”, disse na entrevista concedida ao site do Opus Dei.
Daniela acompanhou Brigilda à igreja que ficava perto de sua casa e na qual havia entrado no dia de seu aniversário. Era a paróquia de São Josemaria Escrivá onde trabalham sacerdotes do Opus Dei. Lá, Brigilda começou a catequese e se preparou para receber o Batismo.
Nove meses depois de começar a catequese, Brigilda pediu ao Bispo de Burgos, Dom Fidel Herráiz, para entrar na Igreja Católica. Durante a Vigília Pascal de 2019, em 20 de abril, foi batizada, recebeu a Primeira Comunhão e a Crisma.
Naquele momento, Brigilda assegura que pôde “experimentar a misericórdia de Deus Pai, ver e reconhecê-lo assim, dispensador de um Amor Infinito para todos os homens. E, depois, a figura de Jesus, desse Deus feito homem que veio para dar a sua vida em expiação por todos os nossos pecados. Lembrei-me então daquelas palavras de Santo Agostinho: Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Jesus me libertou de todos os meus sentimentos de ressentimento, aprendendo a perdoar aqueles que me feriram. Agora, muitas vezes pergunto-me, como consegui viver 26 anos sem Ele?”.
Confira também:
Abraçar o Santo Terço foi uma grande viagem, diz mulher que se converteu ao catolicismo https://t.co/JkNGJTNcCO
— ACI Digital (@acidigital) August 7, 2019
Papa Francisco oferece teste gratuito de coronavírus para desabrigados em Roma
Vaticano, 13/11/2020 (ACI).- Como parte do Dia Mundial dos Pobres que é celebrado este ano no domingo, 15 de novembro, o Papa Francisco oferece testes gratuitos de COVID-19 aos pobres e desabrigados em Roma.
De acordo com relatos da Reuters, os testes estão sendo oferecidos na clínica que o Papa criou há alguns anos na Praça de São Pedro para os indigentes, alguns dos quais vivem nas ruas perto do Vaticano.
O Arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, disse aos jornalistas que já se realizam em média 50 exames por dia e que esta iniciativa continuará indefinidamente.
Aqueles com teste negativo obtêm um certificado para entrar em uma casa para moradores de rua, enquanto aqueles com teste positivo são encaminhados para receber o tratamento correspondente.
Como parte do Dia Mundial dos Pobres, cujo lema é "Estende a tua mão ao pobre", o Papa Francisco celebrará a Missa com os pobres no Vaticano.
A Eucaristia será celebrada no domingo, 15 de novembro, dentro da Basílica de São Pedro e as leituras serão lidas pelos pobres. Apenas 100 convidados vão participar devido às restrições sanitárias da segunda onda do coronavírus na Itália.
Dom Fisichella disse recentemente que os convidados representam “todos os pobres do mundo que, neste dia, precisam especialmente da atenção e da solidariedade da comunidade cristã”. Alguns voluntários e benfeitores estarão presentes com eles.
O Pontifício Conselho dirigido por Dom Fisichella preparou um subsídio em várias línguas para este Dia Mundial dos Pobres. Para baixar o texto em português, clique AQUI.
Confira também:
Papa Francisco celebrará Missa no Vaticano pelo IV Dia Mundial dos Pobres https://t.co/0uClnG6f0J
— ACI Digital (@acidigital) November 12, 2020
Anunciada nova data para o Congresso Eucarístico Nacional
RECIFE, 13/11/2020 (ACI).- O 18º Congresso Eucarístico Nacional tem nova data, acontecerá de 12 a 15 de novembro de 2022, na Arquidiocese de Olinda e Recife (PE), segundo anunciou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Inicialmente, o Congresso aconteceria de 12 a 15 de novembro deste ano, mas precisou ser adiado, devido à pandemia de coronavírus. O primeiro adiamento foi anunciado em abril e o evento estava previsto, então, para ocorrer em 2021.
Entretanto, por meio de carta enviada aos bispos pelo secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, a CNBB informou que o Congresso foi novamente adiado para 2022. A decisão foi tomada após escuta do Conselho Permanente e, de modo especial, da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial.
“Exatamente para o mesmo período, estava previsto também o Congresso Missionário Nacional, cujos organizadores optaram por buscar uma nova data”, afirmou dom Joel, segundo a CNBB.
O secretário-geral explicou que se trata “de atitude de profundo bom senso diante de um quadro imprevisível, não apenas quanto ao tempo de duração da pandemia causada pelo coronavírus quanto em relação às sequelas econômicas que poderão advir”.
As atividades para o 18º Congresso Eucarístico Nacional já tiveram início desde 2019, com o Ano Eucarístico da Arquidiocese de Olinda e Recife, o qual tem como tema “Pão em todas as mesas” e lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessidade entre eles”.
Conforme explicou o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, o objetivo é “promover a comunhão das Igrejas em torno da Eucaristia, no desejo de que esse evento, que reúne o Brasil em terras do Nordeste, nos leve a entender que o ‘Pão da Vida’ move a Igreja a sair de si, das zonas de conforto, para alcançar as periferias existenciais bem lembradas pelo Papa Francisco”.
Além de Recife, também sediarão alguns eventos do Congresso os municípios de Olinda e São Lourenço da Mata, região metropolitana da capital de Pernambuco.
Como recorda a CNBB, os Congressos Eucarísticos Nacional acontecem em todo o mundo e, no Brasil, é realizado normalmente a cada quatro anos e busca reunir fiéis católicos em torno da Eucaristia, que é o centro da fé católica: Corpo e Sangue de Jesus Eucarístico.
Confira também:
Congresso Eucarístico Nacional é adiado por causa da pandemia de coronavírus https://t.co/wy5ogkPE5e
— ACI Digital (@acidigital) April 1, 2020
Papa Francisco telefona para Joe Biden, afirma Partido Democrata
WASHINGTON DC, 13/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco telefonou para Joe Biden na quinta-feira para parabenizá-lo pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, disse um comunicado da equipe de transição Biden-Harris do Partido Democrata.
“O presidente eleito Joe Biden falou com Sua Santidade o Papa Francisco na manhã de hoje. O presidente eleito agradeceu a Sua Santidade por estender suas bênçãos e felicitações, e assinalou seu agradecimento pela liderança de Sua Santidade na promoção da paz, reconciliação e os laços comuns da humanidade em todo o mundo”, assinala o comunicado de 12 de novembro.
“O presidente eleito expressou seu desejo de trabalhar juntos com base na crença compartilhada na dignidade e igualdade de toda a humanidade em temas como o cuidado com os marginalizados e os pobres, abordar a crise da mudança climática e acolher e integrar imigrantes e refugiados em nossas comunidades”, continua o comunicado.
Em 7 de novembro, vários meios de comunicação declararam Biden como o vencedor das eleições presidenciais de 2020, embora o presidente Donald Trump não tenha admitido a vitória do democrata e tenha anunciado recursos legais para exigir a recontagem em vários estados. Biden seria o segundo católico a ser eleito presidente.
Em uma declaração publicada em 7 de novembro o presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), Dom José Gomez, felicitou o democrata Joe Biden por ser o presidente eleito do país, e a senadora Kamala Harris, por ser a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente.
Dom Gómez também exortou todos os católicos norte-americanos a "promover a fraternidade e a confiança recíproca e rezar por um renovado espírito de verdadeiro patriotismo em nosso país".
“O povo estadunidense se expressou nestas eleições. Agora, é o momento de nossos líderes se unirem num espírito de unidade nacional e se disporem ao diálogo e ao compromisso pelo bem comum”, assinala a declaração dos bispos dos Estados Unidos.
Biden tem atualmente 290 votos eleitorais, bem acima dos 270 necessários para vencer as eleições. O presidente Trump, no entanto, não concedeu a eleição devido a alegações de fraude.
Embora a USCCB tenha felicitado Biden por sua vitória, o Bispo de Fort Worth (Texas), Dom Michael Olson, pediu oração e disse que a contagem dos votos ainda não é oficial.
“Este ainda é um momento de prudência e paciência, já que os resultados das eleições presidenciais não foram oficialmente autenticados”, disse Dom Olson em 8 de novembro. Em seguida, pediu aos católicos que rezem pela paz se os resultados forem questionados na Corte.
"Parece que haverá recursos nos tribunais, por isso é melhor que enquanto isso nós rezemos pela paz na nossa sociedade e nação e que a integridade de nossa república, uma nação sob Deus, possa se manter pelo bem comum de todos”, disse Dom Olson
Publicado originalmente em CNA.
Confira também:
Quais seriam as repercussões de um eventual governo Biden para a agenda do aborto e LGBT na América Latina? https://t.co/l6OdVI810S
— ACI Digital (@acidigital) November 12, 2020
Organização da JMJ 2023 desafia jovens portugueses a dois dias de missão
Lisboa, 13/11/2020 (ACI).- O Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 lançou um desafia aos jovens portugueses para que realizem dois dias de missão e, assim, realizem “um grande movimento nacional que pretende levar esperança e alegria a todo o País”.
A data proposta para a realização deste desafio é nos dias 28 e 29 de novembro, exatamente no fim de semana em que tem início o Advento, tempo de preparação para o Natal.
“Desafiamos cada jovem a fazer missão onde quer que esteja, dando assim expressão ao tema proposto pelo Papa Francisco para a JMJ Lisboa 2023”, isto é, “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).
Diante do atual contexto da pandemia de Covid-19, a organização da JMJ apresenta algumas propostas para a concretização dessa missão, como por exemplo, telefonar para “alguém que está sozinho”, marcar “uma conversa digital com um familiar mais distante”, ajudar “uma família em dificuldades, “colaborar “com uma instituição de solidariedade local”, realizar “uma tarefa na tua paróquia”.
“As possibilidades são inúmeras: convidamos-te a que, olhando para a realidade em que vives, faças aí diferença. Em qualquer caso, cumpre todas as medidas de segurança e distanciamento social”, indica o COL, lembrando que “é fundamental que a missão seja realizada individualmente ou em grupos muito pequenos”.
Além disso, a fim de “dar visibilidade a este grande movimento de esperança”, o COL convida os jovens a usarem a camisa da JMJ Lisboa 2023.
Por fim, pede que fotografias das missões realizadas sejam enviadas através das redes sociais (Facebook e Instagram), WhatsApp (+351 912 593 144) ou e-mail (comunicacao@lisboa2023.org), para serem compartilhadas depois.
Confira também:
Logo e site oficiais da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 divulgados hoje https://t.co/DUgZhmfXx1
— ACI Digital (@acidigital) October 16, 2020
Papa Francisco nomeia brasileiro como conselheiro da Pontifícia Comissão para América Latina
Vaticano, 13/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco nomeou o Pe. Alexandre Awi Mello, atual secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, como conselheiro da Pontifícia Comissão para a América Latina.
Padre Alexandre Awi Mello nasceu em 17 de janeiro de 1971 no Rio de Janeiro (RJ) e foi ordenado sacerdote em 7 de julho de 2001 como membro do Instituto Secular dos Padres de Schönstatt.
Durante vários anos foi vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul; assessor da Juventude Apostólica de Schönstatt para o sul do Brasil e diretor nacional de Schönstatt para todo o país.
Estudou Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Santiago do Chile e posteriormente mudou-se para a Alemanha para continuar seus estudos. Além disso, é doutor em Mariologia pela Universidade Dayton, nos Estados Unidos.
Por outro lado, foi professor de Teologia Pastoral e Sistemática em Londrina, no Instituto Paulo VI, e na Pontifícia Universidade do Paraná.
Em 2007 colaborou com a Secretaria na redação da Conferência de Aparecida e dirigiu a revista Tabor.
Em maio de 2017, o Papa Francisco o nomeou secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
Foi padre sinodal da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre “Jovens, Fé e Discernimento Vocacional”, que ocorreu no Vaticano de 3 a 28 de outubro de 2018.
A Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) nasceu em 1958 sob o pontificado do Papa Pio XII. É um dicastério da Cúria Romana, cuja principal função é “assistir, com o conselho e os meios econômicos, as Igrejas particulares da América Latina” e “dedicar-se ao estudo das questões que se referem à vida e desenvolvimento dessas Igrejas, especialmente para dar ajuda tanto aos Dicastérios da Cúria interessados em razão da sua competência, quanto às Igrejas mesmas na solução de tais questões”, conforme indicado pela constituição apostólica Pastor Bonus do Papa São João Paulo II.
O presidente do CAL é o Cardeal Marc Ouellet, que também é prefeito da Congregação para os Bispos.
O professor Guzmán Carriquiri Lecour foi secretário da CAL de 2011 a 2019, posteriormente este cargo foi abolido.
Em julho de 2020, o Papa Francisco nomeou Julio César Caballero Moreno, ex-embaixador da Bolívia junto à Santa Sé, como chefe do escritório.
Confira também:
Papa Francisco oferece teste gratuito de coronavírus para desabrigados em Roma https://t.co/8H1cO4wjDL
— ACI Digital (@acidigital) November 13, 2020
Vídeo viral: Cardeal sequestrado surpreendeu seus captores com uma promessa corajosa
Roma, 13/11/2020 (ACI).- Quando o Arcebispo Emérito de Douala (Camarões), Cardeal Christian Tumi, de 90 anos, foi interrogado em cativeiro por separatistas armados de seu país na semana passada, surpreendeu seus sequestradores com uma promessa corajosa que havia dirigido a Deus.
Cardeal Christian Tumi, fotografado após sua libertação em 6 de novembro de 2020. Crédito: Diocese de Kumbo nos Camarões.
Um vídeo publicado nas redes sociais, em 7 de novembro, revelou uma conversa que aconteceu enquanto o Cardeal Tumi estava preso durante a noite por milícias separatistas quando viajava pela região noroeste de Camarões.
No vídeo, um dos sequestradores do Purpurado o confrontou porque havia exortado os combatentes nos Camarões a deporem as armas, e depois lhe ordenou que compartilhasse a mensagem dos separatistas ao público.
Diante disso, o Cardeal respondeu: “Pregarei a verdade com convicção pastoral e convicção bíblica. Ninguém tem o direito de me dizer para pregar o contrário porque fui chamado por Deus”.
Em outro ponto do vídeo, o Cardeal disse aos seus sequestradores: “Quando falo, falo como um pastor e não posso deixar de fazer isso. Se eu parar de fazer isso, não serei fiel a Deus, o Todo-Poderoso".
O Cardeal Tumi estava viajando em 5 de novembro com outras 12 pessoas, incluindo um líder local, Fon Sehm Mbinglo I, entre as cidades de Bamenda e Kumbo. No entanto, ambos foram interceptados por homens armados pertencentes a milícias separatistas em Bamunka, uma aldeia na região noroeste dos Camarões. O Purpurado foi libertado pelos combatentes separatistas no dia seguinte.
O sequestro do Arcebispo Emérito de Douala ocorreu em meio a um conflito entre separatistas e forças governamentais nos territórios de língua inglesa na região noroeste e sudoeste de Camarões.
As tensões aumentaram depois que professores e juízes que falam francês foram enviados para trabalhar em regiões anglófonas historicamente marginalizadas em 2016, e a disputa é conhecida como crise anglófona.
O Cardeal Tumi tem se esforçado ativamente na busca de uma solução pacífica para a crise por meio do diálogo após sua aposentadoria como arcebispo de Douala.
Em um ponto do vídeo, o Cardeal Tumi disse aos separatistas: "Todos nós lutamos pela paz, inclusive vocês".
O Purpurado ajudou a criar a Conferência Geral Anglófona, um marco para o diálogo entre todas as partes no conflito anglófono.
A crise dos Camarões tem suas raízes no conflito entre as áreas de língua inglesa e francesa dos Camarões. A área era uma colônia alemã no final do século XIX, mas o território foi dividido em mandatos britânicos e franceses após a derrota do Império Alemão na Primeira Guerra Mundial. Os mandatos se uniram em um Camarões independente em 1961.
O Cardeal Tumi nasceu no que hoje é o noroeste dos Camarões em 1930 e serviu como bispo nas regiões de língua francesa do país desde 1979. Foi presidente da Conferência Episcopal dos Camarões de 1985 a 1991.
Agora há um movimento separatista nas regiões sudoeste e noroeste, que compunham os Camarões britânicos.
A violência aumentou em 24 de outubro, quando homens armados atacaram a Academia Bilingüe Internacional Madre Francisca, uma escola em Kumba, na região sudoeste dos Camarões. Homens abriram fogo contra estudantes em uma sala de aula. Sete estudantes com idades entre 12 e 14 anos morreram, de acordo com a Reuters.
Durante o sequestro, um dos separatistas instruiu o Cardeal Tumi a dizer ao público do vídeo e ao governo dos Camarões que "nunca deporemos as armas até que sejamos livres porque lutamos por nossos direitos".
O cardeal respondeu: “Sou um cidadão camaronês como você. Eu não faço parte do governo. Eu sou totalmente independente... não sou o porta-voz do governo e não sou um funcionário do governo".
“Se agiu errado, direi que agiu errado; se o governo agiu errado, direi que agiu errado”, afirmou.
Publicado originalmente em CNA.
Confira também:
Bispos pedem a presidente de Camarões iniciar diálogos de paz para acabar com guerra civil https://t.co/fNwRNetXIs
— ACI Digital (@acidigital) February 20, 2020
Pe. Maccalli após sequestro: "Todo cristão tem sua cruz, mas toda cruz tem sua Páscoa"
Roma, 13/11/2020 (ACI).- Pe. Luigi Maccalli, missionário da Sociedade para as Missões Africanas, sequestrado durante 2 anos no Níger e libertado no dia 8 de outubro, deu uma entrevista à Rádio Vaticano Itália que foi divulgada pelo Vatican News.
Segundo explicou, seus sequestradores não foram violentos com ele. “Pelo contrário, sempre me respeitaram. Nunca recebi gestos de punição. Permitiram-me usar um pequeno rádio com o qual pude ouvir a Rádio Vaticano em ondas curtas justamente no dia de Pentecostes: era a Missa celebrada pelo Papa Francisco. Uma grande alegria num momento duro, de profunda tristeza”, assegurou.
Apesar de não ter sofrido ataques físicos e ao chegar à Itália ter passado por vários exames médicos que mostraram que estava tudo bem, o Pe. Maccalli assegurou que “a ferida que está no meu coração é invisível aos olhos. Tudo isto, porém, é transfigurado pela fé. Cada cristão tem sua cruz para carregar, mas toda cruz tem a sua Páscoa: sempre se ressuscita”.
Durante a entrevista, Pe. Maccalli também explicou emocionado como durante todo o seu confinamento nunca quis deixar de ser missionário: “Naqueles momentos, dizia a mim mesmo: os meus pés não podem caminhar, mas o meu coração não está acorrentado, o Evangelho não está acorrentado. O que posso fazer o faço com a oração, apoiando também os outros missionários que levam a Palavra de Deus à África e ao mundo. Minha condição de missionário foi apoiar com a oração todas as periferias do mundo”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa se encontra com Pe. Maccalli, missionário que foi sequestrado por jihadistas https://t.co/SYvCDS3Hj5
— ACI Digital (@acidigital) November 9, 2020
Advogados cristãos pedem aos EUA que condenem ataques contra armênios
WASHINGTON DC, 13/11/2020 (ACI).- Um grupo ecumênico de advogados que defende os cristãos perseguidos pediu aos Estados Unidos que condenem as agressões da Turquia e do Azerbaijão contra os armênios, em um conflito por uma área disputada nas montanhas do Cáucaso que causou a morte de mais de mil armênios nos últimos meses.
Na carta de The Philos Project, um grupo que defende o pluralismo religioso no Oriente Médio, mais de 40 signatários culpam a Turquia por sua "política externa incrivelmente agressiva e antiamericana" e seu apoio às agressões do Azerbaijão contra os armênios.
“A Turquia e o Azerbaijão, com uma população combinada de 100 milhões de pessoas, estão trabalhando com terroristas mercenários para atacar a Armênia, que tem uma população de três milhões, em um esforço de um século para destruir um Estado fechado, bloqueado e partido que está cheio de sobreviventes do genocídio”, afirma a carta.
“O pior é que eles estão usando jatos fabricados nos Estados Unidos e os dólares dos contribuintes desse país para suas políticas genocidas. O Azerbaijão está até usando bombas coletivas para atacar áreas residenciais, um crime de guerra documentado pela Anistia Internacional”, continua a carta.
Os signatários pediram aos Estados Unidos que suspendam as vendas de armas à Turquia e ao Azerbaijão até que termine o conflito. Também solicitaram que o país norte-americano envie ajuda à Armênia e faça os esforços diplomáticos necessários para resolver a situação de disputa na região.
Os signatários incluem Toufic Baaklini, presidente do Conselho de Defesa dos cristãos, e o Bispo Gregory Mansour da Eparquia de São Maron, no Brooklyn.
No genocídio armênio perpetrado pelo Império Turco Otomano entre 1894 e 1924, cerca de 1,5 milhão de armênios foram mortos.
“O mundo ignorou o genocídio da Turquia contra os armênios e outros cristãos há um século. Seria um erro trágico ignorá-lo novamente”, disse Robert Nicholson, autor da carta e presidente de The Philos Project.
Mais de 1.300 soldados morreram no lado armênio desde 27 de setembro passado, quando o Azerbaijão lançou uma ofensiva para retomar o território de Nagorno Karabakh, informou o New York Times.
A Turquia apoia o Azerbaijão no que as organizações humanitárias e cristãs consideram uma campanha de violência contra os cristãos armênios no território. As exportações militares da Turquia para o Azerbaijão, que incluem drones, munições e outras armas, aumentaram seis vezes este ano, informou a Reuters no mês passado.
Nagorno Karabakh é uma área reconhecida pelas Nações Unidas como parte do Azerbaijão, um país muçulmano, mas é administrada por armênios que pertencem à Igreja Apostólica Armênia, uma das seis igrejas cristãs que pertencem à comunhão ortodoxa oriental.
A Armênia é a primeira nação a adotar o cristianismo como religião oficial, uma decisão tomada em 301.
O território disputado, que se reconhece como a República de Artsakh, teve uma identidade armênia por um milênio e, portanto, uma rica história cristã.
Em 8 de outubro, militantes atacaram a catedral da Igreja Apostólica Armênia no território em disputa, destruindo parte do telhado e danificando as paredes da Catedral de Shusha. Os armênios denunciaram que as forças azerbaijanas, reforçadas pela Turquia, estavam por trás do ataque.
A disputa pelo território remonta ao colapso da União Soviética, com uma guerra ocorrida entre 1988 e 1994. Em 2016 houve um conflito de quatro dias com muitas mortes. No confronto atual, já houve várias tentativas malsucedidas de cessar-fogo. A Rússia vende armas para os dois lados do conflito.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, se posicionou nos últimos anos como um líder do mundo muçulmano sunita. Em julho, transformou a histórica Catedral ou Hagia Sofia em mesquita, uma medida que vários analistas de liberdade religiosa disseram que poderia ter sérias consequências religiosas e geopolíticas.
As relações dos Estados Unidos com a Turquia, membro da OTAN, ficaram especialmente tensas após a decisão da Turquia de comprar um sistema de defesa aérea russo em julho de 2019. Desde então, vários membros do congresso norte-americano teriam bloqueado a venda de armas dos Estados Unidos para a Turquia, embora a administração Trump tenha levantado as sanções contra o regime turco em outubro do ano passado.
A Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos indicou em outubro que "lamentou saber" dos danos à catedral e solicitou que "os locais de culto e os locais religiosos sejam protegidos".
Publicado originalmente em CNA.
Confira também:
Guerra entre a Armênia e o Azerbaijão: Destroem catedral histórica em bombardeios https://t.co/CmpA4Q6hlq
— ACI Digital (@acidigital) October 9, 2020
Uma das obras que Santo Afonso Maria de Ligório dedicou a Nossa Senhora completa 270 anos
Roma, 13/11/2020 (ACI).- A grande devoção que Santo Afonso Maria de Ligório teve pela Virgem Maria levou-o a dedicar a ela grande parte de seus escritos, como “As Glórias de Maria”, obra que em 2020 completa 270 anos de publicação.
O santo não passou um dia sem rezar o Santo Terço ou sem ter feito algum outro sinal de veneração e amor à Mãe de Deus.
As próprias Missões ao Povo, pregadas pelo santo em todo o Reino de Nápoles, durante o século XVII, incluíam um convite para dedicar uma catequese à Virgem.
Durante sua vida, Afonso confiou a ela a sua espada de cavaleiro, deixando o mundo pelo sacerdócio e sua profissão por Deus.
Ele amou tanto a Virgem que lhe dedicou uma de suas obras mais importantes, "As Glórias de Maria".
O texto, que foi publicado pela primeira vez em 1750 em Nápoles, contém material de primeira ordem para poder meditar e aprofundar a devoção a Maria.
“Um devoto de Maria não se perde”, escreveu Santo Afonso, e isso é verdade, tanto que faz parte do eixo em torno do qual gira a conversão do coração a Deus.
O fundador dos Redentoristas estava convencido de que a vida cristã não poderia prescindir da confiança em Maria, que é Mãe e modelo de vida para todos os católicos.
Provavelmente, é a obra mais bela que escreveu para dar glória e honra à Virgem.
A obra está dividida em duas partes: a primeira oferece um sábio comentário sobre a oração da Salve Regina e a segunda contém uma série de reflexões sobre as principais festas marianas e sobre as Sete Dores da de Maria, entre outras.
Além disso, contém um convite a viver esta devoção com diferentes práticas de piedade, a viver plenamente o amor à Mãe de Deus. Por exemplo, o Santo Terço e o escapulário, inclusive a recorrer a ela para pedir a sua poderosa e maternal intercessão, intercessão que leva o cristão a amar, especificamente, a Nossa Senhora.
Entre as múltiplas formas recomendadas pelo santo, também é interessante descobrir a simples visita a Maria, em uma imagem que a retrata, rezando diante dela o Terço, as Ladainhas ou qualquer outra oração mariana.
Ao ler as biografias do bispo napolitano, observa-se seu costume de levar consigo uma imagem sagrada da Virgem, precisamente para senti-la sempre por perto através deste meio.
A função dos escritos do santo não é a erudição nem qualquer outra coisa, mas a difusão do amor à Mãe de Deus, no centro da vida dos fiéis.
Enquanto o leitor medita, já está rezando: este é o segredo de seu autor.
Dentro da escrita, com espírito prático, o santo insere também um capítulo no qual analisa as virtudes da Virgem, propondo-as para a imitação dos fiéis.
Humildade, caridade, fé, esperança, castidade, pobreza, obediência, paciência e oração são as qualidades que Maria aprofundou, no seu caminho, para trazer o Reino dos Céus à terra.
Uma existência que nem sempre é fácil, mas que Maria soube oferecer a Deus magnificando o nome de Deus Pai.
O texto representa uma ajuda prática e eficaz para viver e reviver o mistério de Maria, na vida cotidiana da própria existência, inclusive lendo algumas páginas por dia e meditando sobre elas.
"As Glórias de Maria" teve muitas edições e foi impresso em muitos idiomas, para a edificação do Povo de Deus.
O sacerdote e historiador Pe. Giuseppe de Luca destacou que o texto "dizia e fazia milhões de almas dizerem as mais belas e doces palavras à Virgem", e nunca essas palavras foram mais verdadeiras.
Publicado originalmente em ACI Stampa.
Confira também:
Assim o grande Santo Afonso Maria de Ligório converteu um muçulmano https://t.co/b9FNmzhsbH
— ACI Digital (@acidigital) August 1, 2020
São João Paulo II foi enganado sobre condutas de McCarrick, afirma arcebispo polonês
CRACÓVIA, 13/11/2020 (ACI).- O Relatório McCarrick mostra que o Papa São João Paulo II foi enganado sobre o ex-cardeal Theodore McCarrick, disse o presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanislaw Gadecki.
Em uma declaração de 13 de novembro, o Arcebispo polonês explicou que “antes da nomeação de McCarrick para Washington, o Papa não recebeu informações completas dos bispos norte-americanos sobre seu comportamento moral, e o próprio McCarrick mentiu, em uma carta de 6 de agosto de 2000, dizendo que não tinha relações sexuais com ninguém”.
O prelado, que também é Arcebispo de Poznan, se referiu a uma parte do relatório na qual se assinala que João Paulo II pediu ao Núncio Apostólico nos Estados Unidos em 2000 que entrasse em contato com 4 bispos de Nova Jersey para consultar se McCarrick havia tido algum tipo de comportamento inadequado com jovens.
Os bispos disseram que McCarrick, então Arcebispo de Newark, compartilhou sua cama com jovens, "mas não indicaram com certeza que McCarrick teria se envolvido em má conduta sexual".
O relatório conclui que três dos quatro bispos deram ao Vaticano "informações imprecisas e incompletas".
“Provavelmente esta informação imprecisa parece ter impactado nas conclusões dos assessores de João Paulo II e, consequentemente, no próprio João Paulo II”, indica o texto.
Na carta de 6 de agosto de 2000 citada por Dom Gadecki, McCarrick insistiu em que “nos 70 anos da minha vida jamais tive relações sexuais com pessoa alguma, homem ou mulher, jovem ou velho, e não abusei nem tratei ninguém com desrespeito”.
A carta foi enviada àquele que foi por mais de 40 anos secretário pessoal do Papa polonês, o então bispo Stanisław Dziwisz e que mais tarde se tornaria Arcebispo de Cracóvia (Polônia).
Na véspera da publicação do Relatório McCarrick, um programa de televisão acusou o agora Cardeal Dziwisz de negligência diante do abuso sexual clerical. O cardeal, de 81 anos, disse em 9 de novembro que está preparado para cooperar com uma comissão independente que irá "esclarecer esses temas".
O Relatório McCarrick preparado pelo Vaticano indica que a carta do ex-cardeal a Dziwisz buscava contra-atacar outra carta que o Cardeal John O'Connor, então arcebispo de Nova York, havia enviado à Santa Sé advertindo sobre McCarrick e sua possível promoção.
O Papa nomeou McCarrick como Arcebispo de Washington em 21 de novembro de 2000. João Paulo II foi Papa entre 1978 e 2005. Ele foi beatificado em 1º de maio de 2011 e canonizado em 27 de abril de 2014.
O Arcebispo Gadecki disse em sua declaração que “o caso do ex-cardeal McCarrick também é prejudicial a São João Paulo II, que foi cinicamente enganado por ele”.
O presidente do episcopado polonês disse que a resposta da Igreja ao Relatório McCarrick foi resumida pelo Papa Francisco na audiência geral na quarta-feira, 11 de novembro.
“Ontem foi publicado o Relatório sobre o doloroso caso do ex- cardeal Theodore McCarrick. Renovo a minha proximidade às vítimas de todos os abusos e o compromisso da Igreja em erradicar este mal”, disse o Papa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
João Paulo II sabia dos abusos de McCarrick? O que você deveria saber https://t.co/rHC9huQRo9
— ACI Digital (@acidigital) November 11, 2020