Hoje é celebrado São Martinho de Lima, o santo da vassoura
REDAÇÃO CENTRAL, 03/11/2020 (ACI).- “Eu te medico, Deus te cura”, costumava dizer São Martinho de Lima (ou São Martinho de Porres), o santo da vassoura e padroeiro dos barbeiros, dos grandes senhores e homens simples que acodem a ele em busca de sua ajuda. Sua festa é celebrada neste dia 3 de novembro.
São Martinho nasceu em Lima, em 1579. Desde a infância, sentiu a predileção pelos enfermos e os pobres. Aprendeu o ofício de barbeiro e algo sobre medicina. Aos 15 anos, pediu para ser admitido como terciário no convento dos Dominicanos.
Em seu serviço como enfermeiro, não fazia diferença entre pobres e aqueles que tinham mais, embora tivesse que passar por experiências de incompreensão e inveja. Em 1603, fez a profissão religiosa.
Com a ajuda de Deus, realizava alguns milagres de curas instantâneas ou, em algumas ocasiões, bastava a sua presença para que os doentes terminais começassem a se recuperar. Alguns o viram entrar e sair de recintos com as portas fechadas, enquanto outros asseguram tê-lo visto em dois lugares diferentes ao mesmo tempo.
Era tão grande o carinho e a admiração que tinham pelo humilde Frei Martinho, que até o vice-rei daquela época foi visitá-lo no seu leito de morte para beijar sua mão. Partiu para a Casa do Pai em 3 de novembro de 1639, beijando o crucifixo com grande alegria.
São Martinho é recordado com a vassoura, que é o símbolo de seu humilde serviço. Por isso, São João XXIII, ao canonizá-lo em 1962, disse: “Que o exemplo de Martinho ensine a muitos como é feliz e maravilhoso seguir os passos e obedecer aos mandamentos divinos de Cristo!”.
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Como desfazer-se adequadamente de objetos abençoados que estão quebrados?
REDAÇÃO CENTRAL, 03/11/2020 (ACI).- Ao longo do tempo, muitos objetos religiosos que foram abençoados por um sacerdote podem quebrar devido ao uso. Entretanto, todos os católicos devem ser reverentes ao desfazer-se deles de maneira adequada.
O Grupo ACI explica o que se deve fazer com as imagens, terços, crucifixos, ramos de palmeiras ou outros objetos abençoados que, de acordo com o número 1171 do Código de Direito Canônico, devem ser tratados “com reverência e não se votem ao uso profano ou a outro uso não próprio, ainda que estejam sob o domínio de particulares”.
Caso os objetos não possam ser reparados, a tradição assinala que devem ser queimados ou enterrados. Se um objeto for queimado, as cinzas também devem ser enterradas.
A tradição de devolver os objetos abençoados a terra, vem da ideia de que um objeto abençoado em nome de Deus deve voltar para Deus, da mesma maneira que uma pessoa é enterrada.
Em 1874, a Sagrada Congregação para os Ritos e o Santo Ofício emitiu determinações formais sobre quais são os métodos para eliminar adequadamente os objetos abençoados.
Qualquer pano de linho, vestuário ou panos do altar devem ser queimados e as cinzas enterradas. A água benta em excesso ou contaminada deve ser vertida diretamente no solo. Os ramos devem ser queimados e as cinzas são utilizadas na quarta-feira de cinzas. Do mesmo modo, um terço ou uma imagem devem ser enterrados.
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Com seu amor, Cristo vence o ódio e a morte, diz Bispo de Nice na Missa após o atentado
PARIS, 03/11/2020 (ACI).- Na Missa que presidiu no domingo, 1º de novembro, Solenidade de Todos os Santos, na qual rezou pelas três vítimas do atentado ocorrido na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, o Bispo de Nice, Dom André Marceau, disse que com seu amor, Cristo vence o ódio e a morte, "e todas as formas de morte".
Segundo informa a Diocese de Nice, antes da Missa o Prelado presidiu um rito penitencial e de reparação, algo "essencial para retomar as celebrações religiosas" ali onde ocorreu "uma ação gravemente injuriosa como é um homicídio cometido em uma igreja".
A Missa e o ato de reparação foram os primeiros atos litúrgicos na catedral após o atentado terrorista de 29 de outubro no qual foram assassinados Vincent Loques, sacristão de 55 anos e pai de família; Nadine Devillers, de 60 anos; e Simone Barreto Silva, uma mãe brasileira de 44 anos.
Durante o rito de cerca de 40 minutos que se iniciou no átrio da Catedral, onde estiveram presentes um grande número de fiéis que manifestaram a sua solidariedade para com os falecidos, Dom Marceau abençoou o altar, as paredes e os fiéis presentes.
“Esta noite, vamos ousar viver o sinal da água, do nosso batismo. É o sinal da conversão, da imersão no coração do mistério do Deus de amor”, disse o Prelado.
O rito foi realizado com pouca luz e depois disso todas as luzes foram acesas e os bispos presentes, além de Dom Marceau, trocaram as vestes litúrgicas roxas, da cor penitencial, pelo branco da Solenidade de Todos os Santos.
Na homilia, o Bispo de Nice explicou a importância de sermos santos no mundo de hoje, de sermos “portadores de Cristo, dando testemunho d’Ele”.
“Este é o horizonte que os santos viveram em todas as circunstâncias e que somos chamados a viver nas nossas: circunstâncias dramáticas que nos abençoam e nos questionam, circunstâncias que vamos superar de uma forma ou de outra”.
O Prelado disse ainda que “neste mundo tão explosivo, com os sentimentos confusos, reconhecemos a nossa frágil condição humana” e nos encorajou a viver as Bem-aventuranças como “modo de vida” para “nos abrirmos à transcendência de um Deus que nos ama, de Cristo que com seu amor venceu a morte e todas as formas de morte”.
Cristo, continuou o Bispo, “dá-nos a sua paz, não como o mundo, mas a de Deus, que pode pacificar os corações para ser mais fortes do que o mal, do que as trevas do coração do homem” e assim vencer “a escalada de ódio e de violência”.
“Recordemos que três de nossos amigos, aqui mesmo neste lugar, se encontraram com Ele (Cristo) e deixaram suas vidas”, concluiu.
Antes de terminar a Missa, o Bispo de Nice agradeceu aos bispos presentes de Mônaco e Marselha, que assim expressaram sua solidariedade, e também às autoridades civis e policiais, "presentes aqui desde o primeiro momento para servir".
Dirigindo-se à Mãe de Deus, o Prelado ressaltou que “a Basílica tem o título de Nossa Senhora. Vamos dirigir-nos a Maria, aos pés da cruz (...) Que ela nos receba e possamos confiar-lhe as nossas dores e sofrimentos”.
“Levamos as famílias de Simone, Nadine e Vincent em nossos corações. Maria, que recebeu o Cristo morto em seus braços, acolhe-nos agora a nós e às suas famílias”, concluiu o Bispo de Nice.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Faleceu Andrew Walther, presidente da EWTN News
Connecticut, 03/11/2020 (ACI).- Andrew Thomas Walther, presidente e diretor de operações da EWTN News, morreu na noite de domingo em New Haven, Connecticut, Estados Unidos. Recordado como um esposo e pai amoroso, em sua vida profissional se dedicou a servir a Igreja Católica e a defender as minorias religiosas perseguidas em todo o mundo. Walther tinha 45 anos.
Em junho, Walther ingressou na EWTN News como presidente e diretor de operações. Pouco depois, foi diagnosticado com leucemia. Durante o tratamento, Walther continuou liderando a equipe da EWTN News e servindo tanto a sua família como a Igreja.
“A morte de Andrew Walther é uma fonte de grande tristeza para todos nós da EWTN e para mim pessoalmente. Embora Andrew só estivesse em sua função de presidente e diretor de operações da EWTN News desde junho, já havia conquistado muito. Também foi um amigo e colaborador por muitos anos antes de entrar para a rede. Sua morte é uma grande perda para todos os que o conheceram, para a EWTN e para a Igreja”, relembrou Michael Warsaw, Presidente do Diretório e diretor executivo da EWTN, em 2 de novembro.
Dedicado durante muito tempo à causa de canonização do Pe. Michael McGivney, fundador dos Cavaleiros de Colombo, Walther morreu no dia seguinte à beatificação do sacerdote. Pouco antes de falecer, venerou uma relíquia do Pe. McGivney e cantou um hino de ação de graças à Santíssima Virgem Maria.
De 2005 a 2020, Walther trabalhou para os Cavaleiros de Colombo, onde foi Vice-presidente de Comunicações e Planejamento Estratégico. Nesse cargo, serviu como assessor do Cavaleiro Supremo Carl Anderson, enquanto supervisionava várias iniciativas para a organização fraterna católica, incluindo uma campanha de resposta à pandemia no início deste ano e outros projetos de resposta a crises.
Assumindo papéis de liderança nos meios de comunicação e defendendo a liberdade religiosa, Walther também supervisionou a publicação de livros e pesquisas dos Cavaleiros, que incluíram vários bestsellers do New York Times. Junto com sua esposa Maureen, ele foi coautor de "Cavaleiros de Colombo: Uma história ilustrada", um livro publicado este ano.
O trabalho de Walther em favor dos cristãos do Oriente Médio é especialmente notável e estava particularmente próximo de seu coração.
Desempenhou um papel essencial no esforço dos Cavaleiros de Colombo para ajudar os cristãos perseguidos e refugiados, por meio de um fundo que distribuiu mais de 20 milhões de dólares em ajuda, especialmente na Síria, Iraque e região circunvizinha. O mesmo esforço foi oferecido aos cristãos para reconstruir suas vidas, igrejas e até mesmo cidades destruídas pelo Estado Islâmico (ISIS), incluindo apoio para reconstruir completamente a cidade iraquiana de Karamles na planície de Nínive.
O trabalho de Walther na região foi amplamente elogiado por bispos e outros líderes cristãos em todo o Oriente Médio.
Nasceu em 30 de novembro de 1974, na Califórnia, e foi católico por toda a vida. Walther obteve graduação e pós-graduação em Clássicos na Universidade do Sul da California, onde ensinou redação por vários anos e foi reconhecido com o Prêmio de Excelência em Ensino da universidade.
Walther começou sua carreira como jornalista católico escrevendo para o National Catholic Register há duas décadas.
“Era um homem de profunda fé e dons extraordinários que sempre usava seus talentos para servir ao próximo. Deixa um legado tremendo que inclui anos de serviço à Igreja, à causa dos cristãos perseguidos em todo o mundo e à construção da cultura da vida. Meus pensamentos e orações vão para sua esposa Maureen e seus quatro filhos pequenos. Era um homem incrível e um amigo maravilhoso de quem terei muita saudade. O fato de sua morte ter ocorrido na solenidade de Todos os Santos é um grande consolo para todos nós”, lembrou Warsaw.
Os amigos dizem que foi a sua família o que mais alegrou a vida de Walther. Walther e sua esposa Maureen se casaram em 2010 e são pais de quatro filhos.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Andrew Walther é nomeado presidente da EWTN News https://t.co/e98iwq263y
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Paróquia sofre ato de vandalismo e tentativa de profanação
PETRÓPOLIS, 03/11/2020 (ACI).- A igreja matriz da Paróquia São Judas Tadeu, em Petrópolis (RJ), sofreu um ato de vandalismo e tentativa de profanação ao Santíssimo Sacramento na tarde de sábado, 31 de outubro, motivo pelo qual dedicou este domingo à rezar em desagravo ao ocorrido.
Segundo informado através de nota na página de Facebook da Paróquia, no ato de profanação, “tentaram arrancar o sacrário, mas não conseguiram”, além disso, ressalta que “também não conseguiram abrir o mesmo” e “nenhuma hóstia consagrada foi levada”.
A Paróquia São Judas Tadeu, na Mosela, informa que sua Matriz paroquial sofreu um ato de vandalismo e tentativa de...
Publicado por Paróquia São Judas Tadeu - Mosela em Domingo, 1 de novembro de 2020
Entretanto, “foram roubados o conopeu [véu que cobre o sacrário] e uma vela”. No ato, também arrancaram a cruz que fica no altar e a deixaram no chão da igreja.
De acordo com a Paróquia, esta não foi a primeira vez que aconteceu algo deste tipo, pois “há algumas semanas um dos cofres de coleta das ofertas foi aberto e o seu conteúdo levado”.
“Por meio do administrador paroquial, Padre Lucas Thadeu, a paróquia convida todos a fazerem uma oração de reparação ao Santíssimo Sacramento”, acrescenta a nota.
Neste sentido, “em todas as Missas deste domingo, Solenidade de Todos os Santos”, foi realizada a “adoração ao Santíssimo Sacramento e oração em desagravo”.
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente, e ofereço-vos o preciosíssimo corpo, sangue,...
Publicado por Paróquia São Judas Tadeu - Mosela em Domingo, 1 de novembro de 2020
Durante a Missa, ao comunicar aos fiéis sobre o ocorrido, o administrador paroquial contou que ele se deparou com o fato ao ingressar na igreja por volta das 17h para buscar um paramento.
Pe. Lucas Thadeu lamentou o ocorrido e ressaltou que se trata de um caso que gera “muita dor”. Por isso, exortou todos a rezarem “pela conversão de quem cometeu este ato e também em reparação por esta profanação e por todas as vezes que também nós não honramos o Senhor”.
Durante a Adoração, o sacerdote pediu ainda para que “esta seja uma comunidade eucarística, que ama cada dia mais e tenha a Eucaristia como o centro de sua vida”.
Confira também:
Destroem sacrário e queimam imagem da Virgem em paróquia no Paraguai https://t.co/NCPWT0NkJ7
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Áustria: Polícia não descarta que tiroteio em Viena seja ataque terrorista
VIENA, 03/11/2020 (ACI).- Na noite desta segunda-feira, 2 de novembro, ocorreu uma troca de tiros entre policiais e assaltantes não identificados em Viena, depois de vários dias de ataques e manifestações aparentemente islamistas contra católicos e igrejas católicas na Áustria.
Os tiroteios ocorreram perto de Stadttempel, a principal sinagoga de Viena, embora a polícia não tenha informado se a sinagoga foi alvo de uma tentativa de ataque terrorista.
O Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schonborn, disse em seu Twitter que “nestas horas dramáticas, eu rezo com tantos outros, acompanhando os trágicos acontecimentos nos meios de comunicação enquanto ocorrem no coração da cidade, pelas vítimas, pelo pessoal de emergência, e para que não haja mais derramamento de sangue”.
A polícia vienense relatou feridos em meio a vários tiroteios no anel interior da capital austríaca e instruiu os moradores a evitarem a área.
Além disso, indicou que os disparos começaram às 20h e foram cometidos por vários agressores com fuzis. Existem seis diferentes cenas de crime, diz a polícia, e pelo menos uma pessoa morreu. Um policial ficou gravemente ferido e um criminoso foi morto pela polícia.
Os meios austríacos informaram sobre um dispositivo explosivo aparentemente detonado perto da sinagoga.
Por sua vez, o ministro do Interior da Áustria, Karl Nehammer, disse que o que aconteceu foi um "aparente ataque terrorista". "Infelizmente também há vários feridos, provavelmente mortos", assinalou.
No entanto, para o chanceler austríaco Sebastian Kurz, foi um "ataque terrorista repulsivo". A BBC informou que uma operação de segurança em grande escala está em andamento enquanto a polícia persegue os atacantes.
Além disso, um afegão de 19 anos foi preso na segunda-feira e confessou ter batido no rosto de uma religiosa de 76 anos. O incidente ocorreu na tarde de sábado, durante uma viagem de ônibus na cidade austríaca de Graz.
Além disso, entre 30 e 50 jovens atacaram uma igreja em Viena-Favoriten na noite de quinta-feira. De acordo com vários relatos dos meios de comunicação, os agressores eram jovens turcos. O grupo invadiu a igreja de St. Anton em Favoriten, gritando "Allahu Akbar" (Alá é grande) e chutando bancos e outros móveis da igreja.
A Arquidiocese de Viena condenou o ataque e pediu um "esclarecimento rápido" e "consequências".
O Escritório Estatal de Viena para a Proteção da Constituição e a Luta contra o Terrorismo recebeu material de vídeo do vigário da igreja, que atualmente está sendo avaliado.
Esses incidentes causaram agitação na Áustria, após o ataque terrorista da semana passada na Catedral de Nice, na França, onde o agressor gritou "Alá é grande!" antes de matar três pessoas.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Líder católico explica por que extremistas muçulmanos atacam a França
PARIS, 03/11/2020 (ACI).- Após o atentado ocorrido à Catedral de Nossa Senhora da Assunção em Nice, Denis Jordan, vice-presidente da iniciativa juvenil Protège ton Église (Protege tua Igreja), garantiu que extremistas muçulmanos estão atacando a França porque esta é "a filha mais velha da Igreja".
“A França é um símbolo. A França é a filha mais velha da Igreja. É a nação com um rei santo que liderou as cruzadas (essas palavras específicas estão em uma comunicação de 25 de outubro de Thabat, a agência não oficial da Al Qaeda)”, explicou Jordan à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em 1º de novembro, após o ataque de 29 de outubro no qual três pessoas foram assassinadas.
Naquela manhã, um homem armado com uma faca entrou na Basílica de Nossa Senhora da Assunção de Nice, gritou "Allah Akbar" (Alá é grande) e matou três pessoas.
Jordan disse à ACI Prensa que a França "é considerada por um importante autor islâmico, Abou Moussah Al Souri, como a porta para a conquista da Europa". Este muçulmano “é conhecido por ser o ideólogo da 'terceira jihad (guerra santa muçulmana)' que vê a Europa como o primeiro lugar a atacar, especialmente a França, pelas guerras no Afeganistão e outros, e assim aumentar a islamofobia e dar aos muçulmanos uma razão para se unirem contra o Ocidente”.
“Essa retórica também foi usada por Ayman Al-Zawahiri, atual líder da Al Qaeda). Isso está escrito”, acrescentou Jordan.
O vice-presidente de “Protege a tua Igreja” disse que outro motivo para os ataques muçulmanos contra a França se encontra no Alcorão, exatamente na surata 9, versículo 36.
Esta passagem do livro sagrado islâmico indica que “o número de meses, para Alá, é doze. Foram inscritos na Escritura de Alá no dia em que criou os céus e a terra. Quatro deles são sagrados: Essa é a verdadeira religião. Não sejais injustos com vós mesmos não respeitando-os! E combatei unanimemente os idólatras, tal como vos combatem; e sabei que Alá está com os que o temem”.
Denis Jordan disse à ACI Prensa que “os muçulmanos acreditam que os cristãos são politeístas por causa da Santíssima Trindade. A explicação dos ataques é simples, está escrita em preto e branco numa folha de papel”.
Jordan disse que embora não tenham planejado nenhum evento em relação aos recentes ataques na França, certamente "apoiam as muitas manifestações de solidariedade e rezam pelas vítimas".
Quando questionado sobre o que pensa do atentado em Nice, o jovem católico disse que “este trágico acontecimento é um entre muitos outros que estão se tornando parte da vida cotidiana na França. Não há nada para 'pensar' exatamente sobre este evento, mas devemos considerá-lo para o futuro. O mais difícil é não entender, mas admitir”.
“Protège ton Église” (Protege tua Igreja) é uma iniciativa de um grupo de jovens na França que surgiu entre março e abril de 2019 em face da onda de ataques a templos católicos e lugares sagrados.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa Francisco expressa sua dor por atentado em Viena
Vaticano, 03/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco manifestou sua dor pelo atentado em Viena, na Áustria, na noite de segunda-feira, 2 de novembro, que deixou um balanço provisório de quatro mortos e dezessete feridos; além disso, fez um chamado pelo fim da violência.
Por meio de uma publicação em seu Twitter, o Santo Padre afirmou: “Expresso dor e consternação pelo ataque terrorista em Viena e rezo pelas vítimas e seus familiares. Chega de violência! Construamos juntos paz e fraternidade. Só o amor apaga o ódio”.
O Pontífice também enviou um telegrama ao Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, expressando sua “dor pelas vítimas e sua proximidade às famílias que perderam seus entes queridos”.
No telegrama, assinado pelo Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, o Papa Francisco confia as vítimas “à misericórdia de Deus” e implora “ao Senhor que a violência e o ódio cessem e que seja promovida a coexistência pacífica”.
O atentado em Viena começou por voltadas 20h (hora local), quando os primeiros tiros foram ouvidos perto da sinagoga de Staddttempel. Em seguida, outras cinco áreas foram atingidas. Até o momento, foram registradas quatro mortes.
Um dos agressores, identificado como simpatizante do Estado Islâmico, também morreu. Trata-se de um homem de 20 anos, com cidadania da Áustria e da Macedônia do Norte, que já era conhecido dos serviços de segurança por ser um dos austríacos que tentaram ir para a Síria se aliar aos jihadistas. Ele tinha saído da prisão há um ano.
O ministro do Interior da Áustria, Karl Nehammer, disse que o que aconteceu foi um "aparente ataque terrorista".
Por sua vez, o chanceler austríaco Sebastian Kurz classificou como um "ataque terrorista repulsivo". A BBC informou que uma operação de segurança em grande escala está em andamento enquanto a polícia persegue os atacantes.
O Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schonborn, disse em seu Twitter que “nestas horas dramáticas, rezo com tantos outros, acompanhando os trágicos acontecimentos nos meios de comunicação enquanto ocorrem no coração da cidade, pelas vítimas, pelo pessoal de emergência, e para que não haja mais derramamento de sangue”.
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Sacerdote critica invasão à Catedral para fotos que atacam sacralidade do matrimônio
SÃO PAULO, 03/11/2020 (ACI).- O pároco da Catedral de São Sebastião, em Ribeirão Preto (SP), Padre Francisco Jaber Zanardo Moussa, criticou a invasão ao templo para a realização de fotografias que “distorcendo o verdadeiro sentido e a sacralidade da união matrimonial e da família”.
As fotografias de mulheres vestidas de noiva deitadas no piso em frente ao altar com um homem são, de acordo com o site ‘Acidade ON’, de artistas do coletivo Pippas e fazem parte de uma performance intitulada “Até que a vida nos separe”.
Em uma página de Facebook do coletivo pipas, na qual só foram publicadas até o momento as fotos deste ensaio, afirmam que esta “performance representa, através de seis mulheres vestidas de noiva , o ciclo da violência doméstica: aumento da tensão, ato de violência, que pode culminar na morte e arrependimento do agressor”.
Em uma nota publicada no Facebook da Catedral, Pe. Francisco Moussa declarou que “a Igreja também respeita a liberdade de expressão e as manifestações da arte”. Entretanto, informou que na semana passada, “um grupo de artistas da cidade Ribeirão Preto, entrou no interior da Catedral e fez algumas fotos distorcendo o verdadeiro sentido e a sacralidade da união matrimonial e da família”.
Segundo o pároco, “esses artistas não tiveram e nem se quer pediram a autorização da igreja ou do seu responsável” para a realização destas fotos.
Além disso, o sacerdote afirmou o repúdio a “qualquer ato de violência ou opressão contra a mulher e a família” e assinalou que “a Igreja está sempre a favor da vida e do amor e tem o Sacramento do Matrimônio como um tesouro sagrado, um ambiente fecundo de liberdade e vocação ao amor”.
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Publicam testemunhos de religiosas que teriam sofrido abusos do fundador de Schoenstatt
BERLIM, 03/11/2020 (ACI).- O vaticanista italiano Sandro Magister publicou nesta segunda-feira, 2 de novembro, uma carta da historiadora Alexandra Von Teuffenbach na qual apresenta testemunhos das religiosas que sofreram abusos psicológicos e sexuais do Pe. José Kentenich, fundador do movimento Schoensttat.
A carta desta segunda-feira se junta a outras notas publicadas por Magister em seu blog "Settimo Cielo" desde 2 de julho, sobre as acusações contra o Pe. Kentenich, e que receberam várias respostas dos líderes de Schoenstatt; primeiro rejeitando as acusações e depois apelando a uma investigação histórica profunda. Houve também um pedido de perdão.
Alexandra Von Teuffenbach informa que escreveu dois livros sobre o assunto, o primeiro trata principalmente da vida da Irmã Giorgia Wagner (1905-1987), e o segundo se refere à visita apostólica realizada pelo Vaticano a Schoenstatt em 1951.
“O fundador enviou muito jovem a Irmã Giorgia, ou Giorgina como foi chamada em 1962, ao Chile para divulgar sua obra, o que ela fez com grande sucesso. Mas, depois da Segunda Guerra Mundial, em 1947, o Pe. Kentenich visitou o Chile, abusou dela e a demitiu do cargo de superiora provincial”, afirma Von Teuffenbach no texto publicado ontem por Magister.
“Muitos meses depois, em uma carta desgarradora, a irmã Giorgia descreveu à Superiora Geral, mais do que o abuso, os efeitos que isso teve sobre ela. Relatou-lhe que havia tentado se opor aos abusos do Padre Kentenich, que lhe dizia: 'O' Vater 'pode fazer isso!’” (Em alemão, para indicar um religioso se utiliza a palavra ‘Pater’, mas Kentenich pedia que o chamassem de ‘Vater’, como um pai de família). Este também é o título do livro: ‘Vater darf das!’.
A religiosa escreveu que “a rejeição e o medo do Padre Kentenich aumentaram dentro de mim [...] e percebi que somos todos escravos dele e que ninguém é completamente livre com ele. Algumas irmãs me fizeram comentários sobre quando estamos com o Padre Kentenich e quando estamos totalmente sob sua magia e poder. Por que ele nos trata assim? [...] Por que prega a mais bela virgindade, tanto espiritual quanto física, e se permite fazer tudo conosco?”.
“Querida irmã Anna, [...] só podemos falar com ele de joelhos. Ele agarra nossas mãos e nos atrai para ele. Fez isso várias vezes comigo. Assim, tocamos o seu corpo. Quando fez isso pela primeira vez, quando nos cumprimentamos, quando eu estava sozinha com ele, fiquei preocupada, mas não ousei dizer nada a ele. Mas quando estive de novo com ele, perguntei-lhe se isso não era contrário ao nosso espírito de castidade”.
“Querida irmã Anna, posso dizer-lhe com a maior sinceridade que nisso eu nunca fiz nada de que pudessem me acusar, mas agora duvido da pureza de todos. Será porque o Pe. Kentenich é também um homem? Ou tudo nele é sobrenatural? Ou como deveria compreendê-lo?”, prossegue a carta.
A historiadora afirma que, quando soube da carta da religiosa, “o padre Kentenich não negou nada, mas definiu publicamente a irmã Giorgia como 'possuída' e a intimou a se retratar. Em seguida, definiu-a como uma doente com gota, tireoide, menopausa. A última acusação que dirigiu a ela é que era uma doente psiquiátrica”.
“Sucessivamente, sobretudo por obra de outros religiosos palotinos próximos de Kentenich, esta mulher e o seu confessor (que lhe sugeriu escrever a Roma) foram criminalizados, insinuando a existência de uma relação ilícita entre eles”, continua.
Irmã Giorgia, indicou a historiadora, “suportou a vida naquela comunidade por mais treze anos e, como todas aquelas que se opunham aos abusos do Padre Kentenich, isolavam-na. O então bispo de Trier falou depois de um verdadeiro martírio para essas religiosas”.
Alexandra Von Teuffenbach disse que o livro também "contém testemunhos juramentados enviados à diocese de Trier entre 1975 e 1990 e as cartas de numerosas religiosas que descrevem abusos físicos e sexuais, mas sobretudo psíquicos e espirituais".
“Entre estas está o testemunho da irmã Gregoria, em uma nota manuscrita escrita em terceira pessoa, porque a religiosa, trinta anos depois, ainda não conseguiu superar o que aconteceu com ela. A irmã de comunidade, Ir. Mariosa, que acolheu sua confissão, assim como uma professora da Universidade de Vallendar, confirmam sua autenticidade”, destaca.
Segundo a historiadora, uma religiosa foi até o Pe. Kentenich para se acusar, afirmando que havia cometido um pecado. Ela "teve que se ajoelhar diante dele e pedir-lhe um castigo". Kentenich queria "que ela se recostasse em uma cadeira para poder bater nela". Mas primeiramente, segundo a historiadora, perguntou insistentemente se a freira não queria abrir os botões do seu hábito.
"Com grande angústia, a religiosa terminou por recostar-se sobre a cadeira", afirma a autora.
Outra religiosa escreveu que “o Padre Kentenich muitas vezes humilhava algumas das irmãs durante suas conferências. Não imaginava que poderia fazer algo assim. Em uma conferência, disse algo assim: 'O pai (referindo-se a si mesmo) feriu a filha. Seu coração sangra. Mas o pai pode fazer isso. O pai é tudo. A filha não é nada. O pai é, para a filha, Deus. O pai sabe tudo. O pai pode e deve saber tudo. Tenha cuidado ao esconder algo do pai. Da porta do céu ele a faz voltar'. Ele sempre falou assim em público ou de maneira semelhante.
“É um absurdo que a diocese de Trier, com seu atual bispo Stephan Ackermann - também responsável pelas acusações de abusos sexuais por parte da Conferência Episcopal Alemã -, não ponha fim à intenção do movimento de Schönstatt de levar às honras do altares e, portanto, como modelo de santidade que todo cristão deveria imitar, um homem como o Padre Kentenich”, conclui Von Teuffenbach.
As acusações contra o Pe. Kentenich
Em 2 de julho, von Teuffenbach publicou uma reportagem no blog Settimo Cielo e no jornal alemão Die Tagespost sobre as denúncias de abusos de poder e sexual contra o Pe. Kentenich datadas de meados do século XX.
Von Teuffenbach referiu-se à documentação disponível nos documentos recentemente abertos do pontificado de Pio XII no Arquivo Apostólico do Vaticano e às conclusões do teólogo jesuíta Sebastiaan Tromp, que fez uma visita apostólica à Família de Schoenstatt a pedido da Santa Sé.
Em seu relatório, a especialista em história da Igreja apresentou supostos diálogos de conteúdo sexual ocorridos entre o Pe. Kentenich e membros do Instituto das Irmãs de Maria de Schoenstatt antes da visita apostólica do Pe. Tromp. Também assinalou a existência de pelo menos uma carta denunciando "abusos sexuais" e disse que outras cartas com conteúdo semelhante teriam sido rejeitadas pela então madre geral da instituição religiosa na Alemanha.
As denúncias teriam levado a que em 1951 o Pe. Kentenich fosse enviado aos Estado Unidos e separado de sua fundação, em um período que a instituição conhece como exílio.
Somente em 1965, três anos antes de sua morte, o Vaticano permitiu que o sacerdote voltasse à Alemanha e se encontrasse com a Família de Schoenstatt.
Em 3 de julho de 2020, Pe. Patrcio Moore, porta-voz do Instituto dos Padres de Schoenstatt no Chile, pediu desculpas pela instituição religiosa e deu uma explicação sobre a história e o contexto das denúncias.
“Acho que nós ou eu não estivemos à altura de divulgar uma série de coisas que deveríamos ter divulgado no momento oportuno” e “Não estivemos à altura de realmente entregar tudo o que sabíamos, especialmente pensando que todas as pessoas que participaram dessa história já haviam morrido", disse o sacerdote.
No dia 7 de julho, Dom Stephan Ackermann, Bispo de Trier (Alemanha), anunciou a criação de uma nova comissão de historiadores para analisar a causa de beatificação do Pe. Kentenich.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Cardeal Piacenza comemora 70 anos da proclamação do dogma da Assunção de Maria
Roma, 03/11/2020 (ACI).- O Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário-Mor do Vaticano, celebrou uma Missa solene por ocasião do 70º aniversário da proclamação do dogma da Assunção da Virgem Maria.
A Eucaristia foi celebrada no domingo, 1º de novembro, Solenidade de Todos os Santos, na gruta Tre Fontane, em Roma, às 12h (horário local).
Em sua homilia, o Cardeal recordou que o Papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção em 1º de novembro de 1950, depois de ter escutado o Colégio Episcopal e a piedade dos fiéis, expressão de seu sensus fidei.
“A Assunção nos lembra, entre outras coisas, que também nós temos uma união com Cristo, fomos batizados e com isso também nos tornamos filhos de Deus, embora adotivos, nosso corpo tornou-se templo do Espírito Santo e continua sendo até o fim da vida, para esperar na Ressurreição”, assinalou o Cardeal Piacenza.
Neste sentido, o Penitenciário-Mor do Vaticano destacou que na Solenidade de Todos os Santos e no Dia dos Fiéis Defuntos é possível olhar para “o ponto de chegada da Assunção da Virgem: este ponto é o outro mundo! Nós, ainda peregrinos, estamos constantemente à margem deste outro mundo e se a nossa vida fluir sem a percepção desta proximidade corre o risco de se tornar uma vida vazia, uma vida sem propósito”.
Portanto, o Cardeal Piacenza disse que olhar para o ponto de chegada da Assunção, olhar para o outro mundo, “deveria ser um pensamento habitual para nós” porque “está próximo; tudo depende disso e, se queremos ser sábios, devemos sentir-nos à margem deste outro mundo: é o chamado da Assunção. O outro mundo!".
Nesse sentido, o Purpurado perguntou: “De onde vêm os momentos em que nossa consciência nos fala? Do outro mundo. Mas há mais. Quem vive da oração e entra nela progressivamente com paciência, a ponto de experimentá-la, chega a uma oração de quietude na qual só Deus atua diretamente, de onde vem essa experiência? Do outro mundo. E os milagres que Deus realiza todos os dias aqui e ali, de onde vêm? Do outro mundo. E tudo o que nos espera, em cuja esperança vivemos e em cuja expectativa podemos alegrar-nos, mesmo que soframos, de onde vem? Do outro mundo”, alertou.
Por fim, o Cardeal Piacenza exortou “jamais esqueçamos que estamos às portas deste outro mundo. A Santíssima Virgem entrou nela com alma e corpo, única no gênero humano, mas estamos continuamente no limiar” e concluiu “que Deus nos abençoe, a Virgem nos proteja e nos dê o amor de Deus”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) August 15, 2020
Mulher senta em altar de igreja com cerveja na mão para tirar foto
FORTALEZA, 03/11/2020 (ACI).- Uma mulher sentou sobre o altar de uma igreja para tirar uma fotografia com uma cerveja e cigarro na mão; em uma imagem de profanação que gerou indignação nos fiéis.
Segundo o blog ‘Ancoradouro’, o caso ocorreu no último fim de semana, na Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, em Icaraí de Amontada, na Diocese de Itapipoca.
O que está acontecendo? Porque tanta perseguição religiosa? Porque tantos ataques a Igreja Católica? Agora...
Publicado por Felipe de Maria em Terça-feira, 3 de novembro de 2020
Após a repercussão da imagem, informa ‘Ancoradouro’, um clérigo identificou a autora e enviou uma mensagem para ela, assinalando que este ato profano constitui um crime.
“Olá, dona T.A.C.C. Tudo bem com você? Pois bem, visitando seu Instagram, por conta de algumas pessoas terem me mandado o link, percebi sua falta de respeito com a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Navegantes. Não somente para com o templo físico, mas também para com os fiéis deste distrito e de toda a diocese de Itapipoca-CE”, diz a mensagem.
Assinala ainda que a mulher “entrou sem permissão, fez fotos indevidas no altar, desrespeitou um lugar santo, e brincou com a fé das pessoas”.
“Tudo isso é crime! Você está sendo convidada a se retratar imediatamente, pois caso contrário, você responderá criminalmente por este ato de vandalismo e de desrespeito aos lugares sagrados”, acrescenta, citando o artigo 208 do código penal, que prevê detenção até de um ano para atos contra o sentimento religioso.
Nas redes sociais, fiéis criticaram a atitude da mulher. “O que está acontecendo? Porque tanta perseguição religiosa? Porque tantos ataques a Igreja Católica?”, questionou Felipe de Maria.
A mulher identificada como moradora de Sobral (CE), de 23 anos, se apresentava no Instagram como @gatinhoderua_. Entretanto, após a repercussão negativa de sua foto, retirou a mesma do ar e, em seguida, também excluiu o perfil da rede social.
De acordo com ‘Ancoradouro’, será feito um Boletim de Ocorrência sobre o caso por parte da Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes.
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— ACI Digital (@acidigital) November 3, 2020
Libertam menina católica obrigada a converter-se ao islã e a casar-se com um muçulmano
Karachi, 03/11/2020 (ACI).- A jovem católica paquistanesa de 13 anos, Arzoo Raja, sequestrada e forçada a se converter ao islamismo e a se casar com um homem de 44 anos, foi libertada pela polícia.
Segundo informou a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre através de um comunicado de imprensa, a menor está agora em um centro de acolhimento por decisão do Tribunal Superior de Sindh, Estado de Karachi.
A Corte, portanto, altera sua sentença anterior na qual validava a conversão e o casamento com seu sequestrador, Ali Azhar, agora detido. O Superior Tribunal de Justiça também decidiu que a menina deve estar presente na audiência de 5 de novembro, medida que não foi cumprida na audiência em que sua conversão e seu casamento foram aceitos como legais.
Segundo explica o comunicado da Ajuda à Igreja que Sofre, organização que cobre as despesas de defesa da menina, “a libertação de Arzoo não significa que o processo judicial finalmente tenha terminado”.
“Ainda é preciso verificar quais serão as próximas decisões do tribunal competente, contando com a aplicação da Lei do Casamento Infantil que estabelece que os casamentos com menores são ilegais”.
Portanto, neste caso como em outros semelhantes, a defesa se baseia na prova da minoria de idade da vítima. Do contrário, não haveria como comprovar a ilegalidade do casamento e da conversão, pois o depoimento da vítima tem pouco valor diante do tribunal se comparado ao depoimento do agressor.
Por isso, a família desde o início mostrou ao Tribunal a certidão de nascimento que comprova que Arzoo tem 13 anos, mas o Tribunal, inicialmente, não considerou o documento e apenas deu credibilidade ao testemunho do sequestrador.
De acordo com a agência Asia News, o sequestro ocorreu no dia 29 de outubro. O sequestrador morava em uma casa perto da casa da família de Arzoo Raja. Nesse mesmo dia, a menina foi forçada a se converter ao Islã e se casar.
A família da menina denunciou o sequestro imediatamente à polícia, mas os sequestradores foram ao Tribunal Superior, que determinou que a conversão ao Islã e o casamento de Arzoo era livre e voluntário.
Além disso, em 27 de outubro foi emitida uma ordem judicial confirmando a sentença com o argumento de que, embora a menina fosse católica, “com o tempo, ela teria entendido que o Islã é uma religião universal e pedido aos seus pais e outros membros do família que abraçassem o Islã, mas eles se recusaram categoricamente”.
Nessa ordem também se pede à polícia "para não fazer nenhuma prisão em relação com a denúncia registrada sob o Artigo 364-A do Código Penal do Paquistão [sobre o sequestro de uma pessoa menor de 14 anos]".
A sentença também determinou que a polícia "protegesse a menina recém-casada".
Este caso gerou uma onda de indignação entre as minorias religiosas no Paquistão. O sequestro de meninas cristãs e hindus para convertê-las ao islamismo e casá-las com homens muçulmanos se repete de forma periódica no Paquistão.
Nos últimos dias, manifestantes de todo o país se reuniram e levantaram suas vozes para denunciar a violência contra as minorias, casamentos forçados e para protestar contra a injustiça cometida contra Arzoo Raja.
No dia 28 de outubro, o Vigário Geral da Arquidiocese de Karachi e chefe da Comissão Diocesana Justiça e Paz, Pe. Saleh Diego, dirigiu um protesto na entrada da Catedral de São Patrício, do qual participaram mais de 300 pessoas entre cristãos, hindus e muçulmanos, afirma a Agência Fides.
O Arcebispo de Karachi, Cardeal Joseph Coutts, pediu justiça no caso Arzoo e exigiu medidas severas para evitar que esses ataques continuem. “Apelamos às autoridades governamentais de Sindh, aos policiais e ao judiciário para que a justiça seja feita com um julgamento justo”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) November 3, 2020
Católico absolvido de blasfêmia vive escondido há quase 20 anos por medo de extremistas islâmicos
LAHORE, 03/11/2020 (ACI).- Shafique Masih é um católico que foi injustamente acusado de blasfêmia e posteriormente absolvido; no entanto, desde que foi libertado vive oculto junto a sua família em uma casa de acolhida da Igreja Católica no Paquistão, por temor aos possíveis abusos por parte dos extremistas islâmicos.
Shafique Masih fue acusado de #blasfemia durante las protestas de 1998 en #Faisalabad #Pakistán. Fue juzgado en 2001 y absuelto. Ahora sigue en la clandestinidad con su familia, en una casa de acogida construida por la Comisión Nacional de Justicia y Paz.https://t.co/ENc7BwfMLP pic.twitter.com/284ImfsTmk
— ACN International (@acn_int_es) October 29, 2020
Segundo a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Shafique Masih é um pai católico de três filhos e quatro filhas que vive desde 2001, quando foi libertado da prisão, em uma casa de acolhida construída pela Comissão Nacional de Justiça e Paz (CNJP) dos bispos católicos, organismo que presta assistência jurídica às vítimas da lei anti-blasfêmia e que desde 2011 recebe o apoio da ACN.
Masih foi um dos dois cristãos acusados de insultar o Islã em Faisalabad, província de Punjab, em maio de 1998, em meio a uma série de protestos provocados pela sentença de morte de um cristão sob a lei anti-blasfêmia.
O pai de família relatou que naquela época “tinha uma oficina de soldagem em uma cidade perto de Faisalabad”. Lá, "compartilhava o medidor de eletricidade com duas outras pessoas, incluindo Majeed, um muçulmano que tinha uma loja com um tandoor [forno de barro] e vendia chapattis [pão local]".
A convivência com o muçulmano não era harmoniosa, porque “Majeed não pagava a conta há três meses, argumentando que eu estava usando mais a eletricidade. Tivemos discussões acaloradas sobre a conta de luz algumas vezes”, disse.
O problema aumentou quando Masih "estava prestes a receber um pedido de 300 mil rúpias [$ 1.810] para fazer cerca de 25 persianas metálicas para um mercado", pois "Majeed, com inveja do projeto proposto, me acusou de participar nos protestos contra a lei anti-blasfêmia, em Faisalabad, e de falar depreciativamente do Profeta Maomé”.
Pouco depois, em 31 de maio de 1998, quando Masih estava trabalhando em sua oficina, "alguns homens se reuniram em frente à loja" e começaram a conversar. Este comportamento inesperado levantou suspeitas e preocupou as pessoas próximas de Masih.
“Meus funcionários me avisaram que estavam falando sobre as acusações contra mim. Meus parentes sugeriram que eu fechasse a loja e voltasse para casa para evitar problemas”, disse.
Nesse mesmo dia, “às quatro e meia da tarde, as mesquitas circunvizinhas exortavam a todos a desligarem os rádios e a televisão para ouvir um anúncio importante”, no qual proclamavam que “uma pessoa insultou o santo profeta”, disse. Naquela noite, "uma multidão, armada com tochas acesas e varas", reuniu-se "na frente de minha casa e ameaçou incendiá-la", acrescentou.
No meio do ataque hostil, “Majeed me chamou, eu saí e a multidão me arrastou para o cruzamento principal, onde centenas de pessoas das aldeias vizinhas começaram a se reunir. Não tinha escapatória", disse.
Graças a conhecidos que temiam por sua vida, Masih foi trancado em uma escola nos arredores da cidade. "Em pouco tempo, ouvimos tiros enquanto tentavam forçar a porta da escola", disse.
Felizmente, “o dono de uma fábrica chamou a polícia, que chegou à escola em meia hora”. Os policiais "me levaram para a prisão central de Faisalabad naquela mesma noite", com o objetivo de "evitar um ataque à delegacia", assinalou.
Masih disse que passou três anos na prisão e afirma que o que ele experimentou foi um “inferno”, porque em repetidas ocasiões “meus companheiros de prisão tentaram me matar na minha cela. Às vezes, eles deixavam deliberadamente minha fechadura aberta para que alguém pudesse me atacar".
Embora Masih tenha sido “condenado em dois casos com sentenças de cinco e sete anos respectivamente”, em 2001 ele foi libertado da prisão. "Agradeço a Deus por minha liberdade", disse. Em seguida, “fui acolhido por um sacerdote que cuidou de mim como um filho e cuidou de todas as necessidades da minha família, principalmente nas festas de Natal e Páscoa”.
Em 2003, “eles nos transferiram para esta casa de acolhida de dois cômodos em um bairro residencial” que, embora lhes proporcionasse um lugar seguro para dormir, tinha muitas deficiências. “Não tínhamos eletricidade e não havia lojas por perto. Os mosquitos nos invadiam todas as noites”, explicou.
Hoje, Masih ganha a vida trabalhando como soldador em uma oficina alugada. “Quatro dos meus filhos nasceram aqui. Os mais novos, gêmeos, de 12 anos, me ajudam na soldagem porque estou com catarata no olho esquerdo”.
Infelizmente, a pandemia gerou a escassez nos negócios. A esse problema acrescenta-se que a casa onde moram "está caindo aos pedaços". “A parede do quintal desabou com as chuvas de monções no ano passado, nosso terreno está inundado com água de esgoto e tive que fazer um empréstimo para reconstruir o banheiro”, explicou.
Apesar de tudo, Masih expressou a sua gratidão à CNJP, que lhe proporcionou "um advogado, este refúgio e os aparelhos de soldagem". Durante essas quase duas décadas, sua família conseguiu ficar segura e viver em comunidade com outros católicos.
“Minha filha mais velha, de 20 anos, se casou no ano passado. Frequentamos regularmente a Igreja Católica da esquina. Toco um instrumento para o coro e encontro meus amigos em uma oficina de conserto de instrumentos musicais”, disse.
Apesar de morar longe de sua comunidade anterior há quase 20 anos, Masih continua vendo seus parentes, mas clandestinamente, por medo de extremistas islâmicos. "Às vezes visito meus irmãos na aldeia Bagywal, mas apenas à noite", disse.
Esse problema não afeta apenas a ele, mas também a seus filhos, que veem suas oportunidades de crescimento e desenvolvimento limitadas. "Agora, só temo pelo futuro dos meus filhos porque todos eles abandonaram a escola", assinalou.
“Aqui abusam da lei anti-blasfêmia para atacar pessoas inocentes. Se a pessoa fica calada, começam a suspeitar, mas se tenta responder às acusações, deturpam as suas declarações. Isso deve terminar”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado pro Nathália Queiroz.
Confira também:
Libertam menina católica obrigada a converter-se ao islã e a casar-se com um muçulmano https://t.co/4G7mYwC9v6
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