Hoje é celebrado São Carlos Borromeu, patrono de São João Paulo II
REDAÇÃO CENTRAL, 04/11/2020 (ACI).- Neste dia 4 de novembro, a Igreja celebra São Carlos Borromeu, o santo padroeiro de São João Paulo II e muito ligado à vida do Pontífice polonês. Conheça a história do valente São Carlos, que também é padroeiro dos catequistas e seminaristas.
São Carlos Borromeu nasceu na Itália em 1538, em uma família muito rica. Era sobrinho do Papa Pio IV e ocupou altos cargos eclesiásticos, chegando a ser Arcebispo de Milão e Cardeal.
Sua participação no Concílio de Trento foi a chave para este chegar a um término, no qual foram aprovados muitos decretos dogmáticos e disciplinares.
São Carlos se preocupou bastante com a formação dos sacerdotes. Destituiu alguns presbíteros indignos e os substituiu por pessoas que restauraram a fé e os costumes do povo.
A vida de São Carlos Borromeu correu grave perigo quando a ordem religiosa dos Humiliati, que possuía muitos mosteiros, terras e membros corrompidos, tentou desprestigiá-lo para que o Papa anulasse as disposições do santo. Não alcançando este objetivo, três priores da ordem armaram um complô para matá-lo.
Jerónimo Donati, um mau sacerdote da ordem, aceitou assassiná-lo por 20 moedas de ouro e disparou contra ele quando estava rezando na capela de sua casa, mas a bala só tocou a roupa e o manto do Cardeal.
Quando se propagou em Milão uma terrível peste, São Carlos se dedicou aos cuidados dos enfermos. Como seu clero não era o suficiente para atender as vítimas, pediu ajuda aos superiores das comunidades religiosas e imediatamente muitos religiosos se ofereceram como voluntários.
Borromeu não se contentou em rezar e atender pessoalmente os moribundos, mas também esgotou seus recursos para ajudar os necessitados e contraiu grandes dívidas.
Foi amigo de São Francisco de Borja, São Felipe Neri, São Pio V, São Félix de Cantalício, Santo André Avelino e muitos outros. Chegou inclusive a dar a primeira comunhão ao adolescente São Luís Gonzaga.
Partiu para a Casa do Pai no dia 4 de novembro de 1584, sendo pobre e dizendo: “Já vou, Senhor, já vou”.
São Carlos Borromeu e São João Paulo II
Embora tenham vivido em épocas diferentes, os dois estão unidos por ter histórias parecidas que o próprio São João Paulo II ressaltou em sua audiência de 4 de novembro de 1981.
A primeira semelhança está no nome. “Karol” Wojtyla em português é “Carlos”, nome com o qual João Paulo II foi batizado, estando sob a proteção do santo para crescer na missão de ser filho adotivo de Deus.
“Eis o papel que São Carlos desempenha na minha vida e na vida de todos aqueles que usam o seu nome”, destacou.
A segunda semelhança é em uma arma. Assim como tentaram acabar com a vida do Arcebispo de Milão, no século XVI, o Papa peregrino enfatizou que o atentado que sofreu em maio de 1981 tinha lhe permitido “olhar para a vida de modo novo: esta vida cujo início anda unido à memória dos meus Pais e ao mesmo tempo ao mistério do Batismo e com o nome de São Carlos Borromeu”, assinalou.
O terceiro fato parecido está nos Concílios. São Borromeu participou no Concílio de Trento e São João Paulo II fez o mesmo no Vaticano II. Como seu padroeiro, o santo do século XX também introduziu os ensinamentos do Concílio em sua própria Arquidiocese.
Por último, está o amor pelos pobres e os doentes. João Paulo II é lembrado por visitar os mais necessitados e Borromeu não hesitou em ajudar pessoalmente os afetados pela praga.
Diz-se que São Carlos Borromeu era tão amado em Milão que quase ninguém dormiu na noite em que ele agonizava. E João Paulo II manteve o mundo em oração antes de morrer.
“Olhando para a minha vida na perspectiva do Batismo, olhando através do exemplo de São Carlos Borromeu, agradeço a todos os que, hoje, em todo o período passado e continuamente ainda agora, me sustentam com a oração e por vezes também com grande sacrifício pessoal”, disse naquela ocasião o santo polonês.
O que um nascituro experimenta no ventre materno?
REDAÇÃO CENTRAL, 04/11/2020 (ACI).- Atualmente, difundiram a posição pró-aborto na qual o nascituro não deve ser considerado um ser humano, caso não seja capaz de sentir dor no ventre materno. Entretanto, a dignidade da pessoa humana não depende de uma capacidade para a dor, mas do direito à vida e da sua dignidade como Filho de Deus.
O ‘National Catholic Register’ recolheu tudo o que a ciência descobriu até agora sobre o que o feto experimenta, através dos sentidos, no útero materno.
1. Angústia
Os fetos com 8 semanas mostram sinais fisiológicos de angústia em resposta a estímulos e, com 20 semanas, são capazes de retroceder ante os fatores estressantes e experimentar um aumento dos hormônios do estresse. A exposição excessiva aos fatores estressantes no útero podem provocar problemas emocionais e comportamentais mais tarde em sua vida.
2. Dor
Um artigo de 2006, publicado no ‘British Medical Journal’ , fez a afirmação sem hesitação de que “é impossível que um feto sinta dor”.
Declarações mais recentes do Royal College of Obstetricians and Gynecologists, o Congresso Norte-Americano de Obstetras e Ginecologistas e outras autoridades reconhecem que os fetos podem experimentar dor pelo menos no terceiro trimestre.
Mesmo antes do terceiro trimestre, a angústia fisiológica e as reações aversivas são evidências de algum tipo de trauma. Talvez não seja uma dor consciente, mas isso não significa que não seja desagradável.
3. Vista e preferências visuais
Há muito tempo sabe-se que os sons do mundo exterior chegam aos bebês ainda no útero, mas é menos conhecido que a luz também pode chegar até eles. A luz suficientemente brilhante passa através da parede abdominal; se for muito brilhante, os bebês se afastarão dela.
Entretanto, nem sempre se estremecem ante a luz e, às vezes, estão mais interessados no que veem do que em outras ocasiões.
Sabemos há algum tempo que os recém-nascidos demostram uma preferência por olhar os rostos em vez de outras coisas. No ano passado, um estudo pioneiro projetou imagens claras através da parede uterina e descobriu que, mesmo antes de nascer, os bebês já preferem as imagens semelhantes as feições do que outro tipo de imagens.
4. Reconhecimento da audição e da linguagem
Há algum tempo, sabe-se que os bebês podem reconhecer as vozes dos familiares (especialmente a voz da mãe, mas também outras que frequentemente ouvem), assim como músicas e cantigas.
Recentemente está sendo mais estudado acerca da aprendizagem de línguas no útero. Os bebês não nascidos não só aprendem a reconhecer palavras especiais e guardam esta lembrança depois do parto, mas também podem diferenciar idiomas familiares e desconhecidos, de maneira que os fonemas e os padrões de fala, por exemplo, da língua chinesa, não serão familiares para um bebê acostumado a ouvir russo e vice-versa.
5. Paladar e olfato dentro do útero
Tudo o que a mãe come ou bebe não chega ao bebê apenas através do cordão umbilical. O que come também afeta o sabor do líquido amniótico que os bebês provam e engolem (eles também lambem a parede uterina e a placenta!).
Quando o líquido amniótico tem um sabor doce, os bebês ingerem mais, uma preferência que começa com 15 ou 16 semanas. Também há afinidades integradas para os sabores salgados, mas, além dessas preferências naturais, os bebês também aprendem sobre o paladar no útero.
Com 21 semanas, os fetos que usam seu sentido do paladar e do alfato podem experimentar sabores complexos.
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Estudo revela por que bebês chutam dentro do ventre materno https://t.co/iRbkFPPPoX
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Papa Francisco sugere aprender de Jesus Cristo mestre de oração
Vaticano, 04/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco nos convidou a redescobrir Jesus Cristo no Evangelho “como mestre de oração” e ir à sua escola, porque ali “encontraremos a alegria e a paz!”.
Assim indicou o Santo Padre nesta quarta-feira, 4 de novembro, durante a Audiência Geral que se realizou na biblioteca do Palácio Apostólico sem a participação dos fiéis devido ao aumento das infecções por COVID-19 na Itália.
Em sua catequese, o Pontífice destacou que Jesus, durante sua vida pública, "recorre constantemente ao poder da oração" e relatou como "os Evangelhos mostram-no quando se retira em lugares isolados para rezar".
Neste sentido, o Papa destacou que estes momentos de oração “testemunham claramente que mesmo em momentos de maior dedicação aos pobres e aos doentes, Jesus nunca negligenciava o seu diálogo íntimo com o Pai” porque “quanto mais estava imerso nas necessidades do povo, tanto mais sentia a necessidade de descansar na Comunhão trinitária, de voltar para o Pai e para o Espírito”.
“A oração é o leme que guia o caminho de Jesus. Não é o sucesso, não é o consentimento, não é aquela frase sedutora ‘todos te procuram’, que ditam as etapas da sua missão”, alertou.
Desta forma, o Santo Padre disse que “a partir do exemplo de Jesus, podemos obter algumas caraterísticas da oração cristã” e citou o Catecismo da Igreja Católica que afirma que “quando ora, Jesus já nos ensina a orar”.
Em primeiro lugar, o Papa sublinhou que a oração “é o primeiro desejo do dia, algo que se pratica ao amanhecer, antes que o mundo desperte” porque “restitui uma alma àquilo que de outra forma ficaria sem respiro”.
De fato, o Santo Padre reconheceu que “um dia vivido sem oração corre o risco de se transformar numa experiência aborrecida ou tediosa: tudo o que nos acontece poderia transformar-se para nós num destino mal suportado e cego”.
“Jesus, ao contrário, educa na obediência à realidade e, portanto, à escuta. A oração é, antes de mais nada, escuta e encontro com Deus. Por conseguinte, os problemas da vida quotidiana não se tornam obstáculos, mas apelos do próprio Deus a ouvir e encontrar quantos estão à nossa frente. Assim, as provações da vida transformam-se em ocasiões para crescer na fé e na caridade. O caminho diário, incluindo as dificuldades, adquire a perspectiva de uma ‘vocação’”, afirmou.
Neste sentido, o Papa explicou que “a oração tem o poder de transformar em bem o que de outra forma seria uma condenação na vida” e acrescentou que “a oração tem o poder de abrir um grande horizonte para a mente e de alargar o coração".
Em segundo lugar, o Santo Padre disse que “a oração é uma arte a praticar com insistência” porque “todos somos capazes de orações episódicas, que nascem da emoção de um momento; mas Jesus educa-nos para outro tipo de oração: aquela que conhece uma disciplina, um exercício e é assumida no âmbito de uma regra de vida”.
“A oração perseverante produz uma transformação progressiva, fortalece em tempos de tribulação, concede a graça de ser amparados por Aquele que nos ama e nos protege sempre”, afirmou.
Além disso, o Pontífice destacou a importância da solidão na oração porque “ali, no silêncio, podem surgir muitas vozes que escondemos no íntimo: os desejos mais afastados, as verdades que nos obstinamos a sufocar e assim por diante. E, acima de tudo, Deus fala no silêncio”.
“Quem reza não foge do mundo, mas prefere lugares desertos ... Cada pessoa precisa de um espaço para si, onde cultivar a sua vida interior, onde as ações têm sentido”.
Em vez disso, o Papa advertiu que “sem vida interior tornamo-nos superficiais, agitados, ansiosos - a ansiedade faz-nos muito mal! Por isso devemos rezar; sem vida interior fugimos da realidade e também fugimos de nós mesmos, somos homens e mulheres sempre em fuga”.
Da mesma forma, o Santo Padre advertia que “por vezes, nós seres humanos acreditamos que somos senhores de tudo ou, caso contrário, perdemos toda a autoestima, vamos de um lado para o outro” e acrescentou que “a oração ajuda-nos a encontrar a correta dimensão na relação com Deus, nosso Pai, e com toda a criação”.
Por fim, o Papa Francisco sublinhou que “a oração de Jesus consiste em entregar-se nas mãos do Pai, como Jesus no jardim das oliveiras, naquela angústia: ‘Pai se for possível... mas seja feita a tua vontade’. O abandono nas mãos do Pai”.
“É bom quando estamos agitados, um pouco preocupados e o Espírito Santo nos transforma a partir de dentro e nos leva a este abandono nas mãos do Pai: ‘Pai, seja feita a tua vontade’”, disse.
Por isso, o Santo Padre nos convidou a pedir a Jesus “que nos ajude a redescobri-lo - por meio da leitura orante e cotidiana do Evangelho - como mestre de oração e nos preparemos para aprender em sua escola. Dessa forma, encontraremos a alegria e a paz que só Ele pode nos dar.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Nomeados novos Bispos auxiliares para Arquidiocese de Salvador
Vaticano, 04/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 4 de novembro, dois novos bispos auxiliares para a Arquidiocese de Salvador (SP), Pe. Dorival Souza Barreto Júnior, da Arquidiocese de Montes Claros (MG), e Pe. Valter Magno de Carvalho, da Arquidiocese de Mariana (MG).
Natural de Jequié (BA), Pe. Dorival Souza Barreto Júnior nasceu em 10 de abril de 1964. Estou Filosofia na Universidade Católica de Salvador (1981-1983) e Teologia no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (1984-1987).
Sucessivamente, estudou em Roma, onde obteve Mestrado em Liturgia no Pontifício Ateneu Sant’Anselmo (1992-1995) e o Doutorado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana (2000-2002). Também frequentou um curso de especialização em Filologia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte (2009-2011).
Recebeu a ordenação sacerdotal em 10 de março de 1988, incardinando-se na Arquidiocese de Montes Claros, onde serviu como vigário, administrador paroquial e pároco em algumas paróquias, chanceler, ecônomo, membro dos Conselhos Presbiteral, Econômico e Pastoral, do Colégio dos Consultores.
Até sua nomeação episcopal, exercia a função de vigário geral da Arquidiocese de Montes Claros e pároco na paróquia Nossa Senhora da Conceição e São José.
Também nomeado Bispo auxiliar, Pe. Valter Magno de Carvalho nasceu em Capela Nova (MG), em 22 de fevereiro de 1973.
Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Arquidiocesano de São José de Mariana (MG). É bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior, de Juiz de Fora (MG), e possui especialização em Formação de Presbíteros Diocesanos, pelo Instituto São Tomás de Aquino, de Belo Horizonte (MG).
Foi ordenado sacerdote em 23 de agosto de 1997, incardinando-se na Arquidiocese de Mariana, onde, desde 2014 é reitor do Seminário Maior São José.
Além de servir em várias paróquias, foi também diretor da Comunidade do Propedêutico, em Barbacena (MG), de 1997-1999, assessor arquidiocesano da Pastoral Familiar, de 1997 a 1999; coordenou o curso de Teologia para leigos (CETE), em Barbacena (MG), de 2000 a 2001; e foi vigário episcopal na arquidiocese de Mariana.
Atuou ainda como membro do Conselho de Formadores do Seminário Maior São José, do Colégio dos Consultores, do Conselho Presbiteral, do Conselho Arquidiocesano de Assuntos Econômicos, do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, do Conselho Curador da Fundação Marianense de Educação, do Conselho Curador da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana e da Diretoria da Escola Diaconal São Lourenço.
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Papa Francisco nomeia novo Arcebispo de Brasília (DF) e bispo de Barreiras (BA) https://t.co/pdGRVKuEab
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Museus Vaticanos fecharão novamente devido à COVID-19
Vaticano, 04/11/2020 (ACI).- Os Museus do Vaticano, que incluem a famosa Capela Sistina, voltarão a fechar as portas aos visitantes devido às atuais medidas cautelares na Itália para prevenir o aumento das infecções por COVID-19.
A decisão do Vaticano foi tomada "em coordenação com as medidas aprovadas pelas autoridades italianas para lidar com a situação sanitária", segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, em 4 de novembro.
Tais medidas incluem "o fechamento preventivo" de 5 de novembro a 3 de dezembro de 2020, dos Museus do Vaticano, do escritório de escavações da Basílica de São Pedro (conhecido como "Scavi"), do Museu das Vilas Pontifícias e outros espaços museológicos das Basílicas Pontifícias.
Os Museus do Vaticano estiveram fechados de 10 de março a 1º de junho, data em que reabriram suas portas adotando todas as medidas para evitar o contágio, como uso de máscaras, lavagem das mãos com gel antibacteriano, medição de temperatura em cada visitante na entrada dos museus e a entrada em grupos de no máximo dez pessoas.
Na ocasião, a diretora dos Museus do Vaticano, Bárbara Jatta, explicou que durante esses quase três meses de fechamento ao público provocado pela pandemia da COVID-19, a equipe de pessoas que trabalha no local aproveitou a oportunidade para fazer algumas arrumações, e manutenção e também restauração de algumas obras de arte.
Entre elas, Barbara Jatta destacou as famosas “estâncias de Rafael” na Sala Constantino, um amplo espaço decorado com afrescos, no qual uma equipe de profissionais realizou estudos para corroborar a técnica utilizada e concluiu que foram realizados pelo próprio Rafael.
Por fim, os Museus do Vaticano informaram que "está previsto o reembolso direto automático para todos os ingressos ou visitas guiadas já adquiridos e reservados para o período de encerramento dos Museus indicados acima" e acrescentaram que "o visitante, portanto, não terá que apresentar um pedido formal de reembolso”.
Para mais informações, os Museus sugerem o envio de um e-mail para help.musei@scv.va.
O recente aumento de infecções por COVID-19 na Itália gerou novas restrições em todo o país, como o fechamento de bares e restaurantes às 18h e o toque de recolher de 22h às 5h e nas regiões mais afetadas estão previstos novos períodos de confinamento total.
Nesta linha, as audiências gerais presididas pelo Papa Francisco serão mais uma vez realizadas sem a presença dos fiéis, assim como está previsto que as celebrações do Natal no Vaticano sejam transmitidas ao vivo da mesma forma que aconteceu na Semana Santa passada.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa convida a manter a confiança em Deus nos momentos difíceis
Vaticano, 04/11/2020 (ACI).- Nos momentos difíceis e de dor, mantenhamos a confiança em Deus, é o convite feito pelo Papa Francisco, lembrando que "toda lágrima se seca" no mistério da Cruz.
“Em nossas orações, somos convidados a permanecer abertos à esperança e firmes na confiança em Deus. A nossa história, embora muitas vezes marcada pela dor, pelas incertezas, pelos momentos de crise, é uma história de salvação. Em Jesus acaba todo o nosso desterro, e toda lágrima se seca, no mistério da sua Cruz, da morte transformada em vida, como o grão de trigo que se rompe na terra e se torna espiga”, assinalou o Papa no prefácio do livro “O poder da confiança. Os 10 passos para vencer os medos e desenvolver a autoestima”, escrito em italiano pelo psicólogo Salvo Noè.
Nessas páginas introdutórias, o Santo Padre também destacou que “a meditação dos benefícios do Senhor deve nos levar a trabalhar pelo bem e a transformar o mundo” e a não nos desesperar “quando as dificuldades surgirem novamente”.
Além disso, o Santo Padre reconheceu que no campo da fé “também nos encontramos muitas vezes com uma vida sombria, dura, difícil, uma semeadura com lágrimas, mas certos de que a luz de Cristo nos dá, no final, realmente, a grande colheita”.
Por isso, o Papa exortou-nos a não esquecer, inclusive nas noites escuras, “que a luz está aí, que Deus já está no meio da nossa vida e que podemos semear com grande confiança que o 'sim' de Deus é mais forte do que todos nós".
“É importante não perder esta memória da presença de Deus na nossa vida, esta alegria profunda de que Deus entrou na nossa vida, libertando-nos: é a gratidão pela descoberta de Jesus Cristo, que veio até nós. E esta gratidão se transforma em esperança, é a estrela da esperança que nos dá confiança, é a luz, porque precisamente as dores da semeadura são o início de uma nova vida, da grande e definitiva alegria de Deus”, advertiu.
Por último, o Santo Padre recordou que “desde as revelações do Antigo Testamento às palavras de Jesus, Deus sempre se mostrou como um Pai cheio de amor, de ternura, um Pai cheio de bondade e misericórdia” e acrescentou que “este é o um sinal do grande amor e confiança que Deus tem em nós e esta consciência ajuda-nos a ser pessoas responsáveis em todas as nossas ações”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa se solidariza com profissionais de saúde que “arriscam suas vidas” frente ao coronavírus
Vaticano, 04/11/2020 (ACI).- A Audiência Geral presidida pelo Papa foi realizada novamente nesta quarta-feira, 4 de novembro, em privado na biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano para evitar novas infecções de coronavírus por ocasião da nova onda da pandemia que a Itália está sofrendo.
Antes de iniciar sua catequese, o Papa Francisco fez referência a esta situação e pediu que as orientações das autoridades políticas e sanitárias fossem seguidas "a fim de nos defendermos desta pandemia".
O Santo Padre também nos encorajou a oferecer ao Senhor “esta distância entre nós, para o bem de todos”. Em concreto, pediu para pensar nos doentes.
“Infelizmente tivemos de voltar a esta audiência na Biblioteca e isto para nos defendermos do contágio de Covid. Isto também nos ensina que devemos estar muito atentos às prescrições das autoridades, quer as autoridades políticas quer as sanitárias, a fim de nos defendermos desta pandemia”, assinalou o Pontífice.
“Ofereçamos ao Senhor esta distância entre nós, para o bem de todos, e pensemos, pensemos muito nos doentes, em quantos entram nos hospitais já como descartes, pensemos nos médicos, nos enfermeiros, nas enfermeiras, nos voluntários, nas muitas pessoas que trabalham com os doentes neste momento: arriscam a sua vida mas fazem-no por amor ao próximo, como uma vocação”, foram as palavras do Papa Francisco.
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Presidente da Guatemala não permitirá que multinacional abortista funcione no país
GUATEMALA, 04/11/2020 (ACI).- O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, assegurou que não permitirá o funcionamento da Planned Parenthood no país, pouco depois que o Ministério do Interior (MINGOB) concedeu a permissão de abertura de uma filial da multinacional abortista.
“Reconheço a vida desde a sua concepção e, portanto, no meu governo não tolerarei nenhum movimento que viole o que está previsto na nossa Constituição Política da República, que vá contra os valores com os quais fui criado e que entre em conflito com os meus princípios como médico”, indicou Giammattei em um comunicado publicado em 2 de novembro.
“Sou um fiel defensor da vida e sou enfático em indicar que não endossarei no meu Governo a criação, registro ou inauguração de qualquer organização que atente contra a vida”, enfatizou o mandatário.
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Reconozco la vida desde su concepción y por lo tanto en mi gobierno no toleraré ningún movimiento que viole lo que está dispuesto en nuestra Constitución Política de la República, que vaya en contra de los valores con los que fui criado y que riña con mis principios como médico. pic.twitter.com/ULkWKASMP3
— Alejandro Giammattei (@DrGiammattei) November 2, 2020
O comunicado de Giammattei foi uma reação à publicação do Acordo Ministerial número 231-2020, no qual o MINGOB autorizou a ONG Planned Parenthood Global, Guatemala LLC, a iniciar suas operações no país. O acordo foi oficializado em 2 de novembro por meio do Diario de Centro América, órgão oficial da República da Guatemala.
Nesta terça-feira, 3 de novembro, segundo informou PublinewsGT, o presidente guatemalteco declarou que "já foram dadas instruções para que este acordo governamental seja revogado" e que lhe surpreendeu “que tenham autorizado uma ONG com estes antecedentes”.
Também confirmou que o Ministro do Interior, Oliverio García Rodas, apresentou sua renúncia, que foi aceita.
“Oliverio García Rodas, em um ato de responsabilidade, informou-me ontem à noite que havia tomado a decisão de renunciar devido ao erro que cometeu e que considerava que houve uma rejeição muito grande”, disse o mandatário.
Após a divulgação do Acordo Ministerial 231-2020, vários grupos políticos e civis expressaram sua rejeição. Até mesmo os deputados do partido Viva pediram a renúncia do Ministro do Interior.
A Associação “A Família Importa de Guatemala” (AFI Guatemala) publicou um comunicado agradecendo ao Presidente Giammattei "por sua firme declaração em defesa do reconhecimento e proteção da vida dos guatemaltecos desde a concepção, conforme estabelece nossa Carta Magna".
Além disso, celebramos o anúncio da sua decisão de revogar imediatamente este Acordo que põe em perigo a vida dos nossos cidadãos, especialmente dos nascituros e das mulheres, em plena congruência com o compromisso que o presidente assumiu em 2019, ao assinar a Declaração Vida e Família, documento que promove a defesa da vida e da família a partir do Executivo”, acrescentou.
AFI Guatemala lembrou que Planned Parenthood "é a responsável por mais de 350 mil abortos nos Estados Unidos anualmente, disfarçando a sua finalidade abortista ao utilizar o termo ‘direitos sexuais e reprodutivos’”.
“É de conhecimento público que Planned Parenthood obtém a maior parte de seus recursos do aborto e que, na voz dos próprios diretores de suas filiais nos Estados Unidos, está envolvida na venda e tráfico de órgãos de bebês abortados”, disse a organização pró-vida.
Em seu comunicado, a AFI Guatemala disse que os funcionários públicos “contam com todo o apoio e respaldo da AFI, de nossa rede de mais de 40 Organizações, de nossos voluntários e dos guatemaltecos em geral, que estão comprometidos em trabalhar por um país no qual prevaleça o respeito à lei, à dignidade humana e aos Direitos Humanos, principalmente o direito à vida de todos sem discriminação por idade, sexo ou condição socioeconômica”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Sócias de multinacional abortista admitem que dissecam bebês que sobrevivem a aborto https://t.co/WFJxxry4jl
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Advertem que votação no STF pode incluir ideologia de gênero na educação
BRASILIA, 04/11/2020 (ACI).- No próximo dia 11 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá votar uma ação sobre “bullying homofóbico”, que pode levar à inclusão da ideologia de gênero na educação; diante disso, foi lançada uma petição on-line contrária ao tema.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5668, impetrada pelo PSOL, pede que o STF interprete o Plano Nacional de Educação, que foi aprovado pela Lei 13.005/2014, conforme a Constituição. A ADI alega que nesta lei não estão contempladas a prevenção e proibição do bullying homofóbico, o qual discriminaria crianças e adolescentes por gênero, identidade de gênero e orientação sexual.
Frente a esta eminente votação, a plataforma CitizenGo lançou uma petição que já conta com mais de 39 mil assinaturas, na qual assinala que o PSOL impetrou a ADI 5668, “insatisfeito com a massiva rejeição popular à inserção da ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação, bem como nos planos municipais e estaduais”.
“Os danos provocados pela disseminação dessa ideologia nefasta são incontáveis. O objetivo de seus promotores não é ‘combater o preconceito e a discriminação’, mas desconstruir a personalidade humana para fortalecer o poder do estado e tornar as pessoas ainda mais suscetíveis à manipulação”, assinala.
Além disso, indica que “as crianças se tornarão vítimas ainda mais fáceis de abusadores sexuais, pois ficarão expostas nos chamados ‘banheiros de gênero’, que não possuem separação por sexo”.
Por sua vez, o coordenador nacional do Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery, recordou que “para valorizar a cultura da vida e da família, o Brasil rechaçou em 2014 a ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação”.
O também especialista em Bioética explicou que, “com a ideologia de gênero, a família é subestimada, diminuída, desvalorizada e desprotegida”.
Segundo ele, “com isso, fica desamparada a pessoa humana, vulnerável à angústia, a violência e a solidão; pois estas são as consequências quando não se vive a família em sua estrutura natural, quando se distorce o sentido da família, buscando querer o mesmo significado (dando direitos iguais) a outras formas de família, que na verdade não são formas de família, mas contrárias à família, travestidas de simulacro, de falsa aparência, de escapismo e, portanto, de ilusão”.
Prof. Hermes Rodrigues Nery indicou que, “nos países desenvolvidos, em que o Estado se voltou contra a estrutura natural da família (fazendo apologia da ideologia de gênero), são mais perceptíveis as consequências dos danos sociais e as patologias decorrentes”.
“O que se vê agora nestes países – observou o especialista – é que cresce o número daqueles que querem revogar tais legislações, que deram legalidade a ‘estranhos morais’ e abominações que aviltam o ser humano, em muitos aspectos”.
Para fazer frente a essa votação no STF, a petição de CitizenGo exorta à aprovação do Projeto de Lei (PL) 4754/2016, “que tipifica como crime de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal a usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo”.
“Os ministros do STF já afirmaram claramente que não se preocupam com os anseios do povo. Possuem uma agenda própria e querem valer-se de seu cargo para implementá-la em nosso país, independentemente do que a maioria da população pensa. É o que acontece com o aborto e a ideologia de gênero, que poderá ser imposta a todo o país no próximo dia 11 de novembro”, com o julgamento da ADI 5668.
Recentemente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota sobre a próxima votação no STF, reforçando que o Plano Nacional de Educação (PNE) “está de pleno acordo com a Constituição, pois no inciso II do artigo 2º da Lei prevê, entre as diretrizes do plano, a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação”.
“A referência não privilegia e nem se limita a uma forma de bullying, mas contempla todas as possíveis existentes e as que poderiam vir a existir, dimensionando a Lei, de tal forma, que também não discrimine e nem exclua outros grupos”, assinalam os prelados.
Para assinar a petição de CitizenGo, pode acessar AQUI.
Confira também:
Plano Nacional de Educação já prevê erradicar todas as formas de discriminação, diz CNBB https://t.co/KXpxFsoUC3
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Religiosa é o "anjo da guarda" das crianças deficientes abandonadas
JACARTA, 04/11/2020 (ACI).- Por mais de uma década, a religiosa franciscana Klara Duha, de 65 anos, cuidou como uma mãe de mais de mil crianças abandonadas que sofrem de deficiência, hidrocefalia e desnutrição no orfanato Faomasi Santa Elisabeth, Nias, norte de Sumatra (Indonésia).
Segundo UCA News, a maioria das crianças atendidas pela religiosa no orfanato foram rejeitadas por suas famílias e, inclusive, encontradas na lixeira, em outros casos suas mães eram doentes mentais ou divorciadas com baixos recursos econômicos.
A religiosa contou a UCA News que desde jovem “sonhava em servir a humanidade”, mas “não sabia como fazê-lo”. Por isso, após terminar o ensino médio em sua cidade, seguiu seu chamado à vocação religiosa.
No início, seus pais se opuseram à sua vocação e exigiram que ela cumprisse o dever de ajudá-los, já que ela era a segunda de dez irmãos. Anos depois, em 1977, a Irmã Klara ingressou na Congregação Franciscana com o apoio de seus pais e em 1988 professou os votos perpétuos.
Muitos anos depois de ingressar na ordem e graças a uma experiência que a comoveu profundamente, a religiosa descobriu seu chamado para ajudar as crianças abandonadas.
A irmã Klara contou que um dia encontrou um bebê de um mês que tinha hidrocefalia, doença causada por excesso de líquido acumulado no cérebro, cujos pais tinham vergonha de levar ao hospital e, inclusive, queriam jogá-la ao mar por causa de sua condição, pois consideravam “uma maldição”.
A religiosa levou a bebê para o Hospital Santa Elisabeth, administrado pela congregação franciscana em Semarang, Java Central (Indonésia), para uma cirurgia. Depois que a menina foi curada, a irmã Klara a entregou aos seus pais, mas eles se recusaram a recebê-la devido à sua aparência “terrível”. Foi então que "decidi cuidar da menina sozinha", disse.
Desde 2006, depois dessa experiência e vendo que “a criança era bem cuidada”, mais crianças foram confiadas à sua tutela por encaminhamento dos sacerdotes em cujas paróquias existiam crianças com deficiência e hidrocefalia. A freira aceitava ao ver que os pais dessas crianças eram "muito pobres".
A irmã disse que também cuidava de crianças doentes nas aldeias locais. “Muitas crianças em Nias sofrem de hidrocefalia, lábio leporino e algumas estão paralisadas. Muitos pais afirmam que é uma maldição, por isso não cuidam de seus filhos”, explica.
Embora no passado a religiosa tivesse a vontade de “construir uma clínica para ajudar os doentes em Nias”, logo percebeu que “muitos dos doentes eram crianças”, então “mudou de ideia e estabeleceu um orfanato para abrigá-los e tratá-las”.
Hoje, a menina que salvou, chamada Noverdelina Duha, tem 14 anos e é uma das 85 menores de dois meses a 18 anos do orfanato Faomasi Santa Elisabeth, que ela fundou em 2008 com o apoio do Rotary Club. Do total de crianças, 60 frequentam escolas do ensino fundamental até o ensino superior.
“Eu poderia ter morrido ou ter sido jogada ao mar por meus pais se não fosse pela irmã Klara. Eu sobrevivi graças ao amor dela”, disse Noverdelina, que atualmente está no ensino médio e ajuda a freira a cuidar e educar os menores do orfanato.
Irmã Klara cumpre a missão que considera um presente de Deus através da Igreja sob o lema “Amar a Deus, amar ao próximo”. Desta frase nasceu o nome "Faomasi", que significa "amor" no idioma nias. O edifício de diferentes usos que dirige com o apoio de oito pessoas foi construído pelo Kompas, o maior jornal da Indonésia.
Por causa de seu trabalho contínuo e paixão por cuidar de crianças abandonadas, a irmã Klara foi chamada de “anjo da guarda” das crianças de Sumatra. "Tenho compaixão delas. Simplesmente não posso permitir que crianças inocentes sofram ou sejam abandonadas. Devo salvá-las”, assinalou e expressou a sua tristeza porque as crianças não recebem a visita de seus familiares.
Para a religiosa, cuidar deles é uma alegria transbordante, que vem “de uma vida de oração e da generosidade dos doadores”. Embora "ainda não tenha recebido nenhum apoio do governo local", "muitos católicos e organizações" apoiam financeiramente o orfanato.
Explicou que ela só tem fé e vontade de ajudar as pessoas, e que Deus trabalha para colocar os meios. A este respeito, destacou o apoio de um médico alemão “que contribui todos os meses com o orfanato”.
“Não tenho dúvidas na hora de aceitar as crianças”, disse. “Deus as traz a mim e devo ajudá-las. Várias pessoas disseram que estou louca porque me viram sem dinheiro, mas posso ajudar as crianças”, afirmou.
“Sou tão pobre quanto as crianças, mas Deus motivou os doadores a ajudá-las. É um problema da humanidade com o qual todos devemos nos preocupar”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Aprovação de novos institutos de vida consagrada deve ser autorizada pelo Vaticano
Vaticano, 04/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco modificou, por meio do Motu Proprio Authenticum charismatis, o Cânon 579 do Direito Canônico para estabelecer que os Bispos devem ter uma prévia autorização escrita da Santa Sé antes de aprovar a fundação de novos Institutos de Vida Consagrada.
Anteriormente, o cânon 579 indicava que os bispos diocesanos podiam consultar a Sé Apostólica, agora, em vez disso, o episcopado deve contar com uma “prévia autorização escrita” antes de poder erigir em seu próprio território o decreto formal para os novos institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica.
A Carta Apostólica na forma de Motu Proprio Authenticum charismatis entrará em vigor no dia 10 de novembro e foi assinada pelo Santo Padre no dia 1º de novembro em São João de Latrão.
No texto do Motu Proprio, o Pontífice recorda que “um sinal claro da autenticidade de um carisma é a sua eclesialidade, a sua capacidade de integrar-se harmoniosamente na vida do Povo santo de Deus para o bem de todos” por isso “os fiéis têm o direito de serem advertidos pelos pastores sobre a autenticidade dos carismas e a confiabilidade daqueles que se apresentam como fundadores”.
Ao reconhecer que os bispos das Igrejas particulares têm a responsabilidade eclesial e “a decisiva tarefa de avaliar a conveniência de erigir novos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica”, o Santo Padre adverte que “deve se evitar que institutos inúteis ou desprovidos de suficiente vigor surjam de forma imprudente”.
Por isso, o Papa destaca que “compete à Sé Apostólica acompanhar os Pastores no processo de discernimento que conduz ao reconhecimento eclesial de um novo Instituto ou de uma nova Sociedade de direito diocesano” e acrescenta que “os novos Institutos de vida consagrada e as novas Sociedades de vida apostólica, portanto, devem ser oficialmente reconhecidos pela Sé Apostólica, a única à qual compete o juízo final”.
Nesse sentido, o Papa cita a Exortação Apostólica Vita consecrata que afirma que a vitalidade dos novos Institutos e Sociedades “deve ser avaliada pela autoridade da Igreja, à qual compete o exame apropriado, tanto para testar a autenticidade do propósito inspirador como para evitar a multiplicação excessiva de instituições semelhantes entre si, com o consequente risco de uma prejudicial fragmentação em grupos demasiado pequenos”.
“O ato de ereção canônica pelo Bispo transcende o âmbito diocesano e o torna relevante para o horizonte mais amplo da Igreja universal. Com efeito, natura sua, todo Instituto de Vida Consagrada ou Sociedade de Vida Apostólica, mesmo que tenha surgido no âmbito de uma Igreja particular, como dom à Igreja, não é uma realidade isolada ou marginal, mas pertence intimamente a ela, está no coração da Igreja como elemento decisivo da sua missão”, escreve o Papa.
Desta forma, o Pontífice ordena a modificação do Cânon 579 do Direito Canônico, que passa a ter a seguinte redação: Episcopi dioecesani, in suo quisque territorio, instituta vitae consecratae formali decreto valide erigere possunt, praevia licentia Sedis Apostolicae scripto data (“Em seu próprio território, os Bispos diocesanos podem erigir, mediante decreto formal, Institutos de Vida Consagrada, com a prévia autorização escrita concedida pela Sé Apostólica”).
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa Francisco convida a imitar a humildade de São Carlos Borromeu
VATICANO, 04/11/2020 (ACI).- Ao concluir a Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco convidou os fiéis a imitarem a virtude da humildade de São Carlos Borromeu.
O Santo Padre recordou que no dia 4 de novembro a Igreja celebra a memória litúrgica de São Carlos Borromeu, "pastor diligente inteiramente dedicado ao bem do povo".
Nesta linha, o Pontífice exortou a imitar a virtude deste grande Arcebispo de Milão que escolheu como lema a humilitas (humildade).
“Que a humildade constitua a atitude com a qual procuram e servem a Verdade e o Bem”, acrescentou o Papa.
Breves dados biográficos
São Carlos Borromeu nasceu na Itália em 2 de outubro de 1538, no seio de uma família nobre. Seu tio era o Papa Pio IV que o fez ocupar altos cargos eclesiásticos, chegando a ser Arcebispo de Milão e Cardeal.
Participou na organização e desenvolvimento do Concílio de Trento, dando uma importante contribuição através da secretaria de Estado.
São Carlos cuidou dos doentes durante a praga que se alastrou em Milão de 1576 a 1578. Foi o organizador do clero e das ordens religiosas que saíram ao encontro, em meio às dificuldades, de todos os enfermos e daqueles que precisavam de assistência médica e espiritual. Borromeu cuidou pessoalmente de centenas de moribundos e foi o gestor da ajuda financeira para eles e suas famílias.
Morreu na noite de 3 a 4 de novembro de 1584.
Foi canonizado por Paulo V em 1º de novembro de 1610.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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China: Autoridades proíbem casamentos e funerais cristãos
PEQUIM, 04/11/2020 (ACI).- A revista Bitter Winter, dedicada à liberdade religiosa e aos direitos humanos na China, denunciou que as autoridades do país asiático proibiram a realização de casamentos e funerais cristãos, bem como de outras religiões.
Um dos lugares onde isso aconteceu, indicou a revista, foi o condado de Fengqiu, prefeitura de Xinxiang, província de Hebei. Neste local, os casamentos e funerais cristãos foram proibidos em maio deste ano.
Em 1º de outubro, um jovem casal cristão não teve permissão para ter um coro e músicos em seu casamento. Essas disposições foram aplicadas em outras áreas da província de Hebei, segundo a revista Bitter Winter, em nota publicada poucos dias antes da renovação do acordo entre o Vaticano e a China para a nomeação de bispos.
Em 27 de agosto, a polícia invadiu um funeral na casa de um homem de 73 anos no condado de Xinye. Uma dúzia de policiais em carros e motocicletas bloquearam o cortejo fúnebre, liderado pela família que carregava uma cruz a caminho do cemitério.
Os agentes confiscaram faixas escritas com versículos da Bíblia e prenderam alguns participantes. A polícia disse que os funerais religiosos estão proibidos, tiraram fotos dos presos e registraram sua informação pessoal antes de libertá-los.
Em agosto, uma família cristã na cidade de Anyang convidou o coro e os músicos de sua igreja para cantar hinos após a morte de um membro da família. Quando as autoridades souberam disso, ameaçaram prender qualquer pessoa que comparecesse ao funeral. Por isso ninguém compareceu.
Em 8 de maio, as autoridades penalizaram uma igreja em Anyang por permitir que um coro e músicos comparecessem ao casamento de um membro do grupo. Os oficiais repreenderam severamente o líder da igreja e ordenaram que fosse fechada por um mês.
Uma mulher de 90 anos pediu que seu funeral fosse cristão, mas a família não pôde realizar seu pedido por medo das regulamentações governamentais na cidade de Yanshi. "Minha mãe sempre acreditou no Senhor, mas não conseguiu ter o seu último desejo realizado", disse a filha da falecida entre lágrimas.
Muitos cristãos na cidade de Ezhou também denunciaram que funerais religiosos foram proibidos na província de Hubei.
Em agosto, um pastor e cerca de 10 membros de uma igreja compareceram a um funeral vestidos de branco e carregando faixas, uma tradição chinesa para essas ocasiões. No entanto, a polícia chegou e dispersou os participantes.
“Não queríamos desobedecer, sabendo que igrejas podem ser demolidas por se oporem ao governo”, disse o pastor que foi proibido em janeiro de assistir a outro funeral.
Essas restrições também afetaram pessoas de outras religiões. Na província de Liaoning, no nordeste do país, um budista foi preso em abril e também em junho por cantar sutras (ensinamentos) para uma pessoa falecida. Em ambas as ocasiões, foi acusado de “organização privada de um evento religioso”.
Após a segunda prisão, as autoridades contrataram cerca de 80 pessoas para demolir a casa do homem onde a população se reunia para cantar aos seus falecidos. A polícia confiscou todos os objetos propriamente budistas da casa. “Eu só queria ajudar as pessoas”, disse o homem.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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STF decide manter exibição de filme blasfemo do Porta dos Fundos na Netflix
BRASILIA, 04/11/2020 (ACI).- A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal referendou na terça-feira, 3 de novembro, a decisão do ministro Dias Toffoli que autorizou a exibição do “Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”, que apresenta Jesus como homossexual.
“A primeira tentação de Cristo” estreou em Netflix no dia 3 de dezembro de 2019, como um especial de Natal, com legendas em inglês, alemão, italiano e francês. O filme não só apresenta Jesus como homossexual, como também retrata a Virgem Maria como prostituta e os apóstolos como um grupo de alcoólatras.
A estreia do filme gerou diversas reações por seu conteúdo blasfemo e foram lançadas campanhas on-line para solicitar que a Netflix cancelasse sua exibição.
Em 8 de janeiro deste ano, o desembargador Benectido Abicair, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio atendeu a um pedido da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura e determinou que o filme fosse retirado do ar, bem como trailers, making of, propaganda e qualquer publicidade do mesmo.
Entretanto, no dia seguinte, o então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, concedeu uma liminar autorizando a Netflix a exibir o filme. Esta decisão foi agora referendada pela Segunda Turma do Supremo.
Em seu voto, o relator da ação, ministro Gilmar Mendes, considerou que “a obra 'Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo' não incita violência contra grupos religiosos, mas constitui mera crítica, realizada por meio de sátira, a elementos caros ao Cristianismo”.
“Por mais questionável que possa vir a ser a qualidade desta produção artística, não identifico em seu conteúdo fundamento que justifique qualquer tipo de ingerência estatal”, declarou.
Gilmar Mendes disse ainda que “retirar de circulação material apenas porque seu conteúdo desagrada parcela da população, ainda que majoritária, não encontra fundamento em uma sociedade democrática e pluralista como a brasileira”.
Também os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski votaram para que a da exibição do filme seja mantida.
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Netflix reconhece que especial de Natal do Porta dos Fundos ofende cristãos https://t.co/JJkSkuzKLM
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Religiosa vence MasterChef Brasil e dedica vitória aos missionários
SÃO PAULO, 04/11/2020 (ACI).- Irmã Lorayne Caroline Tinti foi a vencedora do 17º episódio do MasterChef Brasil 2020, nesta semana, e dedicou sua vitória aos missionários, bem como aos jovens com os quais realiza um trabalho social.
Neste ano, o reality show de culinária chega à sua 7ª temporada com um formato diferente devido à pandemia. Assim, a cada semana, há a disputa entre oito participantes e um vencedor por programa.
Vencedora desta semana, a religiosa de 33 anos pertence à Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Ressurreição, em Catanduva (SP), há 15 anos. Conquistou o troféu após preparar dois pratos que nunca tinha cozinhado, um tiramisù e um estrogonofe de camarão.
“Eu já tinha comido o tiramisù, fui apresentada a ele no ano passado, mas não tinha memória de como ele era. Rafaela me ajudou com a receita e pedi a intercessão de todos os santos (...). Era Deus me falando pega isso, pega aquilo e assim eu fiz”, contou Ir. Lorayne ao site do programa.
Já na preparação do estrogonofe, a religiosa disse que teve uma “surpresa” quando o jurado Jacquin foi à sua bancada e encontrou “um camarão sujo”. “Foi aí que refiz a limpeza de todos os outros. Ele veio do céu para me ajudar naquele momento”, comentou.
Ir. Lorayne contou que começou a cozinhar com sua avó, quando tinha “uns 9 ou 10 anos”. “Minha mãe e tia também sempre cozinharam. Os almoços de domingo eram festivos e caprichados em casa”, recordou.
Mas, foi no convento que aprimorou este dom, quando passou a cozinhar para cerca de 20 religiosas. “As atividades e tarefas domésticas são todas divididas, inclusive o preparo das refeições. Galinhada, lasanha, creme de milho e frango com molho são os pratos mais famosos. Foi lá, também, que acabei conhecendo os alimentos mais requintados, como alho-poró e camarão”.
Testemunho de vida religiosa na TV
Ir. Lorayne decidiu ingressar no convento ainda na adolescência. Como recordou, passou a ter mais contato com as religiosas na escola. “Elas eram muito presentes ali e aquilo foi crescendo dentro de mim como uma sementinha. Eu sempre achei a vida delas muito legal”, disse.
E foi aos 17 anos, quando cursava o terceiro ano do Ensino Médio que Lorayne ouviu seu chamado vocacional. “Apesar de gostar, eu, até então, nunca tinha pensado em ser religiosa. Mas, quando uma irmã recém-chegada me convidou para um encontro vocacional, me apaixonei. Senti muita paz e tranquilidade naquele encontro”, recordou a jovem religiosa, que professou seus votos aos 24 anos.
Para Ir. Lorayne, participar do programa de TV é também um testemunho. “Como as pessoas não nos conhecem, muitos acham que só temos proibições, mas também estamos passando por transformações e mudanças. A vida religiosa pode, sim, estar em todos os lugares; a junção de gastronomia com a igreja é muito real”, indicou, ao destacar que “nas passagens bíblicas, Jesus compartilhou o pão, foi a casamentos”.
“Estar no MasterChef é mostrar que a gente também come, cozinha e está inserida no contexto tecnológico”, completou.
Ao receber o troféu de vencedora do MasterChef, Ir. Lorayne disse ter consigo muitas pessoas, “cada uma das mulheres que já passaram pela minha vida e também todos os trabalhos que já realizei e pude conhecer, muitas pessoas, muitas culturas”.
“Então, todos os missionários, todos aqueles que fazem o bem estão aqui comigo, aqueles que têm amor pela culinária. Nós temos um trabalho social e neste trabalho social, nós tentamos ensinar as crianças e adolescentes de que, sim, a gastronomia é um caminho para você ter dignidade para o resto da vida, para isso ser um trabalho, mas um trabalho com amor”, concluiu.
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— ACI Digital (@acidigital) September 16, 2017